PATRIMÔNIO INDUSTRIAL

A DOCUMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DE PRESERVAÇÃO DO DORMITÓRIO INTEGRANTE AO CONJUNTO FERROVIÁRIO DE MIGUEL BURNIER, EM OURO PRETO, MINAS GERAIS

Autores

  • Marina Furtado Gonçalves Doutora em História Social da Cultura; Professora de Conservação no curso de Bacharelado em Museologia da UFBA, professora permanente no Programa de Pós-graduação em Turismo e Patrimônio da UFOP https://orcid.org/0000-0001-6557-1785
  • Flávio Souza Junior Mestrando no Programa de Pós-graduação em Turismo e Patrimônio da Escola de Direito, Turismo e Museologia da Universidade Federal de Ouro Preto/UFOP
Palavras-chave: patrimônio industrial, dormitório, conjunto ferroviário, preservação, documentação

Resumo

Esta pesquisa investiga e documenta a história e a trajetória do Dormitório do Conjunto Ferroviário de Miguel Burnier, localizado em Ouro Preto, Minas Gerais, visando sua preservação. O Dormitório, parte do conjunto ferroviário, já foi moradia para trabalhadores e viajantes, desempenhando um papel relevante no contexto social e econômico da região. Com o declínio das atividades ferroviárias, o edifício foi abandonado e passou a sofrer com a falta de manutenção, resultando em sua deterioração. O conjunto de Miguel Burnier, representativo do patrimônio industrial dos séculos XIX e XX, é um exemplo da relevância histórica das ferrovias no desenvolvimento urbano e rural do Brasil. A pesquisa, por meio de levantamento bibliográfico e de campo, busca documentar o Dormitório gerando ferramentas para compreender seu processo de patrimonialização e contribuir para sua preservação, considerando o valor histórico e as demandas da comunidade local.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Ofício SEI nº 14697/2022/MG/COFER/GECOF/SUFER/DIR-ANTT. Belo Horizonte, 12 maio 2022.

APPELBAUM, Barbara. Metodologia do tratamento de conservação. Porto Alegre: Mariana Gaelzer Wertheimer, 2017.

APPELBAUM, Barbara. Preservar, proteger e defender. Um guia prático para o cuidado de coleções. Porto Alegre: MW Conservação e Restauração de Bens Culturais, 2023.

ARARIPE, Fátima Maria Alencar. Do patrimônio cultural e seus significados. Revista Transformação, v. 16, n. 2, pp. 111-122, 2004.

BRAGA, Sylvia. Apresentação. In: OLIVEIRA, M. M. (Ed.). A documentação como ferramenta de preservação da memória. Brasília: IPHAN / Programa Monumenta, 2008, p. 7-143.

BRAGA, Wanuzia de Oliveira. A preservação do patrimônio cultural e seus reflexos na prática educativa: alguns exemplos em Moçambique. In: TOLENTINO, Átila Bezerra; BRAGA, Emanuel Oliveira (Orgs.). Educação Patrimonial: Políticas, Relações de Poder e Ações Afirmativas. João Pessoa: IPHAN-PB; Casa do Patrimônio da Paraíba, 2016. (Caderno Temático; 5). p. 106-116.

BRASIL. Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937. Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Em rede https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0025.htm. Acesso em 25 de setembro de 2024.

CASSARES, Norma Cianflone. Como fazer conservação preventiva em arquivos e bibliotecas. São Paulo: Arquivo do Estado e Imprensa Oficial, 2000.

CHUVA, Márcia Regina Romeiro. Os arquitetos da memória: sociogênese das práticas de preservação do patrimônio cultural no Brasil (1930-1940). Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2009.

CORREIA, Telma de Barros. A Construção do Habitat Moderno no Brasil – 1870-1950. São Carlos: Rima, 2004.

CORREIA, Telma de Barros. A cidade-companhia: as aglomerações criadas por empresas no vocabulário especializado e vernáculo. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, n. 4, p. 83-92, maio 2001. DOI: http://dx.doi.org/10.22296/2317-1529.2001n4p83.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Ofício nº 81830/2022/UFBEL - Belo Horizonte - MG/SRE - MG. Belo Horizonte, 05 maio 2022.

GERDAU. Gerdau entrega primeira etapa do Patrimônio Vivo, em Miguel Burnier. Em rede https://www2.gerdau.com.br/noticias/gerdau-entrega-primeira-etapa-do-patrimonio-vivo-em-miguel-burnier/. Acesso em 23 de julho de 2024.

GONÇALVES, Elizeu Peixoto. Iniciação à pesquisa científica. Campinas, SP: Editora Alínea, 2001.

GONÇALVES, José Reginaldo Santos. O patrimônio como categoria de pensamento. In: ABREU, R & CHAGAS, M. (Org.). Memória e Patrimônio: ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro: Lamparina. 2009.

GONÇALVES, Marina Furtado. Separados no nascimento: estudo de técnicas, materiais e estado de conservação de dois manuscritos iluminados do século XVIII. Dissertação (Mestrado em Artes) - Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, 2015.

HOBSBAWM, Eric. A era das revoluções: 1789-1848. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2015.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Patrimônio Ferroviário. Em rede http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/127. Acesso em 23 de julho de 2024.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Preservação como prática: sujeitos, objetos, concepções e instrumentos. Brasília: IPHAN, 2010.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2017.

LUCAS, Sônia Maria de Mattos. A importância da preservação do patrimônio histórico e cultural na contemporaneidade. Em rede https://www.institutocidadeviva.org.br/inventarios/sistema/wp- content/uploads/2008/06/preservaropassado.pdf. Acesso em 20 de abril de 2024.

MAGALHÃES JÚNIOR, Cláudio Alves de Oliveira; BATISTA, Marcelo Carneiro. Metodologia da pesquisa em educação e ensino de ciências. 2ª ed. Ponta Grossa: Atena, 2023.

MORAIS, Marcelo de. As vilas ferroviárias paulistas: Arquitetura e as relações urbanas nos núcleos habitacionais ferroviários. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 2002.

PREFEITURA MUNICIPAL DE OURO PRETO. Dossiê de Tombamento Conjunto Ferroviário de Miguel Burnier - Ouro Preto. 2010a. Em rede https://ouropreto.mg.gov.br/turismo/arquivos/dossies/Dossi%C3%AA%20de%20Tombamento_Conjunto% 20Ferrovi%C3%A1rio%20de%20Miguel%20Burnier_atualizado%202023.pdf. Acesso em 18 de abril de 2024.

PREFEITURA MUNICIPAL DE OURO PRETO. Parecer técnico de dossiê de Tombamento de Miguel Burnier, Ouro Preto, Minas Gerais. 2010b. Em rede https://ouropreto.mg.gov.br/static/arquivos/menus_areas/conj-ferrov-miguel-burnier-parecer-tecnico- 1.pdf?dc=2537. Acesso em 18 de abril de 2024.

RODRIGUES, Robson Antônio; COELHO, Jane Pessôa. O patrimônio histórico-cultural e sua importância para a sociedade. Em rede <https://www.femcultura.ac.gov.br/o-patrimonio-historico-cultural-e-sua-importancia-para-a-sociedade/#:~:text=A%20import%C3%A2ncia%20de%20se%20preservar,cidade%20ou%20mesmo%20uma%20na%C3%A7%C3%A3o.> Acesso em 25 de setembro de 2024.

SILVA, Camila Mariana A.; BRITO, Marcílio de; ORTEGA, Cristina Dotta. Documento, documentação, documentologia. Perspectivas em Ciência da Informação, v.21, n. 3, p. 240-253, jul./set. 2016.

SOMEKH, Nadia. Preservando o patrimônio histórico: um manual para gestores municipais. São Paulo: Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, 2017.

The International Committee for the Conservation of the Industrial Heritage (TICCIH). Carta de Nizhny Tagil sobre o Patrimônio Industrial. 2003. Em rede https://ticcih.org/wp-content/uploads/2013/04/NTagilPortuguese.pdf. Acesso em 18 abril 2024.

YOSHIDA, Consuelo Yatsuda Moromizato; PENNA, Maria Cristina Vitoriano Martines. A importância das comunidades tradicionais para a proteção e preservação do meio ambiente e do patrimônio histórico-cultural. Revista Direito UFMS, v. 7, n. 1, p. 71-91, 2021.

Downloads

Publicado em

10 de novembro de 2024

Como Citar

GONÇALVES, M.; SOUZA JUNIOR, F. PATRIMÔNIO INDUSTRIAL: A DOCUMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DE PRESERVAÇÃO DO DORMITÓRIO INTEGRANTE AO CONJUNTO FERROVIÁRIO DE MIGUEL BURNIER, EM OURO PRETO, MINAS GERAIS . Revista Arquitetura e Lugar, Campina Grande, v. 2, n. 7, p. 32–45, 2024. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/arql/article/view/4359. Acesso em: 21 nov. 2024.

Seção

Artigos