INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E GERAÇÃO DE TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO
LIMITES DA ESCRITA POR MÁQUINAS
DOI:
https://doi.org/10.35572/rle.v25i2.6549Palavras-chave:
Inteligência Artificial, ChatGPT, Geração de textos, Texto dissertativo-argumentativoResumo
Na era da Inteligência Artificial, uma pauta comum na perspectiva da escrita é a possibilidade de utilizar a máquina para escrever. Entretanto, é recorrente uma questão sobre o processo de “geração” e os limites estabelecidos em tal situação, principalmente no contexto da redação de vestibulares. Diante disso, o objetivo deste artigo é analisar o percurso na elaboração das ideias de um texto dissertativo-argumentativo gerado pelo ChatGPT em comparação com um texto dissertativo-argumentativo nota mil produzido por um candidato do ENEM. Como base teórica, aprofundamo-nos em Koch e Elias (2016), Hirota (2023), Vicari et al. (2023), Fernandes (2024), Cavalcante e Lemos (2023), entre outros. Quanto à metodologia, trata-se de um estudo analítico e interpretativo (Severino, 2013), porque envolve uma análise comparativa; e de um estudo documental (Severino, 2013), pois utiliza de um texto retirado da Cartilha do Participante do ENEM de 2024. Os resultados comprovam que a IA é uma alternativa complementar e que os textos não devem ser cópia do resultado obtido no chatbot, visto que há o comprometimento de habilidades de leitura e escrita, além do rompimento da autoria e do incentivo à formação de alunos-escreventes (Fernandes, 2024).
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