A CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS DE LETRAMENTO RACIAL CRÍTICO NA SALA DE AULA

POSSIBILIDADES PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.13619714
Palabras clave: Educação para as relações étnico-raciais, Identidade, Letramento Racial Crítico

Resumen

A escola, espaço de educação literária, é o ambiente apropriado para a discussão sobre os processos identitários e as ações que envolvem a educação para as relações étnico-raciais. Este artigo é resultado de uma pesquisa de abordagem qualitativa, que comportou um estudo de caso e foi realizada em uma escola pública com alunos do sexto ano do Ensino Fundamental Anos Finais. O objetivo foi analisar como a construção de um espaço de letramento racial crítico pode contribuir para a educação das relações étnico-raciais. Os livros utilizados na pesquisa se enquadram no campo artístico-literário conforme a Base Nacional Comum Curricular de Língua Portuguesa (BRASIL, 2018) e tratam da temática africana e afro-brasileira de acordo com obrigatoriedade da Lei 10.639/03. A partir das estratégias de leitura e escrita buscou-se analisar o desenvolvimento de processos de identificação com a história, a cultura, a identidade africana e afro-brasileira, para a construção de uma educação antirracista. O estudo revelou que a presença dos livros contribuiu com a educação das relações étnico-raciais ao aproximar os estudantes de personagens protagonistas negras, de enredos que mostram a herança cultural africana, da identidade negra apresentada de forma positiva e do enfrentamento às situações de racismo. 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ALMEIDA, S. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen, 2019.

ARRAES, J. Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis. 1ª edição. São Paulo: Seguinte, 2020.

BARBOSA, R. Outros contos africanos para crianças brasileiras. 6ª edição. São Paulo: Paulinas, 2011.

BASTOS, J. R. B. Na trama da branquitude mestiça: a formação de professores à luz do letramento racial e os meandros da branquitude brasileira. 2021. 275 f. Tese

(Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021.

BENTO. M. A. Branqueamento e branquitude no Brasil. In: CARONE, I; BENTO, M. A. (org). Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2002.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Ensino Fundamental. Terceiro e quarto ciclos. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Lei 10.639/2003 de 9 de janeiro de 2003. D.O.U. de 10 de janeiro de 2003.

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações ÉtnicoRaciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: MEC, 2004.

BRASIL. Lei 11.645/2008, de 10 de março de 2008. D.O.U. de 11 de março de 2008.

BRASIL. Lei 12. 711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas

universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Brasília, DF, 29. Ago. 2012. Disponível em: . Acesso em: 24 fev 2023.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

BRASIL. Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2022.

CÁRDENAS, T. Cartas para a minha mãe. Rio de Janeiro: Pallas, 2010.

CARDOSO, L. Branquitude acrítica e crítica: a supremacia racial e o branco antirracista. Revista Latinoamericana de ciencias sociales, niñez y juventud, v. 8, 2010, p. 607-630.

COLOMER, T. Introdução à literatura infantil e juvenil atual. 1 edição. São Paulo: Global, 2017.

COSSON, R. Como criar círculos de leitura. São Paulo: Contexto, 2021.

DALCASTAGNÈ, R. Por que precisamos de escritoras e escritores negros? Disponível em: https://www.geledes.org.br/por-que-precisamos-de-escritoras-e-escritores-negros/ Acesso em: 15 fev 2023.

DEBUS, E. A temática da cultura africana e afro-brasileira na literatura para crianças e jovens. São Paulo: Cortez: Centro de ciências da educação: 2018.

FRAGATA, C. A África que você fala. 1ª edição. Rio de Janeiro: Globinho, 2020.

FERREIRA, A. Identidades sociais, letramento visual e letramento crítico: imagens na mídia acerca de raça/etnia. Trabalho em Linguística Aplicada, v.51. 2012.

FERREIRA, A. Letramento racial crítico através de narrativas autobiográficas: com atividades reflexivas. Ponta Grossa: Estúdio Texto, 2015a

FERREIRA, A. Narrativas Autobiográficas de Professoras/es de Línguas na Universidade: Letramento Racial Crítico e Teoria Racial Crítica. In: Aparecida de Jesus Ferreira. (Org.). Narrativas Autobiográficas de Identidades Sociais de Raça, Gênero, Sexualidade e Classe em Estudos da Linguagem. 1 ed.Campinas: Pontes Editores, 2015b, v. 1, p. 127-160

FERREIRA, A. Educação Linguística Crítica e Identidades Sociais de Raça. In: PESSOA. R., SILVESTRE, V., MÓR, W. Perspectivas críticas de educação linguística no Brasil: trajetórias e práticas de professoras/es universitárias/os de inglês. S.P:Pá de Palavra, 2018. p. 39-46.

FERREIRA, A. Letramento racial crítico. In: LANDULFO, C., MATOS, D. (Orgs). Suleando conceitos: decolonialidades e epistemologias outras. Campinas, SP: Pontes Editores, 2022, p. 207-214.

FRANÇA. R. O pequeno príncipe preto. 1ª edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2020.

GUIMARÃES, G. A cor da ternura. 2. Ed. – São Paulo: FTD, 1998 – (Coleção canto jovem).

GOMES, N. Educação e Relações Raciais: Refletindo sobre algumas estratégias de atuação. In: MUNANGA. K. (Org). Superando o racismo no Brasil. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005a. p. 143-154.

GOMES, N. Betina. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2009.

GONZALEZ, L. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

GUIMARÃES, G. A cor da ternura. 2ª edição. São Paulo: FTD, 2018.

HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. 12ª edição. Tradução: Silva, T.;

Louro, G. Rio de Janeiro: Lamparina, 2020.

IBGE. Censo demográfico 2022. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Rio de Janeiro. IBGE, 2023.

LIMA, H. A origem africana para o imaginário infantil ou juvenil: uma obra em muitas histórias. In: ALMEIDA, D; SILVA, G; NAKAGOME, P. (Org.). Literatura e infância: travessia: Araraquara: Letraria, 2018. p. 30-52.

LOBATO. M. Reinações de Narizinho. 10.ª edição de “Reinações de Narizinho” publicada na 2.ª Série das Obras Completas de Monteiro Lobato, Editora Brasiliense Ltda., 1960.

MUNIZ, K. Ainda sobre a possibilidade de uma linguística “crítica”: performatividade, política e identificação racial no Brasil. 2016. Disponível em https://revistas.pucsp.br/index.php/delta/article/view/32238/22279. Acesso em 26 jan. 2023.

NASCIMENTO, G. Racismo linguístico: os subterrâneos da linguagem e do racismo. Belo Horizonte: Letramento, 2019.

PRANDI, R. Ifá, o adivinho: história dos deuses africanos que vieram para o Brasil com os escravos. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002.

SILVA, C. Os nove pentes d’África. Belo Horizonte:Mazza edições. 2009.

SISTO. C. O homem da árvore na cabeça. 1ª edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2021.

SOUSA, A. Representação afro-brasileira em livros Paradidáticos. Disponível em http://www.letras.ufmg.br/literafro/artigos/artigos-teorico-criticos/51-andreia-lisboa-desousa-representacao-afro-brasileira-em-livrosparadidaticos#:~:text=Bruna%2C%20a%20personagem%20principal%2C%20era,a%20galinha%20d%E2%80%9FAngola%20Conqu%C3%A9m. Acesso: 22 fev 2023.

SOUZA. A. Letramentos de reexistência: poesia, grafite, música, dança: hip-hop. São Paulo: Parábola Editorial, 2011.

Publicado

abril 30, 2024

Cómo citar

HAAS, F. V. de O.; PONSO, L. C. A CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS DE LETRAMENTO RACIAL CRÍTICO NA SALA DE AULA: POSSIBILIDADES PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS. Revista Leia Escola, Campina Grande, v. 24, n. 1, p. 221–239, 2024. DOI: 10.5281/zenodo.13619714. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/leia/article/view/2175. Acesso em: 21 nov. 2024.

Sección

Dossiê