TECNOLOGIAS DIGITAIS NA ESCOLA PÚBLICA:
REFLEXÕES SOB A ÓTICA DO MATERIALISMO HISTÓRICO-DIALÉTICO
DOI:
https://doi.org/10.35572/rle.v25i2.6547Palavras-chave:
Educação pública, Tecnologias digitais, Desigualdade social, Materialismo histórico-dialético, Inclusão digital.Resumo
Este artigo discute as tecnologias digitais no contexto da escola pública brasileira sob a ótica do materialismo histórico-dialético. A análise parte do entendimento de que as desigualdades tecnológicas não são fenômenos isolados, mas expressão concreta das contradições estruturais do sistema capitalista. Assim, compreende-se que a presença ou ausência de tecnologias nas escolas reflete as condições materiais, econômicas e sociais que atravessam alunos, professores e comunidades. Ao problematizar o discurso da inovação tecnológica, o texto evidencia como ele, muitas vezes, máscara as desigualdades, deslocando para os sujeitos a responsabilidade pela superação de problemas que são, essencialmente, estruturais. Argumenta-se que, quando integradas de forma crítica e contextualizada, as tecnologias digitais podem se tornar ferramentas de emancipação, fortalecendo práticas pedagógicas que visem à inclusão, à autonomia e à transformação social. No entanto, isso exige investimentos em políticas públicas, infraestrutura adequada, formação docente e práticas pedagógicas alinhadas às realidades locais. Conclui-se que falar de inclusão digital na escola pública é, sobretudo, falar de justiça social, direito à educação e disputa por projetos de sociedade.
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