O MITO DO AMOR MATERNO
UMA ANÁLISE DE MEDEIA, DE EURÍPIDES, E PARA ELA, QUE NÃO VIRÁ, DE ANDRÉIA PIRES
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.15235870Palavras-chave:
Mito do amor materno, Tragédia grega, Literatura contemporâneaResumo
Muitas vezes, o padrão heteronormativo impõe papéis sociais de gênero às mulheres, principalmente no que tange à maternidade. Contudo, acreditamos que esta maternidade compulsória é socialmente construída, e, ainda mais, serve para culpabilizar quem não deseja ter filhos. Este artigo tem por objetivo tecer comparações sobre a representação do mito do amor materno em dois textos, de diferentes épocas: a tragédia grega Medeia (2010), de Eurípides, e o conto contemporâneo Para ela, que não virá (2017), de Andréia Pires. Serão utilizadas as obras Um Amor Conquistado: o Mito do Amor Materno (1985) e O Conflito: a mulher e a mãe (2011), ambas de Elisabeth Badinter, como fundamentação teórica acerca do tema. Esta pesquisa, de caráter bibliográfico, faz-se necessária em um tempo em que a maternidade ainda é imposta às mulheres como um atributo natural ao gênero feminino.
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