A VOZ NARRATIVA INTRUSA
AS VIOLÊNCIAS DO PATRIARCADO EM OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES, DE STIEG LARSSON
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.15236102Palavras-chave:
Violência de gênero, Narrador, Os homens que não amavam as mulheresResumo
Este trabalho investigou a representação das violências de gênero no romance Os Homens que Não Amavam as Mulheres, de Stieg Larsson (2015), com foco na análise da voz do narrador e nas dinâmicas patriarcais presentes na obra, publicada em 2005, como o primeiro livro da trilogia Millennium. O objetivo desta pesquisa é observar como o narrador do romance representa as diversas formas de violência do patriarcado e as práticas sócio-histórico-culturais que sustentam essas opressões. A pesquisa explora, de forma crítica, a relação entre discurso e as diferentes opressões enfrentadas pelas mulheres, desde violências físicas e sexuais até simbólicas, além de destacar as tensões de gênero apresentadas na narrativa. A metodologia adotada é a pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa e fundamentada na crítica literária feminista. Foram utilizados como referenciais teóricos: Ligia Chiappini Moraes Leite (2007), para a análise do foco narrativo; Michel Foucault (2009), com respeito às relações de poder. Heleieth Saffioti (1987; 1995; 2004), sobre violências de gênero e patriarcado. Como resultados, a análise crítica deste trabalho demonstrou como a obra de Larsson (2015) reflete as estruturas patriarcais, utilizando as múltiplas vozes narrativas para ora validar ora subverter o sistema
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Referências
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