FIEP
ENSAIO FOTOGRÁFICO
Resumo
Esse ensaio fotográfico foi produzido sob orientação da professora Dra. Alcilia Afonso, com imagens realizadas por alguns alunos que cursaram a disciplina de projetos arquitetônicos 5, durante o primeiro semestre de 2023, no curso de arquitetura e urbanismo da UFCG/ Universidade Federal de Campina Grande. Através dessas imagens, almeja-se documentar a edificação que é um marco no cenário urbano campinense.
A obra foi projetada pelo arquiteto Cydno da Silveira, com colaboração das arquitetas Amélia Gama, Mônica Vertes, e realizada na cidade de Campina Grande, agreste paraibano. O nome oficial da obra é Edifício Agostinho Velloso da Silveira, e sedia a FIEP/ Federação das Indústrias da Paraíba. O edifício projetado entre os anos de 1978 e 1979, foi inaugurado em 1983, e tornou-se uma referência da paisagem urbana local, pela qualidade projetual e construtiva do mesmo. A obra possui um significado importante na cidade, representando através das soluções projetuais e construtivas, a força e o poder do setor industrial de Campina Grande no estado da Paraíba.
Mesmo sendo João Pessoa a capital paraibana, é a cidade de Campina Grande que sedia a FIEP, concentrando ali as decisões administrativas junto ao SESI, SENAI, IEL- e articulando a política industrial estadual.
A linguagem adotada na arquitetura da edificação foi o brutalismo, trabalhando com a verdade construtiva dos materiais e do sistema construtivo adotado, o concreto armado aparente, presente em pilares, vigas, e demais elementos compositivos dos cinco blocos que a compõe.
O agenciamento paisagístico da obra desperta interesse pelo desenho dos planos criado pela distribuição de pisos, que dialogam com os espelhos de água, e com o gramado, que criou uma ambiência muito agradável a todo o conjunto, pela beleza de sua solução paisagística. O acesso principal ao edifício é realizado através de uma guarita que possui um desenho arrojado em concreto armado, e que possui um piso que foi prolongado até o edifício, e a partir de um trecho torna-se uma passarela que se sobrepõe ao espelho de água: uma solução elegante que denotou a preocupação da equipe projetual com os detalhes da obra.
O espaço dos pilotis no pavimento térreo conferiu uma permeabilidade visual entre área externa e interna, além de proporcionar a mostra da solução estrutural adotada: um espaço ventilado, integrado e receptivo aos demais pavimentos, que funciona como uma praça coberta.
Vale salientar, que o artista plástico Athos Bulcão esteve presente na obra, em detalhes do bloco principal: nos desenhos dos cobogós cerâmicos da fachada sul; nos painéis das fachadas cegas laterais; no desenho de piso do pavimento térreo e no belo painel existente no jardim da sala da presidência no sexto pavimento.
A obra de uma forma em geral, encontra-se bem conservada, pois a gestão do edifico funciona como um condomínio, que vem dando atenção à sua manutenção constante, entretanto, nos estudos realizados pelo Grupo de pesquisa Arquitetura e lugar/ Grupal.UFCG, constatou-se que a obra não possui nenhuma proteção legal referente à sua preservação.
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