LITERATURA JOVEM ADULTA

QUE GÊNERO É ESSE?

Autores

  • Jemima Stetner Almeida Ferreira Bortoluzi Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.8416654
Palavras-chave: literatura, literatura YA, Literatura Jovem Adulta

Resumo

No caminho inverso do que comumente se ouve, adolescente e jovens têm cultivado sistematicamente o hábito da leitura. Muitos dos livros pelos quais eles se interessam, porém, seguem sendo desconsiderados como leituras válidas, tanto pela escola quanto pela academia, por tratarem-se de obras não reconhecidas pelo cânone, a grande maioria delas circunscrita dentro do universo da chamada Literatura Jovem Adulta (ou Young Adult).  Compreender, pois que obras são essas e quais seriam os motivos pelos quais elas atraem o interesse de tantos leitores configura-se cada vez mais com um fenômeno a ser investigado. Este trabalho justifica-se, então, pela preocupação em realizar uma pesquisa, ainda que breve, voltada para a investigação de um gênero pouco ou nada estudado academicamente. Nosso objetivo aqui é o de examinar os aspectos gerais que constituem a Literatura Jovem Adulta em língua portuguesa hodiernamente, sopesando a importância dos temas fraturantes como fator relevante de atratividade leitora. Para tanto, utilizamos como base teórica estudos sobre a Literatura YA americana (CART, 2016), sobre juventude (GROPPO, 2000), sobre Literatura Juvenil brasileira (CECCANTINI, 200). Este artigo inicia-se fazendo algumas considerações breves acerca das noções de juventude para, em seguida, ater-se à caracterização da LJA em si: como se deu o surgimento da mesma, o seu desenvolvimento, e como ela se apresenta no Brasil. Finalmente, tecemos algumas considerações concernentes ao papel desta literatura na formação de leitores e a relevância de seu estudo sistemático.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABREU, Márcia. Cultura letrada: literatura e leitura. São Paulo: Editora UNESP, 2006.

ALMEIDA, Pedro. O que você sabe sobre a formação de leitores pode estar errado. In: PUBLISHNEWS. São Paulo, 21 Ago. 2018. Disponível em: https://www.publishnews.com.br/materias/2018/08/21/o-que-voce-sabe-sobre-a-formacao-de-leitores-pode-estar-errado. Acesso em: 21 Out. 2022.

BARTHES, Roland. Aula. Editora Cultrix, 2004.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Resumo técnico resultados do índice de desenvolvimento da educação básica. Brasília, DF: INEP/MEC, 2019. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/ideb/resultados. Acesso em: 21 Out. 2022.

CALLIGARIS, Contardo. A Adolescência. São Paulo: Publifolha, 2010.

CANDIDO, Antonio. Formação da Literatura Brasileira. 16. ed. São Paulo: Ouro Sobre Azul, 2017.

CART, Michael. Young Adult Literature: from romance to realism. 3. ed. Chicago, IL: American Library Association, 2016.

CECCANTINI, João Luís Cardoso Tápias. Narrativas Juvenis: outros modos de ler. São Paulo: Editora da Unesp, 2008.

_____. Uma estética da formação: vinte anos de Literatura juvenil brasileira premiada (1978-1997). 459 p. Tese (Doutorado em Letras) – Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista. Assis, 2000.

CHARTIER, Roger (org.). Práticas da leitura. São Paulo: Estação Liberdade, 2001.

FAILLA, Zoara (org.). Retratos da leitura no Brasil. Rio de Janeiro: Sextante, 2021.

FISH, Stanley Eugene. Is There a Text in This Class? The Authority of Interpretive Communities. Massachusetts: Harvard University Press, 1982.

GROPPO, Luís Antônio. Ensaios sobre sociologia e história das juventudes modernas. Rio de Janeiro: Difel, 2000.

LAJOLO, Marisa e ZILBERMAN, Regina. Literatura infantil: história e histórias. São Paulo: Ática, 1994.

MARTINS, Vitor. Mta gente na minha timeline está falando a respeito (...). São Paulo, 17 Abr. 2018. Twitter: @vitormrtns. Disponível em: https://twitter.com/vitormrtns/status/986323645495758849. Acesso em: 10 mai. 2020.

NORONHA, Heloísa. Fenômeno impulsionou o gênero ‘jovem adulto’ nas livrarias: livrarias brasileiras sequer tinham divisão de livros para adolescentes, filão iniciado por Potter, que abriu espaço para ‘Crepúsculo’ e ‘Jogos Vorazes’. In: VEJA. São Paulo, 24 junho 2017. Disponível em: https://veja.abril.com.br/especiais/fenomeno-impulsionou-o-genero-jovem-adultonas-livrarias/. Acesso em: 21 Out. 2022.

PETIT, Michèle. Os jovens e a leitura: uma nova perspectiva. Tradução Celina Olga de Souza. São Paulo: Editora 34, 2009.

ROSS, Catherine. Young Adult Realism: Conventions, Narrators, Readers. The Library Quaterly, v. 55, n. 2, p. 174-191, 1985.

STRICKLAND, Ashley. A brief history of young adult literature. Atlanta: In: CNN. Atlanta, 15 abril 2015. Disponível em: https://edition.cnn.com/2013/10/15/living/young-adult-fiction-evolution/index.html. Acesso em: 21 Out. 2022.

TORRES, Bolivar. Como escritores estão faturando sozinhos com autopublicação na internet. Rio de Janeiro: In: O GLOBO. Rio de Janeiro, 17 Out. 2018. Disponível em: https://oglobo.globo.com/cultura/livros/como-escritores-estao-faturando-sozinhos-com-autopublicacao-na-internet-23160990. Acesso em: 21 Out. 2022.

TURCHI, Maria Zaira. O estatuto da arte na literatura infantil e juvenil. In: TURCHI, Maria Zaira; SILVA, Vera Maria Tietzmann (Orgs.) Literatura infanto-juvenil: leituras críticas. Goiânia: Ed da UFG, 2002. p. 23-31.

Downloads

Publicado em

26 de dezembro de 2022

Como Citar

STETNER ALMEIDA FERREIRA BORTOLUZI, J. . LITERATURA JOVEM ADULTA: QUE GÊNERO É ESSE?. Revista 15 de outubro, Campina Grande, v. 1, n. 1, p. 52–64, 2022. DOI: 10.5281/zenodo.8416654. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/r15o/article/view/319. Acesso em: 19 abr. 2024.

Seção

Artigos