Sur l’épistémicide dans les manuels de linguistique produits après la Loi Fédérale 11.645/08: Une proposition de lecture discursive
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https://doi.org/10.5281/zenodo.7909717Resumen
Le savoir-faire linguistique est lié non seulement à ce qui est discursivisé, mais aussi aux silences trouvés dans la matérialité discursive. Dans cette optique, ancrée dans les Études Discursives (ORLANDI, 2007 ; FOUCAULT, 2003, 2010), dans les cadres théoriques-philosophiques des études Postcoloniales (KILOMBA, 2019 ; NASCIMENTO, 2020, 2022) et dans “Ecologia dos Saberes” (SOUZA SANTOS, 2010, 2019), la présente recherche montre une coupe des discussions développées dans le projet d’initiation scientifique “O OLHO AZUL DAS LETRAS ENXERGA A LÍNGUA(GEM) DOS NÃO-BRANCOS? Uma proposta de leitura discursiva de Manuais de Linguística produzidos após a Lei Federal 11.645/08”, qui évalue la (non) présence des savoirs noirs et indigènes dans 4 manuels de linguistique, récurrents dans l'enseignement de langue. Les résultats montrent que les discours linguistiques des personnes non-blanches souffrent d'un large contexte d'épistémicide, dans lequel certaines voix sont effacées. Nous constatons que les volontés scientifiques de vérité sont régies par le monde “ocidentalocêntrico”, qui contient toutes les connaissances de pouvoir dans l'ordre du vrai, tandis que les autres connaissances sont réduites au silence et jetées dans l'abîme culturel et scientifique.
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- mayo 8, 2023 (3)
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