ESTALLIDO SOCIAL CHILENO E POÉTICA MAPUCHE COMO PRÁTICAS TRANSLÍNGUES E CONTRAPEDAGÓGICAS CONTEMPORÂNEAS
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14053016Abstract
Este artigo reflete acerca das práticas translíngues e contrapedagógicas enfocando as relações tensivas que se travam entre a língua nacional e as línguas minorizadas considerando o processo histórico de consolidação dos Estados-nações. Para tanto, propiciamos análises discursivas relativas à paisagem linguística deflagrada à época do estallido social chileno (2019-2020), que materializa trânsitos linguísticos entre o espanhol e o mapudungun (língua mapuche), além de examinarmos a literatura mapuche contemporânea. Nosso dispositivo analítico se embasa na análise de discurso de extração peuchetiana mobilizando transdisciplinarmente discussões pertinentes à glotopolítica, ao translinguismo e à contrapedagogia. Pensando na promoção de uma educação linguística e literária crítica, nossa análise reforça a necessidade de debatermos sobre a perspectiva translíngue, presente em movimentos sociais e em poéticas historicamente marginalizadas, no âmbito do ensino/aprendizagem, com a finalidade de contribuirmos para a superação de concepções epistemológicas conservadoras que advogam em favor de uma “pureza linguística” ao focalizar construtos provenientes de situações de contato entre línguas e culturas como “interferências” e “erros”. Contemplamos, portanto, a translinguagem enquanto uma dinâmica fluída que coloca em circulação novas configurações possíveis, bem como distintos efeitos de sentido(s) no ensino linguístico e literário.
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