Olhos d'água, um mergulho frio na realidade cruel do cotidiano dentro das comunidades marginalizadas
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.15236826Keywords:
Conceição Evaristo, resenha acadêmica, Escrevivência, Negritude, DecolonialAbstract
O presente trabalho objetiva resenhar a obra Olhos D'água (2016) de Conceição Evaristo, destacando sua abordagem sobre a violência e discriminação racial no Brasil. A autora, por meio da técnica da "escrevivência", entrelaça suas experiências pessoais com as vivências coletivas de personagens que enfrentam o racismo, a desigualdade social e resgatam sua ancestralidade africana. Para isso, analisa-se a obra, composta por 15 contos, destacando principalmente as vivências de mulheres negras, dando-lhes protagonismo em um contexto de marginalização. O livro é estruturado em prefácio, introdução e os contos. O conto que nomeia a obra, Olhos D'água, é uma metáfora para a busca da identidade e memória ancestral, no qual a filha da protagonista tenta recordar a cor dos olhos de sua mãe, culminando na revelação simbólica de "olhos d'água", ligados à figura de Mamãe Oxum. Os outros contos seguem a mesma linha de resistência e resistência, apresentando figuras femininas e masculinas que, apesar da violência estrutural, persistem na busca por dignidade e autonomia. O trabalho destaca a relevância de Olhos D'água como uma obra que desafia a narrativa dominante, propondo uma reflexão crítica sobre as realidades de vida das pessoas negras no Brasil, suas dores e estratégias de sobrevivência.
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EVARISTO, Conceição. Olhos d'água/Conceição Evaristo - 1. ed. Rio de Janeiro: Pallas: Fundação Biblioteca Nacional, 2016.
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