AS MULHERES E O TRABALHO DO CUIDADO: SOBRECARGA, AMOR OU UMA PROBLEMÁTICA INVISÍVEL?

Autores

  • RAQUEL DA SILVA GUEDES Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
  • SABRINA RAFAEL BEZERRA Universidade Federal da Paraíba
  • FÁBIO RONALDO DA SILVA Universidade do Estado da Bahia/DCH III - Juazeiro (BA)
Palavras-chave: Sobrecarga de mulheres, trabalhos de cuidado, invisibilidade, projetos político-sociais

Resumo

Frequentemente, mencionamos a sobrecarga de trabalho como a resultante da acumulação de serviços provenientes de um ou mais cargos profissionais exercidos simultaneamente, caracterizados por exigências e prazos excessivos. É sabido que essa configuração pode ocasionar problemas de saúde, como Burnout ou estafa, além de poder gerar litígios judiciais entre as partes envolvidas. Contudo, existe uma nuance do excesso de carga que é de conhecimento público, mas que carece de debate e políticas públicas eficazes no Brasil para mitigar o problema: a sobrecarga de trabalho das mulheres dentro e fora do lar. Isso acontece devido a uma construção cultural e política que atribui os cuidados maternais e domésticos/familiares como atividades de responsabilidade majoritariamente feminina. Essas atividades não possuem períodos de descanso nem férias, propiciam situações de abuso e não são adequadamente delimitadas nos projetos de lei, resultando em interrupções nas carreiras profissionais, desvalorização salarial, restrição de acesso a cargos e concursos, estresse, desemprego, falta de suporte financeiro e outras consequências. Surge, então, a indagação: como essas demandas foram se estabelecendo, qual é a sua alimentação, como estão sendo mantidas atualmente e quais são as implicações disso?

Biografia do Autor

RAQUEL DA SILVA GUEDES, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Licenciada e Bacharel em História pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), doutoranda em História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

SABRINA RAFAEL BEZERRA, Universidade Federal da Paraíba

Graduação em História pela Universidade Estadual da Paraíba, graduação em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba, Mestrado em História pela Universidade Federal da Paraíba e Doutoranda em História pelo PPGH/UFPE na área de História e Memória.

FÁBIO RONALDO DA SILVA, Universidade do Estado da Bahia/DCH III - Juazeiro (BA)

Professor do curso de Jornalismo da Universidade do Estado da Bahia/DCH III - Juazeiro (BA). Pós-doutorando em História pelo PPGH/UFCG. Doutor em História pelo PPGH/UFPE. Mestre em História pelo PPGH/UFCG

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Publicado em

18 maio 2024

Seção

Artigos