A MELIPONICULTURA COMO INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, EM TEMPOS DE PANDEMIA DA COVID-19, NO SERTÃO DA PARAÍBA

Resumen

As abelhas sem ferrão desempenham papel efetivo na reprodução das angiospermas por meio da polinização e, dessa forma, contribuem de forma efetiva na propagação da flora da Caatinga e na produção de alimentos para o homem. No entanto, é urgente e necessária a sensibilização de pessoas para sua importância, bem como, para despertar o interesse por sua criação em comunidades rurais como forma de conservação dessas abelhas, uma vez que, as populações desses polinizadores estão ficando escassas em diversas regiões. Com isso, objetivou-se utilizar o conhecimento sobre as abelhas sem ferrão como ferramenta de educação ambiental, em tempos de pandemia da COVID-19, de uma comunidade rural no município de Mãe D’Água, bem como, divulgar o papel ecossistêmico desses insetos e a proteção e promoção do uso sustentável do bioma Caatinga. Para tanto, os encontros ocorreram de forma remota, nos quais foram abordados diversos temas ligados a importância das abelhas para a natureza e para o homem, bem como, sobre a criação racional dos meliponíneos. Os encontros ocorreram por meio de conversação e discussões dialogadas com o auxílio de palestras, seguidas de rodas de conversas em que houveram enriquecedoras trocas de conhecimentos entre os moradores e a equipe de extensionistas. Assim, foi possível perceber a visão dos moradores sobre as abelhas nativas e sua criação racional, bem como, sensibilizá-los da importância desses polinizadores para a Caatinga e sua implicação na produção de alimentos consumidos em nosso dia a dia. Verificamos que mesmo por meio de modalidade remota, em meio a uma pandemia, e apesar das dificuldades de acesso remoto dos moradores para alcançarmos um maior número de pessoas, a meliponicultura é uma ferramenta que pode contribuir efetivamente na sensibilização e, no despertar nos moradores de comunidades rurais o interesse por abelhas e, também, por práticas sustentáveis.