AÇÃO EDUCATIVA SOBRE O AGOSTO LILÁS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Heloisy Alves de Medeiros Leano Universidade Federal de Campina Grande
  • Antonio Isac Bernardino Felix Universidade Federal de Campina Grande
  • Erika de Sousa Dias Universidade Federal de Campina Grande
  • Maria Eduarda Garcia Moreno Silva Universidade Federal de Campina Grande
  • Moniz Oliveira Silva Universidade Federal de Campina Grande
  • Gislaynne da Silva Barbosa SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DA PARAÍBA
  • Monique Dantas Targino SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DA PARAÍBA
  • Magna Luciene de Melo Silva SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DA PARAÍBA
Palavras-chave: Educação em Saúde, Violência Contra a Mulher, Educação e Saúde

Resumo

Introdução:

O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde é uma ação do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação que promove a integração ensino-serviço-comunidade, proporcionando aos estudantes uma experiência multiprofissional, além da participação dos profissionais da saúde. O tema central da vigência 2024/2025 é relacionado a Equidade de gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiências, em conformidade com o Programa Nacional de Equidade de Gênero, Raça e Valorização das Trabalhadores no âmbito do Sistema Único de Saúde- SUS, instituído pela Portaria GM/MS nº 230, de 07 de março de 2023 (Brasil, 2021) [1]. O cenário que o Grupo de Atividades de Trabalho (GAT) está inserido é a IV Gerência Regional de Saúde, que possui 12 municípios, em que a sede está localizado no município de Cuité, Paraíba, que faz parte da 2ª macrorregião, englobando doze municípios, sendo Cuité a sede.  O eixo escolhido para o serviço é “Valorização das trabalhadoras e futuros trabalhadores no âmbito do SUS, Gênero, Identidade de Gênero, Sexualidade, Raça, Etnia, Deficiências e as Interseccionalidades do Trabalho na Saúde”. O GAT é composto por estudantes dos cursos de nutrição, enfermagem, farmácia e história, além da docente que é tutora e dos profissionais do serviço vinculados ao programa, os preceptores. Dentro do projeto são realizadas diversas atividades, sejam para os profissionais, seja para a comunidade. No mês de agosto  é promovida a campanha do Agosto Lilás, idealizada pelo Ministério das Mulheres que visa conscientizar a sociedade acerca da violência contra a mulher. O mês escolhido faz menção à data da sanção da Lei Maria da Penha, 7 de agosto de 2006, um marco político no combate a violência doméstica. A respeito da temática, dados do Brasil revelam que para cada 100 mil mulheres, 1437 foram vítimas de feminicídio, os números de violência doméstica ultrapassam 245.000, tendo um aumento em relação aos anos de 2020 e 2021. No Nordeste, a Paraíba ocupa o 6º lugar no ranking de feminicídios, com 26 vítimas, para cada 100 mil mulheres. As taxas de lesão corporal dolosa e violência doméstica ultrapassam 3000 mil casos, levando em consideração toda a população feminina do estado (Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2024) [2]. Tais dados são de extrema significância, tendo em vista que diversas formas de violência são subnotificadas, seja porque a mulher é desencorajada a denunciar ou não reconhece que está sofrendo algum tipo de violência. Levando em consideração a relevância social do tema, o GAT promoveu ação de Educação em Saúde na Escola Cidadã Integral Técnica Jornalista José Itamar da Rocha Cândido, localizada no município de Cuité-PB, durante o evento “Cuidar e Aprender: I Semana de Saúde na Escola” a ação intitulada como “Violência Contra a Mulher: Conhecer para prevenir”. Além disso, levando em consideração o evento promovido pela escola e o mês de alusivo à campanha de violência contra a mulher, essa ação foi o tema da ação foi pensado para informar a comunidade estudantil sobre as formas de violência, uma vez que o público é suscetível a presenciar esse tipo de ato e não saber identificar os atos de violência por conta da naturalização social. Desse modo, o objetivo desta ação foi conscientizar e explanar o tema com grande relevância  por meio da educação em saúde junto a adolescentes e jovens estudantes.

 

 

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Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde). Brasília. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sgtes/pet-saude.

FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2024. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/publicacoes/anuario-brasileiro-de-seguranca-publica/

Mallue FG, Leite G. S,, Dias T.C., Guimarães I.F., Knuth A.G., Crochemore-Silva I. Perspectivas de Profissionais de Educação sobre ações do Programa Saúde na Escola em Pelotas em 2022. Rev. Bras. Ativ. Fis. Saúde. 2024;29: e0341. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/15222/11351.

VIEIRA, Marina et al. Expressa Extensão. INFÂNCIA SAUDÁVEL: Educação em Saúde nas Escolas, Minas Gerais, v. 22, ed. 1, p. 138-148, 2017. Disponível em: file:///C:/Users/User/Downloads/10808-39941-1-PB.pdf.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25.ed. São Paulo:Paz e Terra, 1996.

NOVAIS, Melissa de; SANTOS, Jaqueline Aguiar dos; LABIAK, Fernanda Pereira; NUNES, Ariella Cappellari. Violência contra a mulher: um diálogo com estudantes do ensino médio. Revista Elo – Diálogos em Extensão, [S.L.], v. 9, p. 1-7, 25 set. 2020. Revista Elo - Dialogos em Extensao. http://dx.doi.org/10.21284/elo.v9i.9435.

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A violência contra a mulher. Engel, Cíntia Liara. Beijing +20: Avanços e Desafios no Brasil Contemporâneo. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2020. p. 160-212.

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Publicado em

4 de abril de 2025

Como Citar

LEANO, H. A. de M.; FELIX, A. I. B.; DIAS, E. de S. .; SILVA, M. E. G. M. .; SILVA, M. O. .; BARBOSA, G. da S. .; TARGINO, M. D. .; SILVA, M. L. de M. . AÇÃO EDUCATIVA SOBRE O AGOSTO LILÁS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Caderno Impacto em Extensão, Campina Grande, v. 6, n. 3, 2025. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6327. Acesso em: 18 abr. 2025.

Seção

Valorização das trabalhadoras e futuras trabalhadoras no âmbito do SUS Gênero, Identidade de Gênero, Sexualidade, Raça, Etnia, Deficiências e as interseccionalidades no Trabalho na Saúde

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