A POESIA NO DETALHE:
O DIMINUTO MUNDO SENSÍVEL CANTADO POR CECÍLIA MEIRELES
Resumo
A poesia de Cecília Meireles canta abundantemente o mundo sensível. Desde os seres ou coisas mais diminutas, que se dispõem discretamente nos versos, até aqueles cuja existência se manifesta de forma mais ostensiva. Assim, o objetivo deste estudo foi observar, em Viagem, aqueles pequenos seres e eventos, para verificar como se constrói sua expressão poética. Primeiro, observou-se a recorrência deles na obra e sua composição imagética. Posteriormente, o estudo concentrou-se no Epigrama no 5, para observar a atitude reflexiva do eu lírico diante de um desses discretos eventos. Iluminaram o processo de leitura dos poemas a crítica especializada na obra de Cecília e autoridades em matéria literária, como Darcy Damasceno, Octavio Paz e Nilce Sant‘Anna Martins. A leitura dos poemas mostrou rica composição imagética relacionada à expressão daquele universo discreto e diminuto. Mostrou também que ela participa intensamente do lírico exercício de contemplação da persona poética, nos poemas estudados.
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Referências
AZEVEDO FILHO, Leodegário A. de. Poesia e estilo de Cecília Meireles. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970 (Documentos Brasileiros, 149);
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PAZ, Octavio. O arco e a lira. Tradução de Ari Roitman e Paulina Wacht. São Paulo: Cosac Naify, 2012;
RICARDO, Cassiano. A Academia e a poesia moderna. São Paulo: E.G. Revista dos Tribunais, 1939.
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