DESCONSTRUINDO AS GÓRGONAS: O MITO DE MEDUSA E A OPRESSÃO DO EROTISMO FEMININO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.15235972

Palavras-chave:

Mitologia Grega, Górgonas, Medusa., Patriarcado., Erotismo feminino.

Resumo

A mitologia grega está repleta de figuras femininas cujo simbolismo vai além das histórias contadas. Entre essas, as Górgonas (Medusa, Euríale e Esteno) são figuras que carregam interpretações complexas ligadas à feminilidade, ao poder e à repressão. As Górgonas, em especial Medusa, são conhecidas por sua aparência aterrorizante e capacidade de transformar os homens em pedra, e têm sido interpretadas ao longo dos séculos como representações do erotismo reprimido e das ansiedades patriarcais em relação à autonomia e sexualidade feminina. Neste estudo, discute-se como essas figuras mitológicas são interpretadas por meio de uma lente patriarcal que reprime e demoniza a sexualidade feminina, ao mesmo tempo em que reflete ansiedades culturais em torno do poder feminino e da autonomia. A análise se fundamentará na desconstrução do mito e na interpretação simbólica dessas personagens como manifestações da opressão e do medo do patriarcado em relação ao erotismo feminino. Para isso, Bourdieu (2012), Saffioti (2015) e Foucault (2001; 2021) nos auxiliarão na discussão sobre relações de poder e patriarcado; Beauvoir (1970)  e Robles (2019)  lançarão luz sobre as questões de gênero; e Bataille (1987) fundamentará a análise sobre acerca do erostismo.

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Referências

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Publicado

17-04-2025

Como Citar

BEZERRA, Lilian; CALDAS, Viviane Moraes. DESCONSTRUINDO AS GÓRGONAS: O MITO DE MEDUSA E A OPRESSÃO DO EROTISMO FEMININO. Revista 15 de outubro, Campina Grande, v. 3, n. 2, p. 63–74, 2025. DOI: 10.5281/zenodo.15235972. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/r15o/article/view/4481. Acesso em: 5 dez. 2025.