Preciso de alguém que fale em minha defesa

Uma análise sobre o papel de Jesus Cristo como defensor

Resumo

A compreensão do papel de Jesus Cristo como advogado de seu povo ainda é limitada entre os cristãos, uma vez que o advogado, ou consolador, é um papel dado, em primeiro lugar, ao Espírito Santo e não a Jesus Cristo. Sem pender para o subordinacionismo, deve-se deixar claro que Jesus constitui-se no advogado/intercessor; todavia, antes de subir aos céus, pediu ao Pai que enviasse o Espírito Santo para assumir seu posto até seu regresso no tempo devido. Essa lacuna conceitual exige uma análise mais aprofundada à luz das Escrituras. Desta forma, objetivou-se apontar a Pessoa de Jesus Cristo, a Segunda Pessoa da Trindade, como o advogado de seu povo. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e exploratória de cunho qualitativo. Fica evidente a dualidade entre a santidade e a justiça divina e a fragilidade humana diante do pecado. Embora a natureza de Deus seja incompatível com o pecado, sua misericórdia proporciona um meio de reconciliação por meio de Jesus Cristo. Aqueles que reconhecem sua condição pecaminosa e depositam sua fé em Cristo encontram perdão e segurança diante do julgamento divino, enquanto os que rejeitam essa verdade acumulam sobre si mesmos as consequências de seus atos. A humanidade, historicamente, busca escapar da presença de Deus, seja por vergonha ou revolta, temendo o julgamento inevitável de um Deus. No entanto, a solução para essa realidade não está na fuga, mas no reconhecimento da necessidade de redenção, disponível apenas em Cristo. Desta forma, conclui-se que a intercessão contínua de Jesus Cristo assegura que aqueles que nele confiam estejam livres de condenação.