Atuação do profissional farmacêutico no laboratório de análises clínicas: atribuições e desafios

Autores

  • Lucia Cristina Holanda de Lavor Faculdades Integradas do Ceará - UniFIC
  • Samuel Ilo Fernandes de Amorim Faculdades Integradas do Ceará - UniFIC
  • Charmenes Alves Gomes Faculdades Integradas do Ceará - UniFIC
  • Paulo Florentino Teixeira Neto Faculdades Integradas do Ceará - UniFIC
Palavras-chave: análises clínicas, farmacêutico, laboratório de análise clínica

Resumo

Este trabalho discute a atuação do profissional farmacêutico frente ao laboratório de análises clínicas, constituindo importante ligação no diálogo entre farmacêutico/solicitantes e paciente. Nesse sentido, a forma como esse profissional atua pode influenciar na dinâmica do laboratório e no tratamento do paciente. Objetivou-se buscar evidências científicas sobre a atuação do profissional farmacêutico em um laboratório de análises clínicas, na perspectiva de dimensionar suas atribuições e desafios enfrentados. A metodologia utilizada foi exploratória e bibliográfica com abordagem qualitativa, no período de julho até setembro de 2022, utilizando as bases de dados LILACS, Medline, via PubMed. Foram selecionados 15 artigos onde observou-se que o analista clínico farmacêutico cumpre uma extensa rede de tarefas rotineiras distinguidos em três fases principais: pré-analítica, analítica e pós-analítica. As atribuições do farmacêutico estão alicerçadas nos três eixos cuidados em saúde, tecnologia e inovação em saúde e gestão em Saúde; como desafios enfrentados estão a multiprofissionalidade, a Hemoterapia e a inovação operacional para enfrentar as automações cada vez mais crescentes no mercado laboratorial, possibilitando resultados de laudos confiáveis e seguros, uma vez que os mesmos são fundamentais para tomadas de decisões quanto à saúde dos pacientes. Diante do exposto, é necessário que o farmacêutico analista clínico se adapte à nova realidade em sua prática profissional, sobretudo em sua formação acadêmica, haja vista a necessidade de focar nos cuidados de saúde da população que integram desde os meios curativos, preventivos até os educativos, seja de forma individual ou como membro de uma equipe multiprofissional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BASQUES, J. C. Usando controles no laboratório Clínico. Lagoa Santa: Labtest Diagnóstica, 2016.

BRASIl, M I N I S T É R I O D A S A Ú DE. DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E INSUMOS ESTRATÉGICOS. Cuidados Farmacêuticos na Atenção Básica. Brasília – DF, 2015. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cuidado_farmaceutico_atencao_basica_saude_2_1ed.pdf,

BRASIL, RDC Nº 222/. De 28 DE MARÇO DE 2018. Anvisa Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências.DOU, 2018.

BRASIL, RDC Nº 296. DE 25 DE JULHO DE 1996. Normatiza o exercício das análises clínicas pelo farmacêutico bioquímico. DOU, 2018.

BRASIL, RDC N° 302, DE 24 DE JULHO DE 2015. Altera a RDC n.º 302, de 13 de outubro de 2005, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. DOU, 2015.

BRASIL, RESOLUÇÃO CFF Nº 493, DE 26 DE NOVEMBRO DE 2008. Aprova as referências de exames e outros serviços em laboratórios clínicos sob a responsabilidade técnica do farmacêutico-bioquímico. DOU 2015.

BRASIL, RESOLUÇÃO CFF Nº 572/2013, RESOLUÇÃO CFF Nº 296/1996, CFF (https://bit.ly/3qR9zDE e https://bit.ly/3wdmJf6), RDC nº 302/2005.

BRASIL, RESOLUÇÃO CNE/CES 2, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2002. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia.DOU,2017.

BRASIL, RESOLUÇÃO MEC/CNE/CES. Nº 6, DE 19 DE OUTUBRO DE 2017. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia e dá outras providências.DOU,2017.

CAMPANA, G. A. A. História das análises clínicas. Laboratório Oswaldo Cruz: saúde com qualidade, 2015.Disponível em: https://www.oswaldocruz.com/site/historia-das-analises-clinicas. Acesso em: 07 maio de 2022.

CARCHIO, E. A.et al. Modelo de gestiónimpuesto por latransformación tecnológica enloslaboratorios de análisis clínicos. Impacto enel Hospital Garrahan a treintaaños de historia. Med. infant ; 24(3): 257-261,2017.

Clinical and Laboratory Standards Institute. ProposedGuideline GP35-P: Development and Use ofQualityIndicators for ProcessImprovement and MonitoringofLaboratoryQuality; ProposedGuideline - CLSI, Wayne, PA., 2012

CARVALHO, A. M. P. Ensino de ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula., São Paulo: Cengage Learning 2013.

COSTA, K. S. et al. Avanços e desafios da assistência farmacêutica na atenção primária no Sistema Único de Saúde. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.51, supl. 2, 3s, 2017 a. Disponível em: http://dx.doi.org/10. 11606/s1518-8787.2017051007146. Acesso em: 15 de Setembro 2022.

FERREIRA, B.C.et al.Estudo dos medicamentos utilizados pelos pacientes atendidos em laboratórios de análises clínicas e suas interferências em teses laboratoriais: uma revisão da literatura. Rev. Eletr. Farm. 6(1): 33-43, 2009.

GRAMOSA, M. T. et al. Evolução da hemovigilância no Brasil: novas perspectivas de atuação do farmacêutico. Rev. Saúde Pública Mato Grosso do Sul (Online) ; 1(1): 64-74, Nov 29, 2018.

GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6 ed., São Paulo: Editora Atlas S.A., 2017.

MAFRA, M. R. M. Percepção do farmacêutico analista clínico: da formação à atuação profissional;Espaç.saúde ; 21(2): 26-33, 2020.

MINAYO, M. C.. R. Gomes. Pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Instituto Sírio Libanes.,2014.

MORRIS, S.; OTTO, C. N; GOLEMBOSKI. K. Melhorando a Segurança do Paciente e a Qualidade da Saúde no Século 21: Competências exigidas do futuro Praticantes de ciência de laboratório médico. Ciência do laboratório clínico. v. 26, n. 4, 2013.

OLIVEIRA, C. A.; MENDES, M. E. Gestão da fase analítica do laboratório: como assegurar a qualidade na prática. 2.ed. - Rio de Janeiro: ControlLab. 2017.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). The Conceptual Framework for theInternationalClassification for PatientSafety.. Final TechnicalReportandTechnicalAnnexes. v 1.1, 2009. Disponível em:<http://www.who.int/patientsafety/taxonomy/en/>. Acesso em: 19 setembro 2022.

PLEBANI, M. Quality Indicators to Detect Pre-Analytical Errors in Laboratory Testing. The Clinical Biochemist Reviews, v. 33, p. 85-88, 2012.

SHCOLNIK, Wilson. Erros laboratoriais e segurança dos pacientes:revisão sistemática. Rio de janeiro, 2012. Ministério da saúde Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca Programa de Mestrado em Saúde Pública

SANTOS, M. A. B. Terceirização da prestação de serviços de saúde no SUS: o caso das análises clínicas. 2012. 144 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2012.

SILVA, N. O exercício das análises clínicas na prática farmacêutica e a segurança do paciente: uma revisão narrativa. 2021.Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/14583.

SILVA, W.L., et al. Biossegurança no laboratório de análises clínicas: uma abordagem no laboratório do Hospital Municipal no interior de Minas Gerais. 2017. Disponivel em: https://silo.tips/download/20121003101048-357659

SOMEKH, Bridget, LEWIN, Cathy (org.). Teoria e Métodos de Pesquisa Social. Rio de Janeiro: Vozes, 2015.

Downloads

Publicado em

9 de julho de 2023

Como Citar

LAVOR, L. C. H. de; AMORIM, S. I. F. de; GOMES, C. A.; TEIXEIRA NETO, P. F. Atuação do profissional farmacêutico no laboratório de análises clínicas: atribuições e desafios. Journal of Multidisciplinary Sustainability and Innovation, Iguatu, v. 1, n. 1, p. 37–42, 2023. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/jmsi/article/view/843. Acesso em: 21 dez. 2024.

Seção

Saúde e Inovação

Categorias

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)