NAS TRAMAS DO NHANDUTI

TECENDO A IGUALDADE DE GÊNERO NUM INSTITUTO FEDERAL DE FRONTEIRA

Autores/as

  • Eli Gomes Castanho IFSP/Salto.
  • Fabrícia Carla Viviani IFMS campus
Palabras clave: Ensino médio integrado; igualdade de gênero; produção de texto; violência contra a mulher.

Resumen

Este artigo trata da análise de textos produzidos no contexto do ensino médio integrado, em razão da participação em um concurso nacional voltado para a temática da igualdade de gênero. Tais textos configuraram-se como produto final de uma oficina elaborada especialmente para repertoriar os estudantes nesse processo. Nosso objetivo, aqui, é perceber por meio da análise documental, de cunho,q alitativo, como os textos dessas/es  alunas/os-autoras/es deixam entrever a apropriação de um discurso em favor à igualdade de gênero e de combate à violência contra a mulher. Para isso, apoiamo-nos nas leituras sobre multiletramentos, somadas às leituras do campo das teorias de gênero, com as quais buscamos dialogar num movimento analítico que tem como ponto de partida os textos  produzidos pelas/os alunas/os. Os resultados apontam para a problematização sobre o  silenciamento acerca da violência sofrida, bem como de sua naturalização, o que contribui para a culpabilização da vítima. Além disso, ficaram evidentes aspectos da interculturalidade local e a desconstrução de estereótipos generificados. 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

BAGNO, M. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. Loyola: São Paulo, 2002.

BIROLI , F. Gênero e desigualdades: limites da democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2018.

BRASIL. Lei n.°11.340, de 7 de agosto de 2006.

______. Lei nº 13.104, de 9 de março de 2015.

______. Lei nº 13.718, de 24 de setembro de 2018.

COPE, B.; KALANTZIS, M. Multiliteracies’: New Literacies, New Learning. Pedagogies: An International Journal, 4(3):164- 195, 2009.

DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. e colaboradores. Gêneros orais e escritos na escola. [Tradução e organização: Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro]. Campinas-SP: Mercado de Letras, 2004.

DUNKER, C. Reinvenção da intimidade: políticas do sofrimento cotidiano. São Paulo: Ubu, 2017.

FEDERICI, S. Calibã e a bruxa. Mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Elefante, 2017.

GALEANO, E. El libro de los abrazos. Los nadies. Madrid: Siglo XXI, 1993.

GARCÍA CANCLINI, N. Diferentes, desiguais e desconectados. Trad. Luiz Sérgio Henriques. 3ª ed. Rio de Janeiro: UFRJ, 2009.

hooks, b. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. 4ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2019.

JUNQUEIRA, R. Pedagogia do armário: a normatividade em ação. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 7, n. 13, p. 481-498, jul./dez. 2013.

KILOMBA, G. Memórias de plantação. Episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

MAHER, T. M. A educação do entorno para a interculturalidade e o plurilingüismo. In: KLEIMAN, A.; CAVALCANTI, M. Linguística aplicada: suas faces e interfaces. Campinas: Mercado de Letras, 2007. p. 235-270.

MINAYO, M. C.S. Laços perigosos entre machismo e violência. Revista Ciência & Saúde Coletiva, 10(1), p. 23-26, (2005).

MISKOLCI, R.; CAMPANA, M. 'Ideologia de Gênero': notas para a genealogia de um pânico sexual contemporâneo. Sociedade e Estado, v. 32, p. 725-747, 2017.

MOITA LOPES, L. P. Uma Linguística Aplicada Mestiça e Ideológica: Interrogando o campo como linguista aplicado. In: MOITA LOPES, L. P. Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006. p. 13-44.

PENNYCOOK, A. Uma Linguística Aplicada transgressiva. In: MOITA LOPES, L. P. Por uma Lingüística Aplicada INdisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, 2006. p. 67-84.

PISCITELLI, Adriana. Gênero: a história de um conceito. In: ALMEIDA, H. B.; SZWAKO, J. Diferenças, Igualdade. São Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2009. p. 116-148.

ROJO, R. H. R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola, 2009.

ROJO, R. H. R.; BARBOSA, J. P. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.

SAFFIOTI, H. I. B. Violência de gênero lugar da práxis na construção da subjetividade. Lutas Sociais. São Paulo, PUC, p.59-79, 1997.

SANTOS, C. M.; IZUMINO, W. P. Violência contra as Mulheres e Violência de Gênero: Notas sobre Estudos Feministas no Brasil. Estudios Interdisciplinarios de América Latina y Caribe. v. 16, n. 1, p. 147-164, 2005.

SOARES, B. M. A Antropologia no Executivo: Limites e Perspectivas. In: CORRÊA, M. Gênero & Cidadania. São Paulo, PAGU/Núcleo de Estudos de Gênero, UNICAMP, 2002, p. 31-45.

SOARES, F. F; CHAVES, G.; FELIX, J. O que querem ensinar do nosso sexo? A influência do Congresso Nacional sobre gênero e sexualidade nas escolas. EDUCAÇÃO E EMANCIPAÇÃO (UFMA), v. 12, p. 94-117, 2019.

WAISELFISZ, J. J. Mapa da violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil. São Paulo: Flacso, 2015.

______. Mapa da violência 2012: Atualização Homicídio de Mulheres no Brasil. São Paulo: Flacso, 2012.

Publicado

agosto 30, 2020

Cómo citar

CASTANHO, E. G. .; VIVIANI, F. C. . NAS TRAMAS DO NHANDUTI: TECENDO A IGUALDADE DE GÊNERO NUM INSTITUTO FEDERAL DE FRONTEIRA. Revista Leia Escola, Campina Grande, v. 20, n. 2, p. 43–63, 2020. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/leia/article/view/3397. Acesso em: 28 oct. 2024.

Sección

Dossiê