Riscos e benefícios da terapia medicamentosa para emagrecimento em mulheres no Brasil
Palavras-chave:
Obesidade, Medicamentos, Doença crônica, Mulheres.Resumo
A obesidade é caracterizada pelo acúmulo exagerado de tecido adiposo no organismo, é uma doença crônica, identificada por condições multifacetadas, como fatores biológicos, históricos, socioeconômicos, psicossociais e culturais. As terapias apontadas para tratamento envolvem medicamentos que são moderadores de apetite, que agem como inibidores específicos das lipases gastrointestinais, anorexígenos, dentre outros. Nesse sentido, objetivou-se no presente estudo avaliar os riscos e benefícios de terapias medicamentosa utilizada para emagrecimento em mulheres no Brasil. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica e com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), PUBMED e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Para a busca dos estudos, foram utilizados os descritores em Ciências da Saúde (DeCS): obesidade, terapia medicamentosa, riscos e benefícios. Foram escolhidos os trabalhos publicados nos últimos sete anos. Os resultados mostraram a utilização de terapias medicamentosas e a utilização de extratos ou produtos de origem vegetal, como o chá verde. Dentre estes, os mais utilizados são: o cloridrato de sibutramina, orlistate, semaglutida, cloridrato de lorcasserina. Identificou-se que os medicamentos citados apresentam os resultados esperados e resultam na perda de peso, porém os riscos no uso envolvem insônia, depressão, irritabilidade e em muitos casos ideação suicida. Concluiu-se que o uso dos inibidores de apetite deve ser adotado somente em casos de real necessidade e não somente por influência de padrões estéticos.
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