A (RES)CONSTRUÇÃO FEMININA NOS POEMAS DE ALICE RUIZ

POR UMA LITERATURA QUE TRANSITE (TAMBÉM) NAS ESCOLAS

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.13561942
Palabras clave: Alice Ruiz, Poesia, Mulher, Recepção, Formação do(a) jovem leitor(a)

Resumen

O fazer poético desempenha um papel fundamental no campo representativo, expressando situações históricas de um povo. Logo, a poesia não é apenas uma combinação hermética entre palavras, mas possibilita a apreensão das nuances políticas de uma época, legitimando lutas sociais e de gênero. Os textos literários de autoria feminina são espaços onde ecoa a voz da mulher, a qual ainda enfrenta muitas lutas para se reconhecer e se tornar conhecida no meio artístico e cultural. Este artigo tem como propositura apresentar a poesia de Alice Ruiz não somente pela linguagem; e sim por dispor de um espaço discursivo que expressa um conjunto de experiências humanas e ideológicas pertinentes à mulher. Compreendemos que o projeto estético da poeta contribui para a formação do(a) jovem leitor(a) quando oportunizado no espaço de mediação. Nesse contexto, Hegel (1980), Cohen (1974), Staiger (1975) e Spitzer (2003) proporcionam a percepção da linguagem poética de Alice Ruiz; da mesma forma, Foucault (2014), Showalter (1994) e Vianna (2004) propiciam a apreensão das camadas discursivas, as quais contemplam temas como corpo, amor e tempo. Consideramos relevante a recepção da poesia de Alice Ruiz no espaço escolar, uma vez que amplia a compreensão dos(as) estudantes sobre poder e gênero.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Aline Almeida, UNESP

Programa de Pós-Graduação em Educação Faculdade de Educação Unesp/Presidente Prudente. Integrante do grupo de pesquisa “Formação de professores e as práticas educativas em leitura, literatura e avaliação do texto literário" (PROLELI).

Andreia Oliveira-Iguma, UNESP

Programa de Pós-Graduação em Educação (bolsista CNPq no estágio de Pós-doutoramento)

Faculdade de Educação.Unesp/Presidente Prudente. Vice-líder do Proleli.

Marivaldo Omena , Secretaria de Educação - Sertânia (PE)

Integrante do grupo de pesquisa “Formação de professores e as práticas educativas em leitura, literatura e avaliação do texto literário" (PROLELI).

Citas

AGUIAR, Vera Teixeira de; CECCANTINI, João Luís (Organizadores). Poesia infantil e juvenil brasileira: uma ciranda sem fim. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012.

ANDRUETTO, María Teresa. Por uma literatura sem adjetivos. São Paulo: Pulo do Gato, 2012.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Tradução: Maria Helena Kühner. 2ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: Feminismo e subversão da identidade. Trad. Renato Aguiar. Ed.: 16ª edição: Rio de Janeiro, 2021.

CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Diccionario de los símbolos. Barcelona: Editorial Herder, 1986.

COHEN, Jean. Estrutura da linguagem poética. Trad. de Álvaro Lorencini. São Paulo: Cultrix, 1974.

CORRÊA, Luciana Silva. Envelhecimento feminino e etarismo nas organizações: o desafio da mulher madura no mundo do trabalho. In: Revista USP - Organicom. N. 41. 2023.

ECO, Umberto. Obra aberta. Trad. Giovanni Cutolo. São Paulo: Perspectiva, 1991.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade, II: o uso dos prazeres. Graal, 2014

GOLDMAN, Ema. A tragédia da mulher emancipada. In: ____. Sobre anarquismo, sexo e casamento. São Paulo: Hedra, 2021.

HEGEL. Estética-Poesia. Trad. de Álvaro Ribeiro. Lisboa: Guimarães Editores, 1980 (vol. VII).

HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 2.ed. São Paulo: Perspectiva, 1971.

KRISTEVA, Julia. Introdução à semanálise. São Paulo: Perspectiva, 1979.

MARTHA, Alice Áurea Penteado. Pequena prosa sobre versos. In: AGUIAR, Vera Teixeira de; CECCANTINI, João Luís; (Orgs.). Poesia infantil e juvenil brasileira: uma ciranda sem fim. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. p. 45-73.

MIGNOLO, Walter D. Lógica das diferenças e política das semelhanças: da Literatura que parece História ou Antropologia e vice-versa. In: CHIAPPINI, Lígia & AGUIAR, Flávio Wolf de (org.). Literatura e História na América Hispânica: Seminário Interncional, 9 a 13 de setembro de 1991. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001, p. 115-134. Tradução de Joyce Rodrigues Ferraz, Ivone Daré Rabello e Sandra Vasconcelos.

MURGEL, Ana Carolina Arruda de Toledo. “Navalhanaliga”: a poética feminista de Alice Ruiz. Tese (Doutorado em História). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, 2010.

NIN, Anaïs. Ser mulher e outros ensaios. Porto Alegre: L&PM, 2022.

OLIVEIRA-IGUMA. Duas décadas de literatura juvenil premiada: juventudes, temas e formas. Presidente Prudente. Educação Literária, 2023.

RAMOS, Ana Margarida. Saindo do Armário – literatura para a infância e a reescrita da homossexualidade. Forma Breve, 7: 295-314, 2009.

RUIZ, Alice. Dois em um. São Paulo: Iluminuras, 2008.

____. Navalhanaliga (1980). In: RUIZ, Alice. Dois em um. São Paulo: Iluminuras, 2008, p. 147-196.

SHOWALTER, Elaine. A crítica Feminista no Território Selvagem. In: HOLANDA, Heloísa Buarque de. (Org). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da Cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

STAIGER, Emil. Estilo lírico: a recordação. In.: ____. Conceitos fundamentais da poética. Tradução: Celeste A. Galeão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1975. p. 19-73.

SPITZER, Leo. Três poemas sobre o êxtase. Tradução Samuel Titan Jr. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.

VIANNA, Lúcia Helena. Poética feminista – poética da memória. Labrys: estudos feministas. Nº 4, 2003. Disponível em: http://www.labrys.net.br/labrys4/textos/lucia1.htm.

VILLA-FORTE, Leonardo. Escrever sem escrever: literatura e apropriação no século XXI. Rio de Janeiro: Ed. Puc-Rio; Belo Horizonte: Relicário, 2019.

Publicado

abril 30, 2024

Cómo citar

ALMEIDA, A. .; OLIVEIRA-IGUMA, A. .; OMENA , M. . A (RES)CONSTRUÇÃO FEMININA NOS POEMAS DE ALICE RUIZ: POR UMA LITERATURA QUE TRANSITE (TAMBÉM) NAS ESCOLAS. Revista Leia Escola, Campina Grande, v. 24, n. 1, p. 69–80, 2024. DOI: 10.5281/zenodo.13561942. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/leia/article/view/2291. Acesso em: 3 dic. 2024.

Sección

Dossiê