O USO DE PRONOMES SUJEITO-OBJETO ENQUANTO TENDÊNCIA DO PORTUGUÊS BRASILEIRO

ANÁLISE E DIDATIZAÇÃO A PARTIR DE MÚSICAS BRASILEIRAS E COMENTÁRIOS DE SEUS VIDEOCLIPES NO YOUTUBE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.14057658
Palavras-chave: Pronomes sujeito-objeto, Português Brasileiro, Músicas brasileiras, Comentários do YouTube, Didatização

Resumo

Este trabalho objetiva analisar, em músicas brasileiras e comentários em seus videoclipes no YouTube, o uso de pronomes sujeito-objeto enquanto tendência do Português Brasileiro (PB) em construções com o verbo “deixar” seguido de Infinitivo, assim como apresentar uma proposta de ensino relacionada a tal tema. Para tanto, estabeleceu-se um paralelo entre pressupostos teóricos da Gramática Tradicional e da Sociolinguística, os quais subsidiaram a análise das músicas Deixa eu amar você (Fernando e Sorocaba, 2023), Deixa ela saber (Henrique e Juliano, 2016) e Deixa ele sofrer (Anitta, 2015), assim como de três comentários em seus videoclipes do YouTube. Metodologicamente, quantos aos fins, meios e abordagem, a presente pesquisa classifica-se como descritivo-explicativa, documental e qualitativa. De maneira geral, constatou-se que, nesse contexto, o emprego de pronomes sujeito-objeto em construções com o verbo “deixar” seguido de Infinitivo configura uma preferência de uso entre os cantores das músicas brasileiras contempladas e seu respectivo público-alvo. Além disso, percebeu-se que, embora a norma-padrão a conceba como um erro passível de agramaticalidade por fugir às prescrições gramaticais, tal característica, ao contrário, reflete uma regra própria do PB, dotada de igual funcionalidade, principalmente, quando é atestada sua efetividade de comunicação em contextos reais de uso da língua.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

David Naamã Melo de Figueiredo, Universidade Federal de Campina Grande

Graduando de licenciatura em Letras Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG. Pesquisador inscrito no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do CNPq (PIBIC), vinculado ao grupo de pesquisa Teorias da Linguagem e Ensino (UFCG), na linha de pesquisa Língua(gem) em Contexto de Ensino de Português (LM). Atualmente, é membro do Grupo de Estudos em Língua Portuguesa (GELP-UFCG). Tem interesse na área de Linguística, principalmente com um enfoque para os estudos voltados ao léxico, à gramática e ao ensino de língua materna.

João Marcos de Sousa Rodrigues, Universidade Federal de Campina Grande

Graduando do curso de Letras Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). É membro do grupo Programa de Educação Tutorial em Letras (PET-LETRAS/UFCG) desenvolvendo atividades de Pesquisa, Ensino e Extensão. Também atuou no Programa de Iniciação à Docência (PIBID/LETRAS-PORTUGUÊS) entre 2022 e 2023.

Referências

BAGNO, M. Deixa eu dizer que te amo: os pronomes sujeito-objeto. In: BAGNO, M. Português ou brasileiro?: um convite à pesquisa. 4. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. cap. 5, p. 109-123.

BAGNO, M. Língua(s) e sociedade no Brasil contemporâneo. In: BAGNO, M. Sete erros aos quatro ventos: a variação linguística de português. São Paulo: Parábola Editorial, 2013. cap. 3, p. 43-71.

BRASILEIRO, A. M. M. Como produzir textos acadêmicos e científicos. São Paulo: Contexto, 2021.

LUCCHESI, D. As duas grandes vertentes da história sociolingüística do Brasil (1500-2000). DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada, v. 17, n. 1, p. 97–130, 2001.

ROCHA LIMA, C. H. da. Gramática normativa da língua portuguesa. 60. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2022.

Downloads

Publicado em

8 de novembro de 2024

Como Citar

FIGUEIREDO, D. N. M. de; RODRIGUES, J. M. de S. . O USO DE PRONOMES SUJEITO-OBJETO ENQUANTO TENDÊNCIA DO PORTUGUÊS BRASILEIRO: ANÁLISE E DIDATIZAÇÃO A PARTIR DE MÚSICAS BRASILEIRAS E COMENTÁRIOS DE SEUS VIDEOCLIPES NO YOUTUBE. Revista 15 de outubro, Campina Grande, v. 3, n. 1, p. 16–28, 2024. DOI: 10.5281/zenodo.14057658. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/r15o/article/view/3211. Acesso em: 21 dez. 2024.

Seção

Dossiê