Writing in Autism as a Possibility of Enunciation
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.11359031Resumo
No ambiente educacional, estudantes com autismo costumam apresentar dificuldades em participar de atividades em grupo, isolamento, linguagem imatura e fixação em temas específicos. É importante ressaltar que o estudante com autismo tem dificuldades, ou não compreende, metáforas e outras formas de linguagem não literal. O nosso objetivo é analisar os movimentos enunciativos presentes em narrativa escrita por um estudante autista, confirmando o deslize do sujeito na linguagem. Para refletir sobre a relação do sujeito com a linguagem escrita, utilizamos como referencial teórico os conceitos da linguística enunciativa do pesquisador Émile Benveniste (1902-1976), o qual define enunciação como o ato individual de colocar a língua em funcionamento e configuram marcas específicas do sujeito na linguagem. Participou deste estudo um aluno diagnosticado com autismo, 14 anos de idade, sem comorbidade, matriculado no oitavo ano do Ensino Fundamental II de uma escola privada, o qual é acompanhado na sala de Atendimento Educacional Especializado, na cidade de Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. A análise da narrativa escrita apontou que o estudante apresenta movimentos enunciativos indicativos do manuseio singular da linguagem escrita, marcando a sua subjetividade na linguagem.
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