PROJETO ARQUITETÔNICO DE RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR
CASA AA. ALDEIA. CAMARAGIBE-PE
Resumo
O Projeto arquitetônico foi desenvolvido para uma professora universitária, Amparo Andrade, amiga de longas datas, e após várias conversas, chegou-se a uma proposta para projetar uma nova residência no mesmo lote de uma outra já existente e de sua propriedade, para abrigar um programa de necessidades adaptado à sua vida pessoal, onde passa temporadas viajando na Europa, especificamente, Portugal, país onde possui sua dupla cidadania.
Portanto, é uma casa para uma pessoa solteira, que trabalha o dia todo, e só está em casa à noite e finais de semana, mas que ama a natureza, vivendo em um condomínio ecológico, cultivando plantas, e cuidando de seu jardim, como hobby. Assim, a casa teria que ser prática, fácil de manter, e que preservasse ao máximo as áreas verdes, com recuos que a legislação do condomínio exige.
O lugar na qual foi implantada é um terreno plano, medindo 12m x 21m, e a região possui um clima quente úmido, estando em uma área de reserva florestal da Mata Atlântica, possuindo alto índice pluviométrico durante os meses de fevereiro a agosto. Os ventos dominantes são os oriundos do leste, nordeste e sudeste, devendo por isso, ter os cômodos de maior permanência voltados para estas orientações.
Adotou-se como metodologia projetual, a forma moderna e seus princípios de abstração formal, limpeza volumétrica, poucos mais significativos materiais, planta modulada e racional, atenção à estrutura, transparências espaciais utilizando-se para tanto, peles de vidro, devidamente protegidas por beirais generosos de 1m que circundam em balanço as fachadas mais expostas às intempéries climáticas.
Internamente a casa possui três setores zoneados em área social, com varanda corrida e sala ampla de estar; área de serviço, com cozinha integrada à copa, e lavanderia; a área social possui uma suíte e banheiro de múltiplo uso, que funciona também como lavabo de apoio à área social.
Como o lugar é bastante úmido, pela proximidade da reserva ecológica, adotou-se uma implantação elevada a fim de melhorar o conforto climático e, proteger as paredes da casa da umidade ascendente. Dessa maneira, a planta adotou a forma pavilionar e elevada do solo em torno de 60 cm para atender tal condicionante.
O sistema construtivo foi em concreto armado, com planta modulada, e paredes em alvenaria de tijolos de oito furos, com cobertura em laje pré-moldada em concreto com lajotas de isopor, e revestimento de telhado com telhas cimentícias de 10 cm de espessura, observando-se atentamente as quedas de água e sistema de drenagens via calhas generosas para dar vazão à quantidade de águas pluviais resultantes das fortes chuvas tropicais.
O resultado volumétrico é decorrente das soluções compartilhadas entre a distribuição do programa em planta de desenho laminar, e a adoção da forma moderna como concepção projetual, com volume cubista, limpo e no qual as aberturas foram projetadas de modo a atender as necessidades de ventilação e iluminação de cada ambiente, sem exageros plásticos, e de maneira muito atenta aos condicionantes climáticos.
A proprietária está muito satisfeita com os resultados projetuais e construtivos e isso, nos faz constatar a importância de se projetar com critérios e consciência aos condicionantes geográficos e tecnológicos de cada local.
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