Extensão Universitária: conceituação, fundamentos e implementação
Resumo
Conforme a legislação brasileira, a extensão universitária há uma indissociabilidade relacionada ao ensino e à pesquisa, compondo o tripé da Educação Superior. Entretanto, ao longo da história, pode-se perceber diferentes conceitos de extensão, consolidação de fundamentos e expressivos desafios de implementação. Nesse sentido, objetivou-se, demonstrar o processo conceitual, de fundamentação e os desafios da prática extensionista na universidade. A pesquisa foi descritiva e exploratória quanto aos objetivos e ao levantamento dos procedimentos utilizados. Os dados foram colhidos por meio da observação direta, em que foram selecionadas as fontes através de consultas e leitura do material disponível, com foco na demonstração de conteúdo para a obtenção dos resultados. Os resultados apontam que, no Brasil, a prática das atividades de Extensão Universitária remonta seu início ao século XX, coincidindo assim com a criação do Ensino Superior, contudo, a extensão na universidade naquele momento, se apresentava um contrassenso, uma vez, que a existência dela foi ignorada pelas classes populares e não se conseguiu atingir o interesse delas diante das ações ofertadas. Atualmente, a extensão no currículo contribui com o produzir ciência, tecnologia e conhecimento, focada na sua realidade. Ao falar isso, pode-se dizer que vamos aprender com sujeitos sociais e com a comunidade. Tal movimento poderá permitir à universidade o sair o encastelamento e dissociação da realidade local. Como diria Paulo Freire, quanto mais cidadão do mundo nós somos, mais somos cidadão do local. Ao produzir o conhecimento envolvendo interesses da comunidade, ela está sinalizando a abertura à complexidade.
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