https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/issue/feed Caderno Impacto em Extensão 2025-04-15T15:06:57-03:00 Caderno Impacto em Extensão proex@reitoria.ufcg.edu.br Open Journal Systems <div class="card-body p-2"> <div class="card-text small"> <p><span style="font-weight: 400;">A Revista Impacto em Extensão, ligada à Pró-Reitoria de Extensão – PROPEX, da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, possui periodicidade semestral e tem como objetivo divulgar trabalhos de extensão inéditos e originais (não publicados nem enviados concomitantemente para outra revista), valorizando atividades de extensão universitária, com resultados finais, desenvolvidas por professores, alunos e servidores técnico-administrativos da UFCG, da comunidade externa e demais instituições de ensino superior do Brasil e de outros países, como uma contribuição ao conhecimento sobre a temática.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">A revista Impacto em Extensão tem compromisso com a ética, sendo assim o plágio e o autoplágio, como outro comportamento que infrinja a ética, não serão acolhidos.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Tratando exclusivamente de experiência em atividades de extensão universitária, em conformidade com a linha editorial e as diretrizes da revista, o envio do trabalho deverá ser feito através do endereço eletrônico: </span><a href="https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/rieet"><span style="font-weight: 400;">https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/rieet</span></a><span style="font-weight: 400;">. A seleção será realizada por meio de fluxo contínuo.</span></p> <p style="text-align: justify;"><strong>e-ISSN</strong>: 2965-3002</p> </div> </div> https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6339 AÇÃO AGOSTO DOURADO 2025-02-17T21:53:47-03:00 Larissa da Silva Santos a@a.com Igor Renner Medeiros Silva a@a.com Jéssica Letícia Diniz Gomes a@a.com Jose Karlos Eduardo Santos Ferreira a@a.com Adriana da Costa Silva França a@a.com Cínthia Caroline Alves Marques a@a.com Gracielle Malheiro dos Santos a@a.com Egberto Santos Carmo egberto.santos@professor.ufcg.edu.br <p>O aleitamento materno é fundamental para o crescimento e desenvolvimento do bebê, desempenhando um papel crucial na prevenção de doenças e na promoção da saúde materna e infantil. Apesar da sua importância para a saúde, estudos demonstram que, no Brasil, o índice de aleitamento exclusivo encontra-se significativamente abaixo do recomendado. Segundo o ministério da saúde a prevalência de aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 6 meses no país em 2021 foi de 45,8%. A meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é que, até 2025, pelo menos 50% das crianças de até seis meses de vida sejam amamentadas exclusivamente. E a expectativa é que esse índice, até 2030, chegue a 70%. [1]</p> <p>Nesse contexto, o mês de agosto é dedicado à promoção e conscientização sobre os benefícios do aleitamento materno. A cor dourada simboliza o valor do leite materno, reconhecido como essencial para o desenvolvimento saudável dos bebês. Durante esse período, são realizadas campanhas que incentivam a prática da amamentação e promovem a saúde de mães e crianças. [2]</p> <p>A ação realizada teve como objetivo promover a conscientização acerca da importância do aleitamento materno e dos cuidados com os neonatos. A equipe PET Saúde Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde se dedicou a informar e sensibilizar a comunidade sobre os benefícios da amamentação para a saúde das mães e dos bebês, destacando a necessidade de apoio à prática de amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida e oferecendo orientações sobre o cuidado adequado dos recém-nascidos. A iniciativa visou fortalecer as práticas de saúde e garantir o bem-estar das crianças e suas famílias. </p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Egberto Santos Carmo https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6313 AÇÕES DE PREVENÇÃO E COMBATE AS HEPATITES VIRAIS À PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE EM UMA CADEIA PÚBLICA DA PARAÍBA 2025-02-14T21:56:19-03:00 João Diniz Neto diniz.neto@estudante.ufcg.edu.br Emilainy da Silva Santos emilainy.silva@estudante.ufcg.edu.b Mayla Fernandes Ribeiro maylafermandesribeiro3@gmail.com Kaliane Cândido dos Santos Oliveira kaliane.candido@estudante.ufcg.edu.br Lucas Barbosa Farias Leal gigliolajp@hotmail.com Fabiano Fernandes Queiroga gigliolajp@hotmail.com Erica Braga de Aguiar gigliolajp@hotmail.com Jurandir Nascimento dos Santos gigliolajp@hotmail.com Márcia Maria Medeiros Santos marciamedeiros28@hotmail.com Gigliola Marcos Bernardo de Lima gigliolajp@hotmail.com <p>As hepatites virais são consideradas mundialmente um grave problema de saúde pública devido à sua forma crônica e silenciosa sendo diagnosticada na maioria dos casos em estágio avançado. As hepatites virais são infecções que acometem o fígado, comprometendo assim sua função e podendo evoluir para condições fatais. No Brasil, estima-se que milhões de pessoas estejam infectadas pelos vírus das hepatites B e C, muitas das quais desconhecem sua condição devido à ausência de sintomas iniciais (BRASIL, 2024). Neste sentido, o Ministério da Saúde promove anualmente a campanha "Julho Amarelo", que visa conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e das estratégias preventivas, promovendo a saúde e o controle da disseminação dessas doenças (BRASIL, 2019).</p> <p>O ambiente prisional apresenta elevada vulnerabilidade à transmissão de doenças infecciosas, especialmente as hepatites virais dos tipos B e C (PEREIRA <em>et al</em>., 2019). Fatores como a superlotação, uso compartilhado de materiais perfurocortantes e o acesso precário a serviços de saúde favorecem a disseminação dessas infecções. Além disso, a marginalização social dos internos frequentemente resulta em uma carência de conhecimento sobre saúde e prevenção (ELY <em>et al.</em>, 2023). Para enfrentar esses e outros desafios foi instituída em 2014 a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) que tem como principal estratégia inserir a população carcerária no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e estar alinhada a outras iniciativas, como a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), que promove ações educativas nos cenários de prática (BRASIL, 2021; BRASIL, 2018).</p> <p>Em consonância as políticas citadas anteriormente, a ações de educação em saúde desempenha um papel fundamental na socialização do conhecimento as pessoas privadas de liberdade. Essas ações promovem a compreensão sobre o acesso aos seus direitos legais e reforçam a dignidade humana (LIMA, 2022). Neste sentido, as atividades de extensão universitária aproximam-se dessa população, proporcionando aprendizagem em saúde por meio de práticas educativas inter e multidisciplinares, o que contribui para conscientizar os futuros profissionais de saúde sobre seu papel na assistência a populações vulneráveis (NASCIMENTO<em> et al</em>., 2021).</p> <p>Nesse contexto, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) se destaca por integrar o ensino acadêmico à prática profissional, proporcionando aos estudantes de graduação experiências diretas no âmbito da atenção à saúde (BRASIL, 2010). Na edição atual (2024-2026), o Programa tem como eixo central a promoção da equidade, funcionando como uma ponte para a execução de ações voltadas a temáticas transversais. Essas ações abrangem questões como gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiências, com a finalidade de proporcionar um cuidado humanizado e integral, em conformidade com os princípios do SUS e as demandas atuais da saúde pública (BRASIL, 2023). Assim, unidades prisionais, como o cenário deste estudo, se alinha ao tema central da Equidade do Programa PET-Saúde (2024-2026).</p> <p>Assim, este trabalho tem como objetivo descrever a experiência vivida por estudantes, profissionais de saúde e equipe penal durante a atuação na campanha Julho Amarelo em uma Cadeia Pública da Paraíba.</p> <p> </p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Gigliola Lima, João Diniz Neto, Emilainy da Silva Santos, Kaliane Cândido dos Santos Oliveira, Mayla Fernandes Ribeiro, Márcia Maria Medeiros Santos, Lucas Barbosa Farias Leal, Fabiano Fernandes Queiroga, Erica Braga de Aguiar, Jurandir Nascimento dos Santos https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6291 OUTUBRO ROSA NA COMUNIDADE DA UBSF EZEQUIAS VENÂNCIO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 2025-02-07T16:55:54-03:00 Beatriz Lima beatrizaraujospn@gmail.com Rebeca Silva rebecabernardo511@gmail.com Sthefany Santos sthefany.santina@estudante.ufcg.edu.br Lucas Pontes lucaskerllon2005@gmail.com Renata Silva renatainaciodeandrade@gmail.com Isis Costa isis-costta@hotmail.com Luana Carla Santana Ribeiro luana.carla@professor.ufcg.edu.br <p><strong>Introdução: </strong>O Outubro Rosa é uma campanha realizada todos os anos com o objetivo de conscientizar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero. Segundo o Ministério da Saúde, esses são os dois tipos mais comuns de cânceres entre as mulheres no Brasil, mesmo existindo prevenção e tratamento para eles [1]. A iniciativa, que teve origem nos Estados Unidos na década de 1990, busca promover o acesso à informação e encoraja a realização de exames regulares, como a mamografia, e também a promoção de hábitos de vida saudáveis ​​que podem reduzir os fatores de risco associados à doença. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a incidência de câncer de mama afeta cerca de 73 mil pessoas por ano, sendo recomendada a mamografia de rotina para mulheres de 50 a 69 anos, que é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita [2]. Já o câncer do colo do útero afeta mais de 17 mil novas mulheres por ano, sendo as principais formas de prevenção, a vacina HPV em meninas e meninos de 9 a 14 anos e a realização do exame preventivo para mulheres de 25 a 64 anos a cada 3 anos, também disponibilizados gratuitamente no SUS. Ambos os tipos de cânceres podem estar ligados a hábitos, alimentação e ao estilo de vida. Em 2024, o Ministério da Saúde utilizou o tema “Mulher: seu corpo, sua vida” em alusão ao mês temático, como forma de reforçar a importância da campanha e nortear ações voltadas para essa causa. A Unidade Básica de Saúde (UBS) Ezequias Venâncio da Fonseca realizou uma ação de conscientização do Outubro Rosa, com o objetivo de promover a saúde da mulher, abordando de maneira holística a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero. Nesta, tivemos como objetivo a abordagem direta às mulheres da comunidade, sendo possível levar informações importantes sobre a prevenção, diagnóstico precoce e também incentivando o cuidado e promoção da saúde com exercícios físicos regulares, alimentação saudável e acesso à educação em saúde de forma dinâmica e acessível. Este relato objetiva descrever a ação educativa do Outubro Rosa organizada e executada por um Grupo de Aprendizagem Tutorial (GAT) do PET-Saúde do Centro de Educação e Saúde da UFCG, em parceria com outras instituições, direcionada principalmente às mulheres da Comunidade da UBSF Ezequias Venâncio. <strong>Metodologia/Desenvolvimento da ação/intervenção: </strong>Trata-se de um relato de experiência, de abordagem qualitativa. Para a realização da atividade coletiva, inicialmente foi realizado o planejamento e organização do evento, além de busca de parcerias com atores sociais que iriam contribuir com sua realização, a saber: estudantes extensionistas da BASE – UFCG, Equipe de saúde da família da UBSF Ezequias, profissional de educação física municipal e o 9º Batalhão da Polícia Militar. Durante a realização da ação, o processo de organização envolveu três pilares principais: atividades físicas, oferta de serviços de saúde gratuitos e ações educativas, sempre com uma abordagem humanizada e linguagem acessível, visando não apenas o cuidado físico, mas também o emocional e social das participantes. A ação teve início com a oferta de diversos serviços de saúde em uma tenda montada para a ocasião. Foram realizados exames de tipagem sanguínea, vacinação e aferição de sinais vitais, promovendo a conscientização sobre a importância da prevenção e monitoramento da saúde. O teste de glicemia também foi disponibilizado, permitindo o monitoramento da saúde metabólica das participantes, com orientações sobre a alimentação e o controle glicêmico, além de encorajar a realização de exames periódicos. Esses serviços gratuitos forneceram um atendimento rápido e eficiente, incentivando as mulheres a adotarem hábitos de autocuidado e a realizarem exames de rotina. Após esse momento de cuidados, foi realizado um momento educativo com dinâmica, onde as participantes puderam se envolver ativamente e refletir sobre os conteúdos debatidos. A dinâmica foi especialmente pensada para criar um ambiente interativo, onde as mulheres se sentiram à vontade para compartilhar experiências e esclarecer dúvidas, ao mesmo tempo que ampliaram seus conhecimentos sobre o câncer de mama e do colo do útero. Seguindo a programação, foi realizada uma caminhada até o batalhão da Polícia Militar, com o objetivo de integrar ainda mais as participantes e promover a socialização. Esse momento de movimento coletivo também visou estimular a adoção de hábitos saudáveis e o fortalecimento do vínculo entre as mulheres da comunidade. Ao chegar no batalhão, as participantes foram recebidas com uma animada aula de zumba, que foi uma alternativa divertida e inclusiva para todas as idades e condições físicas, promovendo o bem-estar físico e mental de maneira dinâmica. As ações educativas desempenharam um papel central na ação, com conversas e distribuição de materiais informativos sobre o câncer de mama e do colo do útero. As mulheres foram sensibilizadas sobre a importância da mamografia, do exame de Papanicolau e da vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV). Durante essas atividades, a equipe de saúde se empenhou em criar um espaço acolhedor e de escuta, no qual as participantes poderiam expressar dúvidas, compartilhar experiências e receber informações de forma clara e acessível. Além disso, os espaços de troca de experiências fortaleceram o vínculo entre as mulheres, criando uma rede de apoio mútua que potencializou a adesão à ação e a promoção de hábitos saudáveis. Para tornar o evento ainda mais especial e atrativo, foram realizados sorteios de brindes, que contribuíram para o engajamento das participantes. Também foi oferecido um lanche saudável, proporcionando um momento de convivência e fortalecimento da rede de apoio entre as mulheres. A ação contou com a parceria do batalhão da Polícia Militar, que colaborou para garantir a segurança e o sucesso do evento, além de promover a importância da união entre os diferentes setores da comunidade no cuidado à saúde. <strong>Resultados observados: </strong>A ação do Outubro Rosa na Unidade Básica de Saúde Ezequias Venâncio da Fonseca alcançou um bom fortalecimento do cuidado à saúde das mulheres da comunidade, com cerca de 35 participantes, promovendo uma maior adesão ao autocuidado, cuidado coletivo e&nbsp; à realização de exames preventivos, como mamografia e o exame de Papanicolau, fundamentais para o diagnóstico precoce de doenças como o câncer de mama e de colo do útero. Com a realização desta ação, espera-se que as participantes se sintam mais motivadas a buscar atendimento e cuidados de rotina, entendendo a importância desses exames para sua saúde e bem-estar. Além disso, o evento buscou aumentar a conscientização das mulheres sobre os cuidados com a saúde de maneira geral, não apenas em relação ao câncer, mas também a outras doenças crônicas. Através da roda de conversa, dinâmicas e momentos de troca de experiências, as participantes tiveram a oportunidade de compartilhar vivências, esclarecer dúvidas e adquirir mais conhecimento. Com as atividades de movimentação, como a caminhada e a aula de zumba, a ação também visou promover a adoção de hábitos saudáveis, de forma que as mulheres se sentissem motivadas a incorporar a prática de atividades físicas em seu dia a dia, contribuindo para a melhoria de sua saúde mental e física. Ao integrar o movimento coletivo, as participantes também tiveram a oportunidade de fortalecer laços e de sentir que, juntas, poderiam fazer a diferença em sua saúde e na saúde umas das outras. A parceria com a Polícia Militar também teve o intuito de gerar maior segurança e fortalecer a integração comunitária, criando um ambiente onde todas se sentissem à vontade para participar e colaborar. A socialização entre as participantes, o apoio da comunidade e o incentivo ao autocuidado foram fundamentais para que a ação tivesse um impacto positivo na vida das mulheres participantes. <strong>Discussões com a literatura pertinente: </strong>De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a detecção precoce e o tratamento eficaz podem reduzir a mortalidade associada ao câncer de mama em até 50% (WHO, 2020) [3]. Estudos apontam que a oferta de serviços gratuitos de saúde tem um impacto direto na adesão às campanhas preventivas, aumentando a procura por exames essenciais, como mamografias e Papanicolau (Souza et al, 2018) [4]. A elevada incidência do câncer de mama no mundo deflagrou, na década de 1990, um movimento popular denominado Outubro Rosa, que tem como foco a luta contra o câncer de mama e o estímulo à participação da população no combate a essa doença [5]. Desde então, a campanha do Outubro Rosa tem sido amplamente adotada em diversos países, mobilizando instituições públicas, privadas e organizações não governamentais em ações de conscientização. O movimento busca enfatizar a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do acesso a tratamentos, além de oferecer apoio às mulheres que enfrentam a doença. As atividades realizadas durante o mês incluem campanhas educativas, adesão simbólica à cor rosa, palestras, exames preventivos e distribuição de materiais informativos, além da decoração das Unidades Básicas de Saúde como forma de chamar atenção da população e despertar a curiosidade. Essas ações têm como objetivo sensibilizar a sociedade sobre a necessidade de adotar hábitos saudáveis, realizar exames regulares e estar atenta aos sinais e sintomas do câncer de mama. A disseminação dessas informações é fundamental, considerando que, de acordo com o Ministério da Saúde e o INCA, o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento, salvando milhares de vidas a cada ano. O grande volume de matérias sobre câncer de mama no período analisado mostra a força do Outubro Rosa na sociedade brasileira e o interesse da mídia em relação ao tema, confirmando ser esse um momento de grande mobilização e disseminação de informações sobre a doença. Ações diversas de informação, apoio social e outros serviços são oferecidos às mulheres em geral e às que enfrentam o câncer de mama [6]. A discussão sobre riscos e benefícios das intervenções é uma das mais importantes premissas em saúde. Toda intervenção populacional deve ter sua segurança e efetividade comprovadas, cumprindo o que se propõe e causando o menor dano possível [6]. A estratégia para lidar com o risco de sobrediagnóstico e tratamento excessivo é adotar a decisão individualizada e compartilhada, considerando os potenciais benefícios e os conhecidos danos [6]. Além disso, é crucial que as campanhas de conscientização promovam uma comunicação clara e acessível sobre o câncer de mama, abrangendo tanto a importância do diagnóstico precoce quanto às possíveis e consideráveis limitações e implicações dos exames de rastreamento. É fundamental considerar todos os aspectos, sendo eles, culturais, sociais e econômicos das mulheres, garantindo que todas tenham acesso às informações e serviços de forma equitativa. O envolvimento de profissionais de saúde capacitados para orientar corretamente e esclarecer todas as dúvidas contribui diretamente para reduzir o medo e a desinformação, fortalecendo a confiança na tomada de decisões e a busca para cuidar da saúde. Na Rede de Atenção à Saúde (RAS), a Atenção Primária à Saúde (APS) é reconhecida como o serviço de primeiro contato para as mulheres com ou sem sintomatologia relacionadas ao câncer de mama. O Ministério da Saúde preconiza as seguintes ações relacionadas ao câncer de mama a serem realizadas pelos profissionais na APS: investigação dos fatores de risco para câncer de mama (dentre eles idade, fatores genéticos e endócrinos); acompanhamento clínico individualizado de mulheres com risco elevado de câncer de mama; promoção de ações educativas para conscientização, de maneira individual ou coletiva, que promovam a mobilização e a participação da comunidade; orientação educativa, sem recomendação de técnica específica, para a descoberta casual de pequenas alterações mamárias [1]. Além dessas ações, a APS desempenha um papel crucial na organização da linha de cuidado para o câncer de mama e câncer de colo do útero, promovendo a integração com os demais níveis de atenção da RAS. Os profissionais da APS são responsáveis por garantir o encaminhamento oportuno para exames de rastreamento, como a mamografia, e para serviços especializados em casos suspeitos ou confirmados, assegurando que as mulheres tenham acesso ao diagnóstico e tratamento de forma ágil e eficiente. A capacitação contínua dos profissionais da APS também é fundamental para que possam identificar precocemente alterações sugestivas, de forma que possam manejar adequadamente os casos identificados e atuar como agentes de promoção da saúde e prevenção da doença. Dessa forma, a APS se consolida como uma peça fundamental no enfrentamento ao câncer de mama, promovendo equidade e resolutividade no cuidado às mulheres de cada comunidade das UBSs. <strong>Considerações finais: </strong>Em suma, a ação de conscientização do Outubro Rosa realizada na Unidade Básica de Saúde Ezequias Venâncio da Fonseca teve um impacto significativo na comunidade, promovendo uma abordagem holística sobre a saúde da mulher. Ao integrar atividades físicas, serviços de saúde gratuitos e ações educativas, o evento não apenas sensibilizou as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero, mas também fortaleceu a rede de apoio social, incentivando o autocuidado, a prevenção e a adoção de hábitos saudáveis.Assim, consolida-se a importância de ações como essa na Atenção Primária à Saúde. O envolvimento da comunidade foi essencial para o sucesso da ação, com a colaboração de parceiros como a Polícia Militar e a profissional de educação física, que proporcionaram um ambiente acolhedor e inclusivo. A interação social, a troca de experiências e o apoio emocional criaram um espaço seguro onde as mulheres se sentiram empoderadas para cuidar de sua saúde e buscar os exames preventivos necessários. Além disso, a oferta de serviços gratuitos, como tipagem sanguínea e aferição de sinais vitais, permitiu reduzir barreiras no acesso à saúde, alcançando um público que, muitas vezes, não teria condições de realizar tais exames. Espera-se que os resultados dessa ação se traduzam em um aumento na adesão aos exames preventivos, uma maior conscientização sobre os cuidados com a saúde da mulher e uma participação mais ativa da comunidade nas ações de saúde. A ação do Outubro Rosa foi um passo importante para fortalecer a saúde coletiva e individual das mulheres da comunidade, reforçando a importância da prevenção e do autocuidado.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Beatriz Araújo Lima, Rebeca Nayelle Bernardo da Silva, Sthefany Santina Silva Santos, Lucas Kerllon Tavares de Pontes, Renata Inácio de Andrade Silva, Isis Giselle Medeiros da Costa, Luana Carla Santana Ribeiro https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6292 PRÁXIS DE ESTUDANTES DO PET-SAÚDE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 2025-02-07T17:03:34-03:00 Beatriz Lima beatrizaraujospn@gmail.com Rebeca Silva rebecabernardo511@gmail.com Sthefany Santos sthefany.santina@estudante.ufcg.edu.br Lucas Pontes lucaskerllon2005@gmail.com Renata Silva renatainaciodeandrade@gmail.com Isis Costa isis-costta@hotmail.com Luana Carla Santana Ribeiro luana.carla@professor.ufcg.edu.br <p><strong>Introdução: </strong>O ambiente de ensino em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) oferece um campo privilegiado para o desenvolvimento acadêmico e profissional, permitindo aos alunos vivenciarem na prática os desafios e as complexidades da Atenção Primária à Saúde (APS). Como o primeiro nível de atenção à saúde, a APS caracteriza-se por sua abordagem multidisciplinar e por sua função central no Sistema Único de Saúde (SUS), promovendo o cuidado integral e contínuo à população. Esse contexto, além de educativo, possibilita o desenvolvimento de competências técnicas, éticas e relacionais fundamentais para a formação de futuros profissionais da saúde [1]. O presente relato objetiva descrever de forma reflexiva a experiência vivenciada em uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) no município de Cuité, Paraíba, por discentes do Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde). Durante essa imersão, os alunos tiveram a oportunidade de participar ativamente do cotidiano da unidade, acompanhando de perto o funcionamento da equipe multiprofissional, as práticas de cuidado e os desafios enfrentados no atendimento à comunidade. A vivência proporcionou um entendimento prático e crítico sobre a dinâmica da Estratégia de Saúde da Família (ESF), que organiza e orienta a APS [2]. As atividades realizadas englobaram desde o acolhimento e atendimentos individuais até ações coletivas de promoção da saúde e de prevenção de doenças, permitindo que os alunos compreendessem a abrangência e a importância de uma abordagem integral e humanizada. Além disso, a experiência evidenciou a relevância de aliar teoria e prática no processo de formação, possibilitando o aprimoramento de habilidades clínicas, comunicativas e de gestão em saúde [3]. Assim, o objetivo central desta experiência foi proporcionar aos alunos uma vivência prática e reflexiva do cotidiano de uma UBSF, permitindo que compreendessem a realidade do trabalho na APS e desenvolvessem competências essenciais para a atuação como futuros profissionais da saúde. Esse relato busca, portanto, evidenciar a riqueza do aprendizado adquirido e destacar a importância da UBS como espaço de ensino, prática e de transformação social. <strong>Metodologia/Desenvolvimento da ação/intervenção: </strong>Trata-se de um relato de experiência, de abordagem qualitativa. Durante esse período de imersão na realidade da UBSF Ezequias Venâncio, que ocorreu no período de junho de 2024 a janeiro de 2025, foram realizadas diversas atividades práticas, como a condução de ações educativas em sala de espera, o acompanhamento das consultas de pré-natal e o monitoramento do desenvolvimento infantil, por meio da puericultura, e acompanhamento das demandas espontâneas. Essas experiências permitiram vivenciar de forma ativa o cotidiano da atenção primária, fortalecendo o aprendizado e a compreensão do cuidado integral em saúde. Tais vivências reforçam a importância do conhecimento técnico-científico e multiprofissional, por meio do contato direto com as realidades enfrentadas pela população, que torna possível aplicar na prática conceitos como promoção da saúde, prevenção de doenças e cuidado humanizado. Além disso, o envolvimento em atividades de educação em saúde permite desenvolver habilidades de comunicação e empatia, essenciais para construir uma relação de vínculo e confiança com os usuários de saúde. A observação e a participação nas consultas de pré-natal destacaram a relevância de um acompanhamento contínuo e multidisciplinar na atenção materno-infantil, evidenciando o impacto positivo de uma abordagem preventiva e integrada. Da mesma forma, o monitoramento do desenvolvimento infantil pela puericultura mostrou como o conhecimento detalhado sobre as etapas do crescimento e desenvolvimento humano é fundamental para identificar precocemente possíveis alterações. Assim, experiências como essas reafirmam a relevância dos cursos e treinamentos na área da saúde, que não apenas fornecem ferramentas técnicas, mas também fomentam uma visão holística e sensível às necessidades do indivíduo, da família e da comunidade. Elas permitem que futuros profissionais adquiram competências práticas indispensáveis ​​para o fortalecimento da atenção primária, pilar essencial no cuidado à saúde da população. <strong>Resultados observados: </strong>Durante o tempo de integração à realidade da UBSF Ezequias Venâncio, foi possível observar o impacto positivo da integração entre teoria e prática no desenvolvimento de habilidades técnicas, comunicativas e interpessoais dos estudantes. O envolvimento em atividades como a atenção à saúde da mulher e da criança, proporcionou oportunidades para treinar não apenas a capacidade de comunicação, mas também a empatia e o acolhimento, elementos essenciais para estabelecer um vínculo de confiança com as gestantes ou mães, seus parceiros e filhos. Por meio de orientações nas consultas de pré-natal e realização de testes rápidos de infecções sexualmente transmissíveis, foi possível promover uma conscientização mais ampla sobre os cuidados durante a gestação e saúde no geral. Na puericultura, a interação com as crianças e seus responsáveis ​​destacou o valor de uma abordagem humanizada e detalhista no acompanhamento do desenvolvimento infantil. O contato direto com os cuidadores não só trouxe uma compreensão mais profunda das necessidades e expectativas das famílias, mas também revelou a importância de abordar temas delicados, como hábitos de saúde e alimentação, de forma acessível e respeitosa. Essas conversas reforçaram a relevância do olhar atento do profissional em identificar precocemente alterações no desenvolvimento e oferecer a orientação necessária. As atividades realizadas na sala de espera permitiram uma aproximação significativa com a comunidade, criando um ambiente propício para a troca de informações e a educação popular em saúde. Essas interações foram momentos importantes para a prática da escuta ativa, um componente essencial para entender as reais necessidades dos usuários, dúvidas específicas e fortalecer o protagonismo da comunidade na promoção da saúde.&nbsp; O acompanhamento das demandas espontâneas na UBSF ofereceu uma visão prática e detalhada sobre o funcionamento do serviço, desde o acolhimento inicial até a resolução dos casos. Essa experiência possibilitou vivenciar a complexidade do trabalho em equipe multiprofissional, evidenciando a importância de uma comunicação clara e integrada entre os profissionais para garantir um atendimento eficiente e resolutivo. Além disso, a observação dos fluxos de atendimento e da gestão de casos revelou como uma organização eficiente é crucial para a otimização dos recursos disponíveis e para garantir que as necessidades dos pacientes sejam atendidas de maneira ágil e qualificada. Essa vivência não apenas consolidou os conhecimentos adquiridos ao longo da formação teórica, mas também reforçou a importância de atuar com ética, sensibilidade e compromisso com a saúde. A interação com diferentes grupos da comunidade e a troca de experiências com a equipe da UBSF ampliaram a compreensão do cuidado integral e humanizado com qualidade. <strong>Discussões com a literatura pertinente: </strong>A experiência vivenciada na UBSF reforçou, na prática, a importância dos princípios norteadores da APS, conforme estabelecidos por Starfield (2002) [2]. Elementos fundamentais, como o acesso de primeiro contato, a longitudinalidade, a integralidade, a coordenação do cuidado, o enfoque familiar e a orientação comunitária, foram identificados nas ações realizadas, evidenciando sua relevância na organização dos serviços e na promoção da saúde. As atividades educativas desenvolvidas em sala de espera corroboram a literatura que destaca a educação em saúde como uma ferramenta essencial para fortalecer o autocuidado e a autonomia dos usuários, conforme Oliveira e Pinheiro (2021) [4]. Por meio de conversas e escuta ativa, os estudantes conseguiram estabelecer um diálogo próximo com a comunidade, integrando informações técnicas às necessidades específicas de cada grupo, o que é considerado crucial para a eficácia das intervenções em saúde coletiva. Durante o acompanhamento de consultas de pré-natal, destacou-se a relevância do vínculo entre profissionais e gestantes, frequentemente citado na literatura como fator decisivo para a redução de complicações gestacionais, de acordo com Costa e Freitas (2020) [5]. Essa vivência permitiu aos alunos compreender o cuidado materno-fetal de forma ampla, enfatizando a importância de intervenções contínuas e humanizadas para garantir a saúde de mães e bebês. A puericultura, por sua vez, evidenciou o papel indispensável do acompanhamento sistemático no crescimento e desenvolvimento infantil. Estudos indicam que essa prática é essencial para a identificação precoce de alterações no desenvolvimento e para a orientação das famílias sobre cuidados adequados à infância, conforme Silva <em>et al.</em>, (2022) [6]. O contato direto com as famílias durante essas atividades destacou a relevância de uma abordagem integral e da criação de vínculos sólidos entre profissionais de saúde e cuidadores. O envolvimento nas demandas espontâneas e a observação do funcionamento da UBSF também ressaltaram a importância de equipes multiprofissionais bem coordenadas e organizadas, conforme descrito por Mendes (2018) [7], na gestão do cuidado na APS. Essa vivência ampliou a compreensão sobre os desafios enfrentados no atendimento a diferentes demandas em um contexto de recursos limitados, sublinhando a necessidade de eficiência e integração na prestação de serviços. Assim, a experiência prática na UBSF dialogou diretamente com a literatura, demonstrando que a articulação entre teoria e prática é indispensável para formar profissionais de saúde aptos a enfrentar os desafios do SUS, garantindo um cuidado integral, humanizado e de qualidade. <strong>Considerações finais: </strong>A imersão na UBSF Ezequias Venâncio proporcionou uma compreensão prática dos desafios, da organização e das atividades realizadas na Atenção Primária, destacando-se como um espaço privilegiado para o aprendizado e desenvolvimento de competências essenciais para a prática assistencial no SUS. A vivência em atividades como o acompanhamento de pré-natal, puericultura e ações educativas, permitiu a integração da teoria com a prática, fortalecendo habilidades clínicas e comunicativas essenciais, de forma a complementar o conhecimento dos estudantes sobre os assuntos e possibilitando obter novas experiências junto à equipe e aos usuários. Além disso, ampliou as perspectivas sobre o funcionamento do sistema de saúde, enfatizando a importância de atuar de forma coordenada e estratégica na promoção, prevenção e tratamento das condições de saúde da população. Observou-se a importância da abordagem integral e humanizada no cuidado à saúde, destacando-se o vínculo com a comunidade e a atuação contínua dos profissionais. A experiência também evidenciou a importância de uma gestão eficiente e da coordenação da equipe para garantir a qualidade do atendimento. Essa vivência reforçou o papel fundamental da UBSF como um espaço não apenas de assistência, mas também de formação de profissionais de saúde. O ambiente dinâmico e desafiador possibilita aos estudantes o desenvolvimento de habilidades técnicas, éticas e interpessoais, fundamentais para o exercício de uma prática profissional comprometida com os princípios do SUS. Dessa forma, a imersão contribuiu significativamente para a formação dos estudantes que fazem parte do PET-Saúde Equidade.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Beatriz Araújo Lima, Sthefany Santina Silva Santos, Rebeca Nayelle Bernardo da Silva, Lucas Kerllon Tavares de Pontes, Renata Inácio de Andrade Silva, Isis Giselle Medeiros da Costa, Luana Carla Santana Ribeiro https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6308 SENSIBILIZAÇÃO E PREVENÇÃO NO COMBATE AO CÂNCER DE MAMA: 2025-02-13T22:21:47-03:00 Emilainy da Silva Santos a@a.com João Diniz Neto a@a.com Mayla Fernandes Ribeiro a@a.com Kaliane Cândido dos Santos Oliveira a@a.com Márcia Maria Medeiros Santos a@a.com Gigliola Marcos Bernardo de Lima gigliolajp@hotmail.com <p>O câncer de mama se caracteriza pela multiplicação desordenada de células anormais no tecido mamário. Quando detectado nos estágios iniciais, na forma “in situ”, não é fatal e apresenta boas possibilidades de tratamento. Contudo, se diagnosticado tardiamente, pode se espalhar para outras partes do corpo, tornando-se uma das principais causas de mortalidade entre as mulheres. Não há uma causa única para o seu desenvolvimento, ele está relacionado à interação entre fatores genéticos, estilo de vida, hábitos e o ambiente. Além disso, o risco de desenvolver a doença aumenta com a idade, especialmente após os 50 anos (BRASIL, 2023). Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (2022), foram detectados aproximadamente 2,3 milhões de novos casos de câncer de mama no mundo, evidenciando a importância da conscientização e do incentivo à prevenção dessa doença. Portanto, é essencial incentivar a participação de mulheres em espaços que proporcionem escuta, informação, acolhimento, promoção da saúde e prevenção de agravos. Dentro desse cenário, ações de educação em saúde exercem um papel indispensável na prevenção e no enfrentamento do câncer de mama. A disseminação de informações claras e acessíveis sobre a doença, seus fatores de risco e a importância da detecção precoce é crucial para capacitar as mulheres e incentivar práticas preventivas (GRATÃO <em>et al.</em>, 2023). A partir disso, a campanha de conscientização “Outubro Rosa” tem se destacado como uma importante estratégia para aumentar a visibilidade do câncer de mama e sensibilizar a população sobre a importância do autoexame, das mamografias e do acompanhamento médico regular. Ações educativas e informativas são intensificadas em diversos meios e espaços, visando alcançar mulheres de todas as idades e promover a mudança de hábitos e atitudes relacionadas à saúde da mama (BRASIL, 2018). Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é realizar um relato de experiência sobre uma intervenção acerca dos cuidados, formas de prevenção e sinais de alerta do câncer de mama, em uma comunidade do municipio de Cuité – PB em menção ao Outubro Rosa.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Gigliola Lima https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6278 ARRAIÁ CONTRA A VIOLÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM A COMUNIDADE RURAL SOBRE VIOLÊNCIA SEXUAL E DOMÉSTICA 2025-01-31T10:01:50-03:00 Jéssica Letícia Diniz Gomes dos Santos jessica.leticia@estudante.ufcg.edu.br Igor Renner Medeiros Silva igor.renner@estudante.ufcg.edu.br Jose Karlos Eduardo Santos Ferreira jose.karlos.edu.07@gmail.com Larissa da Silva Santos silva.santos@estudante.ufcg.edu.br Adriana da Costa Silva França laurafranca28@gmail.com Cínthia Caroline Alves Marques cinthia.alves5@gmail.com Gracielle Malheiros dos Santos gracielle.malheiro@professor.ufcg.edu.br Egberto Santos Carmo egberto.santos@professor.ufcg.edu.br <p>A Lei Maria da Penha é uma legislação federal brasileira criada com o propósito de combater e punir de forma eficaz a violência doméstica e familiar contra a mulher. Promulgada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da época em 7 de agosto de 2006, passou a vigorar em 22 de setembro do mesmo ano. A lei estabelece mecanismos para prevenir e enfrentar a violência contra a mulher, em conformidade com o artigo 226 da Constituição Federal de 1988, com a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher [1].</p> <p>Violência doméstica pode ser entendida como qualquer ato de agressão direcionado à mulher em um ambiente doméstico, familiar ou de convivência íntima, com o objetivo de privá-la de seus direitos, aproveitando-se de sua situação de vulnerabilidade. Essa forma de violência pode ocorrer no espaço do lar e envolver pessoas com ou sem laços familiares, incluindo aquelas que fazem parte do convívio de forma ocasional, como, por exemplo, situações de agressão do empregador contra a empregada doméstica [2].</p> <p>A violência sexual, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), envolve atos, tentativas ou investidas sexuais indesejadas, muitas vezes acompanhadas de coação, podendo ser praticadas por qualquer pessoa em diversos contextos. Esse tipo de violência inclui práticas como penetração forçada e assédio sexual, frequentemente vinculados a coerção ou troca de favores em relações de poder hierárquicas [3].</p> <p>O objetivo deste trabalho é descrever e analisar uma ação educativa realizada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na zona rural no município de Cuité-PB, voltada para a conscientização sobre a violência doméstica e sexual. A proposta buscou promover a reflexão crítica sobre o tema, incentivar a identificação de comportamentos abusivos e fortalecer os laços entre a equipe de saúde e a comunidade, criando um espaço seguro para o diálogo e a troca de experiências.</p> <p> </p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Jéssica Letícia Diniz Gomes dos Santos , Igor Renner Medeiros Silva, Jose Karlos Eduardo Santos Ferreira, Larissa da Silva Santos, Adriana da Costa Silva França, Cínthia Caroline Alves Marques, Gracielle Malheiros dos Santos, Egberto Santos Carmo https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6320 EXPERIÊNCIA EM AÇÕES EDUCATIVAS NAS FEIRAS DE SAÚDE DA ECIT E DO CES - UFCG: DIVERTIDAMENTE – APRENDENDO A LIDAR COM AS EMOÇÕES E PROMOVENDO A SAÚDE MENTAL 2025-02-15T18:15:14-03:00 Maria Alicya Silva alicyabsr@gmail.com Maria Clara Casado Farias clara.casado@estudante.ufcg.edu.br Maria Clara Morais da Silva mariaclaramorais132@gmail.com Ana Virgília Lima Campos alicyabsr@gmail.com Ellen Araújo Dantas ELLENADDANTAS@GMAIL.COM Alessandra Marques Lima alessandra.marques@estudante.ufcg.edu.br Leandro Demetrius Santos leandrodmrt@gmail.com Elyze Gabriely Santos limaagadriely17@gmail.com Jéssyka Kallyne Bezerra galvãojessyka@gmail.com Isis Giselle Medeiros da Costa isis-costta@gmail.com Renata Inácio de Andrade Silva renatinhainacio@hotmail.com Raphaela Veloso Rodrigues Dantas raphaela.veloso@professor.ufcg.edu.br <p>Atualmente a saúde mental, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é definida como um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de lidar com os desafios da vida, ser produtivo e contribuir para a sociedade (1). Cuidar da saúde mental vai além de tratar doenças emocionais, sendo necessário adotar práticas diárias que favoreçam o equilíbrio psicológico e o bem-estar emocional. Sendo assim, o objetivo do estudo foi relatar a percepção a cerca de ações voltadas a estimular o diálogo sobre saúde mental e conduzir uma consciência individual de cada participante sobre algumas de suas próprias emoções. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, em formato de relato de experiência, no qual foram detalhados o planejamento e a execução de uma ação elaborada pelos integrantes do grupo tutorial vinculado ao PET-Saúde CES/UFCG.&nbsp;Inicialmente, a ação foi realizada na Escola Estadual Cidadã Integral e Técnica (ECIT). Esse momento envolveu atividades dinâmicas, como colorterapia, e uma troca interativa utilizando os personagens do filme Divertidamente&nbsp; como recurso para discutir saúde mental com os aluno. Em um segundo momento, a ação continuou no ginásio do Centro de Educação e Saúde/ UFCG, Campina Grande / PB reunindo visitantes da comunidade e estudantes das escolas locais, bem como alunos, docentes e servidores da UFCG.&nbsp; com impactos significativos tanto para os participantes quanto para os membros do grupo organizador. A utilização de colorterapia e dos personagens do filme Divertida Mente facilitou o entendimento das emoções e a criação de um ambiente acolhedor, onde os alunos se sentiram à vontade para compartilhar suas percepções e sentimentos sobre saúde mental.&nbsp;</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Raphaela Dantas, Maria Alicya Silva, Maria Clara Casado Farias, Maria Clara Morais da Silva, Ana Virgília Lima Campos, Ellen Araújo Dantas, Alessandra Lima, Leandro Demetrius Santos, Elyze Gabriely Santos, Jéssyka Kallyne Bezerra, Isis Giselle Costa, Renata Inácio Silva https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6323 OUTUBRO ROSA - AÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE PELA EQUIPE PET SAÚDE E MULTIDISCIPLINAR, NA CIDADE DE CUITÉ-PB 2025-02-15T18:31:44-03:00 Maria Clara Morais da Silva mariaclaramorais132@gmail.com Ana Virgília Lima Campos ana.virgilia@estudante.ufcg.edu.br Maria Alicya Silva alicyabsr@gmail.com Ellen Araújo Dantas ELLENADDANTAS@GMAIL.COM Maria Clara Casado Farias clara.casado@estudante.ufcg.edu.br Alessandra Marques Lima alessandra.marques@estudante.ufcg.edu.br Leandro Demetrius Santos leandrodmrt@gmail.com Elyze Gabriely Santos limaagadriely17@gmail.com Isis Giselle Medeiros da Costa isis-costta@gmail.com Jéssyka Kallyne Galvão Bezerra galvãojessyka@gmail.com Renata Inácio de Andrade Silva renatinhainacio@hotmail.com Raphaela Veloso Rodrigues Dantas raphaela.veloso@professor.ufcg.edu.br <p>As iniciativas pedagógicas em saúde no Brasil refletem seu histórico de educação bancária também nas ações voltadas à prevenção e controle do câncer de mama. Inicialmente, as campanhas relacionadas à saúde da mulher, incluindo o câncer de mama, foram fortemente vinculadas a modelos prescritivos e centralizados no saber biomédico. Com o avanço dos movimentos de educação popular e a incorporação dos princípios pedagógicos de Paulo Freire, as estratégias educativas para o câncer de mama passaram a adotar abordagens mais participativas e dialógicas. O presente trabalho trata-se de um relato de experiência de caráter descritivo. O objetivo é descrever a percepção acerca da&nbsp; ação elaborada e vivenciada pelo Grupo Tutorial Raimunda durante atividade educativa em alusão ao mês do Outubro Rosa, na UBSF Raimunda Domingos de Moura. Cada detalhe foi pensado cuidadosamente para garantir a participação ativa das mulheres da comunidade e promover um ambiente acolhedor e propício ao aprendizado. A ação realizada destacou-se por promover uma construção participativa da saúde de forma integral, priorizando o fortalecimento da saúde e a prevenção de agravos. Para isso, utilizou-se a educação popular em saúde como ferramenta participativa e dialógica.&nbsp;Apesar de contar com materiais básicos, como decoração temática, slides e plaquinhas, o evento destacou-se pela organização e pelo planejamento minucioso que garantiram sua eficácia, essa iniciativa demonstra que a combinação de simplicidade com cuidado no planejamento pode gerar resultados, promovendo a conscientização e incentivando práticas de autocuidado e prevenção de forma marcante e transformadora.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Maria Clara Morais da Silva, Ana Virgília Lima Campos, Maria Alicya Silva, Ellen Araújo Dantas, Maria Clara Casado Farias, Alessandra Lima, Leandro Demetrius Santos, Elyze Gabriely Santos, Isis Giselle Costa, Jéssyka Kallyne Bezerra, Renata Inácio Silva, Raphaela Dantas https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6294 PROMOVENDO SAÚDE MENTAL DA EQUIPE NO SETEMBRO AMARELO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 2025-02-07T17:21:48-03:00 Beatriz Lima beatrizaraujospn@gmail.com Sthefany Santos sthefany.santina@estudante.ufcg.edu.br Rebeca Silva rebecabernardo511@gmail.com Lucas Pontes lucaskerllon2005@gmail.com Renata Silva renatainaciodeandrade@gmail.com Isis Costa isis-costta@hotmail.com Luana Carla Santana Ribeiro luana.carla@professor.ufcg.edu.br <p><strong>Introdução: </strong>De acordo com o Ministério da Saúde (2023) [1], o Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, idealizada em 2014 por diversas entidades, incluindo o Centro de Valorização da Vida (CVV). Com o uso da cor amarela, simbolizando o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, em 10 de setembro, a campanha visa quebrar tabus e incentivar a conversa aberta sobre o tema em diferentes contextos sociais. Em 2023, o CVV adotou o tema "Acolher e cuidar", destacando a importância de oferecer apoio, compreensão e acolhimento para aqueles que enfrentam dificuldades. A participação no movimento é aberta a todos, e a campanha busca promover o diálogo e a conscientização contínua sobre a prevenção do suicídio. No contexto da saúde pública, é fundamental considerar o bem-estar mental não apenas da população, mas também dos profissionais de saúde, que frequentemente se dedicam ao cuidado dos outros, negligenciando o autocuidado. Nesse sentido, reconhecendo a importância de cuidar de quem cuida, o Grupo de Aprendizagem Tutorial (GAT) do PET-Saúde da UBSF Ezequias Venâncio, cujo eixo central consiste na valorização das trabalhadoras e futuras trabalhadoras no âmbito do SUS, saúde mental e as violências relacionadas ao trabalho na saúde, promoveu uma atividade voltada para os profissionais, com um momento educativo, de acolhimento e de estímulo ao autocuidado. Essa ação buscou proporcionar um espaço de cuidado e promoção de bem-estar para a equipe, reforçando a importância de cuidar da saúde mental de todos, com foco no autocuidado, na integração da equipe e no incentivo à prática de estratégias preventivas para a saúde mental, dentro do contexto da campanha "Setembro Amarelo". Assim, este relato objetiva descrever o desenvolvimento de uma ação de promoção da saúde mental direcionada a uma equipe de saúde da família durante o Setembro Amarelo, realizada pelo GAT da UBSF Ezequias Venâncio, do PET-Saúde do Centro de Educação e Saúde da UFCG. <strong>Metodologia/Desenvolvimento da ação/intervenção: </strong>Trata-se de um relato de experiência, de abordagem qualitativa. Em setembro de 2024, como parte da campanha "Setembro Amarelo", voltada para a prevenção do suicídio, o GAT-Ezequias do PET-Saúde convidou uma profissional especializada em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) e organizou uma ação voltada ao bem-estar mental e emocional da equipe da UBSF Ezequias. A profissional realizou dinâmica de grupo, com o objetivo de promover a integração, o apoio mútuo e o fortalecimento dos vínculos entre os participantes. Durante a atividade, foram compartilhadas ainda informações educativas sobre a prevenção do suicídio, sinais de alerta e estratégias de acolhimento, destacando a importância dos cuidados com a saúde mental. O tema "Divertidamente" foi incorporado à ação, de forma a conectar as emoções e as experiências vividas pela equipe, tornando a abordagem mais lúdica e sensível às necessidades emocionais dos participantes. Ao final das atividades, para complementar o cuidado emocional, a enfermeira disponibilizou a prática de auriculoterapia para os membros da equipe da UBSF Ezequias, com o objetivo de promover relaxamento e alívio do estresse. A ação foi planejada para ser um momento acolhedor, proporcionando um espaço seguro de escuta ativa e troca de experiências, reforçando a valorização do autocuidado e o bem-estar da equipe. No final da ação do setembro amarelo, foi inaugurado o "Espaço Acolher", um ambiente especialmente projetado para promover momentos de relaxamento e socialização entre os profissionais da UBSF Ezequias. A iniciativa foi conduzida pelo PET-Saúde, que decidiu transformar uma sala anteriormente desocupada em um espaço acolhedor, decorando-a cuidadosamente para atender às necessidades da equipe. Esse ambiente foi entregue simbolicamente aos profissionais, reforçando a importância do cuidado de quem cuida e proporcionando um local destinado ao bem-estar e à integração da equipe. <strong>Resultados observados: </strong>A ação realizada em setembro de 2024, na UBSF Ezequias, teve um papel fundamental na promoção da saúde mental dos profissionais de saúde e no fortalecimento dos laços dentro da equipe. Participaram 16 pessoas, incluindo seis profissionais da UBSF Ezequias, quatro estudantes do Pet-saúde, quatro estagiários, uma tutora/professora e uma profissional convidada. A programação da atividade incluiu musicoterapia, exercícios de relaxamento, oficina de automassagem, dinâmica de tenda das emoções, auriculoterapia, lanche e inauguração do Espaço Acolher. O principal objetivo foi melhorar o bem-estar emocional dos trabalhadores da unidade, incentivando a integração e o apoio mútuo. Durante a ação, foram realizadas dinâmicas de grupo que favoreceram a interação e o fortalecimento da confiança entre os participantes, além de momentos educativos sobre sinais de alerta para problemas emocionais. Na dinâmica de grupo denominada de Tenda das Emoções, utilizou-se balões coloridos, cujas cores eram ligadas à emoções de acordo com o filme Divertida mente; os participantes escolheram os balões de acordo com a emoção/sentimento daquele momento e partilhavam sobre isso na roda de conversa. Também foi oferecido um momento de auriculoterapia, muito bem recebido pelos profissionais, proporcionando alívio do estresse e estimulando o autocuidado. A inauguração do "Espaço Acolher" foi um momento marcante, criando um ambiente destinado ao relaxamento, socialização e cuidado com a saúde mental da equipe, o que gerou um impacto positivo. No ambiente acolhedor, foram cuidadosamente dispostos diversos elementos para criar uma atmosfera tranquila e convidativa, com cadeiras, almofadas, uma árvore simbólica da equipe, adornada com fotos e datas de aniversários, um tapete, uma estante com vários elementos, como uma caixa com frases motivadoras, um difusor de essências com aromas suaves e equipamento de automassagem para uso dos participantes. A atividade foi avaliada positivamente pelos envolvidos, que reconheceram a importância de dar continuidade a essas ações e sugeriram a inclusão de mais iniciativas voltadas ao bem-estar emocional e à saúde mental. A continuidade dessas ações pode beneficiar não apenas os profissionais da UBSF, mas também a comunidade atendida, criando um ambiente mais acolhedor e apto a lidar com questões emocionais. <strong>Discussões com a literatura pertinente: </strong>A valorização do bem-estar mental dos profissionais de saúde é amplamente discutida na literatura, especialmente no contexto da saúde pública. O desgaste emocional e físico decorrente da rotina intensa de trabalho pode levar ao esgotamento profissional, conhecido como síndrome de burnout, que está associado a sintomas como estresse, ansiedade e depressão [2]. Nesse sentido, ações que promovam momentos de relaxamento e de autocuidado, como as descritas neste relato, a exemplo do "Espaço Acolher", são essenciais para a manutenção da saúde mental e do equilíbrio emocional das equipes de saúde. A utilização de práticas integrativas e complementares, como a auriculoterapia, também encontra respaldo na literatura. Essas práticas têm demonstrado eficácia na redução do estresse e na melhoria do bem-estar físico e mental, sendo amplamente recomendadas para ambientes de trabalho, conforme apontado em diretrizes do Ministério da Saúde (2018) [3]. A aplicação dessa técnica durante a ação reforçou a importância de incorporar abordagens complementares no cuidado com os profissionais de saúde. Além disso, o fortalecimento dos vínculos entre a equipe por meio de dinâmicas de grupo é corroborado por estudos que evidenciam a relevância de relações interpessoais saudáveis para a criação de ambientes de trabalho mais colaborativos e acolhedores [4]. O espaço seguro e o diálogo promovidos pelas atividades contribuíram para a construção de um ambiente de confiança mútua, alinhando-se às recomendações de políticas públicas que incentivam estratégias de cuidado integral no âmbito da saúde coletiva. A criação de espaços como o "Espaço Acolher" também pode ser comparada a intervenções descritas na literatura que buscam humanizar o ambiente de trabalho, reforçando a ideia de que a valorização do trabalhador está diretamente ligada à melhoria da qualidade do cuidado prestado à população [5]. Assim, iniciativas como essa demonstram como pequenas mudanças estruturais podem gerar impactos significativos na satisfação e no desempenho dos profissionais. <strong>Considerações finais: </strong>A experiência relatada evidencia a importância de ações voltadas para o bem-estar e a saúde mental dos profissionais de saúde, destacando a relevância do autocuidado no âmbito da saúde pública. A criação do "Espaço Acolher" e a implementação de práticas como dinâmicas de grupo e auriculoterapia mostraram-se estratégias eficazes para promover integração, relaxamento e suporte emocional, resultando em benefícios claros para a equipe da UBSF Ezequias. Os resultados alcançados reforçam a necessidade de incorporar práticas integrativas e complementares como parte das políticas institucionais, alinhando-se às diretrizes do SUS e aos princípios da humanização no cuidado. Além disso, o fortalecimento dos vínculos interpessoais e a valorização do trabalhador são elementos essenciais para a construção de um ambiente de trabalho saudável e colaborativo, impactando positivamente na qualidade dos serviços prestados à comunidade. Conclui-se que iniciativas como essa devem ser incentivadas e replicadas em outros contextos, buscando não apenas a prevenção do adoecimento emocional, mas também o fortalecimento de equipes mais coesas e resilientes. A continuidade de ações educativas, cuidativas e de promoção de saúde mental pode contribuir significativamente para um sistema de saúde mais sustentável e eficaz, com profissionais mais engajados e saudáveis.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Beatriz Araújo Lima, Sthefany Santina Silva Santos, Rebeca Nayelle Bernardo da Silva, Lucas Kerllon Tavares de Pontes, Renata Inácio de Andrade Silva, Isis Giselle Medeiros da Costa, Luana Carla Santana Ribeiro https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6305 SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE: A IMPORTÂNCIA DO AUTOCUIDADO 2025-02-13T18:34:08-03:00 Sabrina Silva sabrina.vitoria@estudante.ufcg.edu.br Ewerlane Moreira ewerlane.sobral@estudante.ufcg.edu.br Esmeralda Timoteo esmeralda.silva@estudante.ufcg.edu.br Wellington Lima wellington.lima@estudante.ufcg.edu.br Janaína Batista arthurjana@hotmail.com Andrezza Duarte Farias andrezza.duarte@professor.ufcg.edu.br <p><strong>Introdução:</strong></p> <p>O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET- Saúde) apresenta como objetivo a melhoria do ensino na saúde pública do país, contribuindo para a formação de futuros profissionais de saúde preparados, qualificados, experientes e com conhecimentos baseados na realidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Para tanto, é de grande importância que os grupos de alunos formados pelo PET juntamente com os tutores e preceptores, interajam com a equipe multiprofissional de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), a fim de conhecer a rotina, pontos fortes, pontos a serem mudados, fragilidades e bens públicos da área [1]. A saúde do trabalhador visa a proteção, e recuperação da saúde dos trabalhadores, prevenindo doenças futuras, além disso, se preocupa com o bem-estar físico, mental e social. A importância desse tema traz garantias de condições de trabalho mais seguras e acessíveis levando consequentemente a diminuição desse estresse, a prevenção de doenças ocupacionais, havendo aumento de produtividade significativos, pois quando profissionais saudáveis recebem motivações, gera resultados organizacionais positivos [2]. Conseguinte, o assunto autocuidado está diretamente ligado ao bem-estar físico, mental, emocional e social, pois trata-se de uma prática que contribui na preservação da saúde, ajuda na prevenção de todos os pontos citados, melhora em vários âmbitos a qualidade de vida de um indivíduo e promove equilíbrio tanto na vida pessoal quanto profissional [3]. Nesse sentido, um dos objetivos do Grupo de Apoio Tutorial&nbsp; (GAT) Diomedes Lucas de Carvalho do PET Equidade é apoiar a saúde dos trabalhadores da equipe multiprofissional sobre o tema saúde mental, pois é explícito os altos níveis de estresse que diariamente os profissionais estão expostos. Assim, o GAT teve como finalidade desenvolver atividades que proporcionem aos profissionais de saúde cuidado com a saúde mental e desenvolvam autocuidado durante a rotina.&nbsp;</p> <p><strong>Metodologia/Desenvolvimento da ação/intervenção:</strong></p> <p>Em junho de 2024, foi planejada a primeira ação do GAT-Diomedes para conhecer as principais demandas da comunidade e da equipe de saúde, onde foi realizada a comemoração do São João da UBS.&nbsp; Nessa ocasião, foi feita uma dinâmica da seguinte forma: foi escrito em um cartaz por todos os membros da equipe, os pontos mais frágeis que os mesmos gostariam que fosse focado para ser trabalhado durante a Edição 2024-2026 do PET- Saúde Equidade. Percebeu-se ao fim da dinâmica o quanto a equipe estava fragilizada por carga de trabalho muito alta, estresse, frustrações acumuladas, e então, ficou decidido que um dos focos seria a saúde mental dos trabalhadores da equipe multiprofissional da UBS. Assim, em outubro de 2024, todos os integrantes foram convidados para uma roda de conversa e um café da tarde. Então, foi realizada uma nova dinâmica, chamada do balão das emoções, que teve o objetivo de liberar as emoções presas, funcionou da seguinte forma: os profissionais foram organizados em uma roda para que cada um fosse visto pelos demais, em seguida, cada participante da equipe escreveu em um balão a emoção (palavra) que estava sentindo ou que definia o trabalho. Nesse momento, foi compartilhado na roda, quem estivesse se sentindo confortável, para falar e ouvir. Ao final da roda, todos os integrantes ficaram de pé no círculo e as emoções/balões que eram boas foram deixadas no círculo e guardadas, e as emoções/balões que passavam um sentimento ruim de tristeza foram estouradas, com intuito de serem mudadas e melhoradas.</p> <p><strong>&nbsp;</strong></p> <p><strong>Resultados observados:&nbsp;&nbsp; </strong></p> <p>Foi notório como desfecho da primeira dinâmica aplicada durante a comemoração do São João, que a equipe se encontrava sem nenhum tempo ou momento para eles mesmos, pois foi perceptível que o simples fato de uma conversa, de serem ouvidos por pessoas que queriam ajudar já mudou um pouco o cenário e trouxe um sentimento de&nbsp;&nbsp; alívio crescente para o ambiente de trabalho. Além do sentimento de acolhimento coletivo, os membros participaram e falaram abertamente sobre pontos que deveriam ser focados, dentre eles foi destacado a importância de momentos de conversa e descontração da equipe, como foi realizado naquele dia. Na dinâmica do balão chamou muita atenção algumas palavras cheias de sentimentos e emoções intensas, que foram escritas, como: estresse, preocupação, ansiedade, sobrecarga, responsabilidade e desvalorização. No momento em que cada pessoa presente na roda foi falando, a conversa se tornou um ambiente de desabafo e de conforto para conversar sobre os temas que mais incomodavam. Foi notório um alívio, pela exposição de tudo que queria ser conversado a algum tempo, seja com um profissional, amigo ou um familiar. Além disso, ao longo da atividade algumas pessoas aproveitaram o momento para falar de situações difíceis&nbsp; enfrentadas no trabalho, o sentimento de tristeza foi perceptível pelas palavras ditas e as lágrimas não foram contidas.&nbsp; Nessa circunstância, ao final da dinâmica os participantes agradeceram pelo momento de descontração de escuta e acolhimento, alguns relataram até estar se sentindo mais leve e acolhido. Foi reforçada a importância de procurar por um profissional adequado como um psicólogo, para lidar de maneira mais apropriada com todas as emoções. Destacou-se ainda a importância do estar bem para poder cuidar do próximo, pois o autocuidado é uma forma de fortalecer relações e responsabilidades habituais. Observamos conjuntamente ao final, que o objetivo da dinâmica foi atendido pois cada indivíduo conseguiu compreender e aprender mais sobre o autocuidado.</p> <p><strong>Discussões com a literatura pertinente:</strong></p> <p>Trabalhar dinâmicas como esta tem um papel indispensável para saúde dos trabalhadores, tendo em vista uma maior prevalência de ansiedade entre os agentes comunitários de saúde, onde cerca de 54,2% apresentaram algum nível de ansiedade [4]. Sabe-se ainda que, os profissionais de saúde com níveis cronicamente elevados de estresse percebido apresentam maior predisposição para esgotamento profissional, como também estão suscetíveis a condições como fadiga, insônia, ansiedade, depressão, obesidade, doença coronarianas, diabetes, câncer, distúrbios psicossomáticos e uso abusivo de drogas [5]. Fica reafirmado que a realização de atividades como estas estimulam a criação de um espaço de trabalho que seja um pouco mais seguro e confortável para uma conversa entre uma equipe, frisando que para um bem comum, o bem-estar emocional é um ponto que impacta diretamente na produtividade, criatividade e qualidade das relações interpessoais. Conseguinte, a busca por um profissional adequado também não pode ser deixada de lado, visto que é comprovada a eficácia de terapias ocupacionais, onde a atuação de profissional tem sido de fundamental importância ao trazer contribuições como: intervenção direta na vida prática das pessoas, integração em atividades significativas para elas, auxílio para encontrar novos significados e formas de desempenhar os papeis ocupacionais, ressignificação de rotinas, consideração das ocupações na construção de projetos terapêuticos singulares e promoção da autonomia em atividades de autocuidado [6].</p> <ol start="4"> <li><strong> Considerações finais: </strong></li> </ol> <p>Portanto, podemos concluir que se torna essencial cuidar do âmbito da saúde mental e que este tema deve ocupar cada dia um lugar maior a ser realçado em várias discussões habituais, seja em um ambiente de trabalho ou na vida pessoal. Assim sendo, a dinâmica apresentada mostrou de forma impactante o quanto um momento de escuta ativa, de uma boa conversa e acolhimento podem acarretar positivamente no bem-estar não só individual mas também coletivo, pois foi demonstrado sentimentos de alívio e conforto por poder compartilhar, demonstrando a necessidade de espaços e atividades com estas, que fortalece vínculos entre trabalhadores e criam um ambiente de trabalho mais acessível, leve e harmônico. Além disso, fica clara a busca positiva por profissionais especializados na área, que tem propriedade sobre o assunto abordado, como psicólogos e terapeutas ocupacionais, tornando-se uma estratégia importante e indispensável para lidar com questões de forma apropriada. Na formação de futuros profissionais, ações e trabalhos como este, contribuem propriamente para o desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional, momentos de escuta, prática de acolhimento ajudam os alunos tanto a compreenderem melhor suas emoções quanto no fortalecimento de vínculos, desenvolvimento de habilidades como empatia, comunicação e resolução rápida de problemas, pontos que são essenciais para convivência em qualquer ambiente, formando assim profissionais de saúde mais preparados para enfrentar a realidade da saúde pública e as demandas da vida pessoal de forma mais eficaz.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Andrezza Farias, Sabrina Vitória Rodrigues Silva , Ewerlane Sobral Moreira, Wellington Gomes de Lima, Esmeralda da Silva Timoteo, Janaína Araújo Batista https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6293 TERRITORIALIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DA UBSF EZEQUIAS VENÂNCIO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 2025-02-07T17:12:49-03:00 Beatriz Lima beatrizaraujospn@gmail.com Sthefany Santos sthefany.santina@estudante.ufcg.edu.br Rebeca Silva rebecabernardo511@gmail.com Lucas Pontes lucaskerllon2005@gmail.com Renata Silva renatainaciodeandrade@gmail.com Isis Costa isis-costta@hotmail.com Luana Carla Santana Ribeiro luana.carla@professor.ufcg.edu.br <p><strong>Introdução: </strong>A territorialização representa um importante e essencial instrumento para a organização dos processos de trabalho e práticas de saúde, considerando que as ações são implementadas sobre uma base territorial com delimitação espacial previamente definida, como destacam Monken e Barcellos [1]. Esse processo é fundamental para reconhecer os aspectos sociais, culturais, demográficos e políticos da comunidade de cada território atendido pela Unidade Básica de Saúde (UBS). A partir da territorialização é possível planejar, coordenar e executar ações de saúde mais assertivas e resolutivas voltadas à comunidade. As visitas domiciliares representam uma importante estratégia no campo da saúde, permitindo um cuidado mais próximo, humanizado e adaptado às necessidades de cada indivíduo. Essa prática possibilita que profissionais de saúde avaliem o ambiente familiar, identifiquem demandas específicas e implementem intervenções direcionadas, contribuindo para a promoção da saúde e a prevenção de doenças. Além disso, as visitas são fundamentais para alcançar populações em situações de vulnerabilidade ou com dificuldades de acesso aos serviços de saúde. Políticas públicas destacam a importância dessa abordagem no fortalecimento do vínculo entre os profissionais e os usuários, promovendo um cuidado integral e equitativo, conforme apontam Brasil, 2012 [2]; Oliveira <em>et al.</em>, 2012 [3]; WHO, 2000 [4]. O diagnóstico situacional, conforme apontado por Silva, Koopmans e Daher [5], é uma ferramenta crucial para identificar problemas e embasar o planejamento estratégico situacional, possibilitando ações de saúde direcionadas e eficazes. Desse modo, este trabalho objetiva relatar a experiência de um Grupo de Aprendizagem Tutorial (GAT) do PET-Saúde do Centro de Educação e Saúde da UFCG, no processo de territorialização e diagnóstico situacional da UBSF Ezequias Venâncio da Fonseca. </p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Beatriz Araújo Lima, Sthefany Santina Silva Santos, Rebeca Nayelle Bernardo da Silva, Lucas Kerllon Tavares de Pontes, Renata Inácio de Andrade Silva, Isis Giselle Medeiros da Costa, Luana Carla Santana Ribeiro https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/2656 ANÁLISE DO PROGRAMA PREVINE BRASIL NA REGIÃO NO NORTE DA PARAÍBA 2025-04-04T10:29:08-03:00 Lucas Cavalcante Oliveira a@a.com Isabelle Cavalcanti Pergentino da Silva a@a.com Hadah Maria Dantas de Mello a@a.com Gerlane dos Santos Mello a@a.com Monique Dantas Targino moniqueapoio4grs@gmail.com Clemilson Antonio da Silva clemilson.silva@professor.ufcg.edu.br <p>O Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) é uma ferramenta essencial para a gestão da Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil. Implementado pelo Ministério da Saúde, o SISAB tem como objetivo integrar e processar dados provenientes de diversos sistemas de informação, como a Coleta de Dados Simplificada (CDS), o Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e aplicativos móveis. Dessa forma, proporciona uma visão detalhada sobre a cobertura e o desempenho das equipes de saúde nas unidades básicas de saúde (UBS) em todo o país (BRASIL, 2022). Esses dados são coletados de maneira contínua e sistemática pelos profissionais de saúde, garantindo uma atualização constante e a precisão das informações enviadas à base nacional de dados (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022). Os dados fornecidos pelo SISAB alimentam o Relatório de Indicadores de Desempenho da APS, que integra o Programa Previne Brasil, com a finalidade de melhorar a eficiência e a qualidade da APS, por meio de um sistema de pagamento baseado no desempenho. O relatório apresenta indicadores de saúde, como a cobertura vacinal, o acompanhamento pré-natal e o controle de doenças crônicas, entre outros, todos com base em informações precisas dos municípios (BRASIL, 2023). Esses indicadores são fundamentais para o financiamento das equipes de APS, refletindo diretamente a qualidade dos serviços prestados à população. O cumprimento das metas estabelecidas para cada indicador é avaliado periodicamente, conforme normas técnicas específicas (BRASIL, 2022). A Nota Técnica Explicativa do Relatório de Indicadores de Desempenho, que descreve as regras e metodologias de cálculo dos indicadores, também enfatiza a importância do envio regular e pontual dos dados. Para facilitar a interpretação dos resultados, o SISAB adota uma abordagem semafórica, utilizando cores que indicam o alcance das metas, o que permite aos gestores visualizarem de forma clara e objetiva o desempenho das equipes de saúde. Neste contexto o objetivo deste trabalho foi analisar os indicadores de desempenho da Atenção Primária à Saúde no âmbito do Programa Previne Brasil, com foco nos municípios da região do Curimataú, situada no Norte da Paraíba, buscando identificar possíveis variações no desempenho das equipes e refletir sobre os fatores que influenciam esses resultados.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Lucas Cavalcante Oliveira, Isabelle Cavalcanti Pergentino da Silva, Hadah Maria Dantas de Mello, Gerlane dos Santos, Monique Dantas Targino, Clemilson Antonio da Silva https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6303 ARBOVIROSES: A EXPERIÊNCIA DO PET NO 13º FESTIVAL UNIVERSITÁRIO DE INVERNO DA UFCG 2025-02-13T17:40:29-03:00 Gerlane dos Santos Mello a@a.com Lucas Cavalcante Oliveira a@a.com Hadah Maria Dantas de Silva a@a.com Isabelle Cavalcanti Pergentino da Silva a@a.com Monique Dantas Targino a@a.com Clemilson Antonio da Silva a@a.com <p>As arboviroses, doenças transmitidas por mosquitos, representam um dos maiores desafios à saúde pública no Brasil, especialmente a dengue, zika e chikungunya. A dengue, a mais prevalente, pode variar de formas leves a graves, como a dengue hemorrágica, que, se não tratada, pode ser fatal (BRASIL, 2021). A zika ganhou notoriedade durante o surto de 2015-2016, devido à sua associação com casos de microcefalia em recém-nascidos de mães infectadas (OMS, 2016). A chikungunya, embora não cause malformações congênitas, provoca dores articulares severas que podem perdurar por meses, comprometendo a qualidade de vida dos afetados (SILVA et al., 2017). Essas doenças compartilham o mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti, e estudos epidemiológicos recentes apontam que a infestação desse mosquito continua a ser um grande problema, tanto nas áreas urbanas quanto rurais, agravado por fatores como a urbanização desordenada, a falta de saneamento básico e a adaptação do mosquito ao ambiente doméstico (LOUREIRO et al., 2020). Em 2024, o Brasil registrou mais de 1,4 milhão de casos de dengue e um aumento expressivo de casos de chikungunya em várias regiões do país, destacando a persistência e expansão das arboviroses (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2024). Esses dados reforçam a urgência na adoção de estratégias eficazes de controle e prevenção (BRAGA et al., 2018). No contexto das arboviroses, as ações de prevenção desempenham um papel central na redução da incidência dessas doenças. A educação em saúde assume uma importância fundamental, não apenas pela disseminação de informações, mas também pela promoção da conscientização e da mudança de comportamento da população. Medidas simples e eficazes, como a vedação correta de caixas d'água, a eliminação de focos de água parada e a limpeza regular de recipientes são essenciais para interromper o ciclo de vida do mosquito. De acordo com Souza et al. (2021), campanhas educativas adaptadas às características locais são imprescindíveis para atingir diversos grupos e garantir o sucesso das estratégias de prevenção. Essas iniciativas, além de promoverem o engajamento da comunidade, incentivam práticas que resultam na redução dos índices de infestação e, consequentemente, na diminuição dos casos de arboviroses. A participação ativa da população nas ações de prevenção é um fator determinante para o controle efetivo dessas doenças.<br />No cenário desafiador das arboviroses, iniciativas como a colaboração entre o Programa de Educação Tutorial (PET) e o 13º Festival Universitário de Inverno (FUI) representam oportunidades valiosas para o desenvolvimento de ações educativas que atendem às necessidades locais. Esses eventos proporcionam um espaço privilegiado para engajar a comunidade, promovendo ações educativas direcionadas ao controle da proliferação do mosquito. A interação entre a academia e a população local contribui para a disseminação de conhecimentos práticos e para a implementação de estratégias de controle mais eficazes. A partir dessas experiências, é possível construir uma rede de prevenção mais robusta, que envolva todos os atores da sociedade e fortaleça as ações de saúde pública no enfrentamento das arboviroses.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Gerlane dos Santos Mello, Lucas Cavalcante Oliveira, Hadah Maria Dantas de Silva, Isabelle Cavalcanti Pergentino da Silva, Monique Dantas Targino, Clemilson Antonio da6 Silva https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6340 INDICADORES SOCIOECONÔMICOS E DE SAÚDE NO SERIDÓ PARAIBANO 2025-04-04T10:18:29-03:00 Isabelle Cavalcanti Pergentino da Silva a@a.com Lucas Cavalcante Oliveira a@a.com Hadah Maria Dantas de Mello a@a.com Gerlane dos Santos Mello a@a.com Monique Dantas Silva moniqueapoio4grs@gmail.com Clemilson Antonio da Silva clemilson.silva@professor.ufcg.edu.br <p>A microrregião do Seridó Oriental Paraibano, localizada na mesorregião da Borborema, é composta por 12 municípios (Baraúna; Barra de Santa Rosa; Cubati; Cuité; Damião; Frei Martinho; Nova Floresta; Nova Palmeira; Pedra Lavrada; Picuí; São Vicente do Seridó e Sossego) que, apesar de sua rica diversidade cultural e histórica, enfrentam desafios socioeconômicos significativos. Caracterizada por um clima semiárido e uma economia dependente da agropecuária, com destaque para a criação de gado e o cultivo de produtos como milho e feijão, a região experimenta dificuldades estruturais que afetam diretamente a qualidade de vida de sua população (SOUZA, 2023; IBGE, 2022). A baixa urbanização, somada à escassez de recursos hídricos e à fragilidade na infraestrutura, como o saneamento básico, impacta o desenvolvimento local e a capacidade de acesso a serviços essenciais, como saúde e educação (SILVA, et al., 2023). Além disso, o Seridó Oriental Paraibano apresenta indicadores de saúde, como a mortalidade infantil e o controle de doenças crônicas, que refletem os desafios na oferta e gestão de serviços públicos. A educação também é afetada por desigualdades entre os municípios, com variações significativas na qualidade do ensino (COSTA, 2023). Esses aspectos, aliados à dependência de setores econômicos pouco diversificados, como a agropecuária de subsistência, evidenciam a vulnerabilidade social e econômica da região, o que demanda a implementação urgente de políticas públicas eficazes e adaptadas às particularidades locais (BRASIL, 2022). Assim, buscou compreender de maneira mais detalhada os indicadores socioeconômicos da microrregião, para que se possam formular estratégias que enfrentem suas principais fragilidades e desafios, propondo soluções que busquem mitigar as desigualdades regionais fomentando o desenvolvimento de políticas públicas focadas na melhoria das condições de saúde, educação e infraestrutura.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Isabelle Cavalcanti Pergentino da Silva, Lucas Cavalcante Oliveira, Hadah Maria Dantas de Mello, Gerlane dos Santos Santos, Monique Dantas Silva, Clemilson Antonio da Silva https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6277 AÇÃO CONECTANDO-SE: CONVERSAS QUE SALVAM VIDAS, UM RELATO DE PROMOÇÃO A SAÚDE MENTAL 2025-01-31T09:21:09-03:00 Igor Renner Medeiros Silva igor.renner@estudante.ufcg.edu.br Jéssica Letícia Diniz Gomes dos Santos jessica.leticia@estudante.ufcg.edu.br Jose Karlos Eduardo Santos Ferreira jose.karlos.edu.07@gmail.com Larissa da Silva Santos larissa.280517@gmail.com Adriana da Costa Silva França laurafranca28@gmail.com Cínthia Caroline Alves Marques cinthia.alves5@gmail.com Gracielle Malheiros dos Santos gracielle.malheiro@professor.ufcg.edu.br Egberto Santos Carmo egberto.santos@professor.ufcg.edu.br <p>A saúde mental é um tema que exige atenção e um olhar cuidadoso, especialmente diante do crescente número de pessoas que enfrentam problemas relacionados a essa área. No Brasil, dois meses são especialmente dedicados a essa temática: o janeiro Branco e o setembro Amarelo. Essas campanhas visam ressaltar a importância do cuidado com a saúde mental e combater os estigmas associados a ela. É importante destacar que a saúde mental constitui um determinante social de saúde, reforçando sua relevância no contexto das políticas públicas e na promoção do bem-estar da população [1].</p> <p>A discussão desse tema torna-se indispensável por meio de uma abordagem interdisciplinar e educativa. O cuidado interdisciplinar é fundamental, pois promove a integração e a interseção de diversos saberes, permitindo a superação do modelo biomédico tradicional. Além disso, as ações educativas configuram-se como uma metodologia eficaz para abordar temas que dialogam diretamente com a realidade de diferentes grupos, facilitando e promovendo uma compreensão mais ampla e acessível do conteúdo em questão [2].</p> <p>Nesse contexto, destaca-se o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), o qual conta com a participação de cursos das áreas da saúde e das ciências humanas, com foco no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). O programa tem como principal objetivo qualificar e integrar o ensino, o serviço e a comunidade, promovendo a capacitação contínua dos profissionais que atuam na área da saúde, além de ampliar e enriquecer o conhecimento dos estudantes de cursos do ensino superior, fortalecendo a formação acadêmica e prática [3].</p> <p>No que tange à importância deste estudo, o relato de experiência traz consigo uma compreensão mais aprofundada das metodologias aplicadas durante a atividade, contribuindo significativamente para futuros interessados em replicar essa ação em diferentes cenários e contextos. Ademais, promove a disseminação do conteúdo de forma a enriquecer o conhecimento e fortalecer práticas semelhantes no campo da saúde mental [4].</p> <p>Diante do exposto, o objetivo do presente estudo consiste em relatar a experiência adquirida por meio da realização dessa ação voltada à promoção da saúde mental da comunidade da unidade de saúde Retiro/Batentes, destacando, de maneira enfática, a relevância da valorização da vida como elemento central para a prevenção e o cuidado em saúde.</p> <p> </p> <p> </p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Igor Renner Medeiros Silva, Jéssica Letícia Diniz Gomes dos Santos, Jose Karlos Eduardo Santos Ferreira, Larissa da Silva Santos, Adriana da Costa Silva França, Cínthia Caroline Alves Marques, Gracielle Malheiros dos Santos, Egberto Santos Carmo https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6307 GEOGRAFIA E SAÚDE: O PAPEL DO MAPEAMENTO TERRITORIAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA 2025-02-13T20:08:20-03:00 Esmeralda Timoteo esmeralda.silva@estudante.ufcg.edu.br Wellington Lima wellington.lima@estudante.ufcg.edu.br Sabrina Silva sabrina.vitoria@estudante.ufcg.edu.br Ewerlane Moreira ewerlane.sobral@estudante.ufcg.edu.br Janaína Batista arthurjana@hotmail.com Andrezza Duarte Farias andrezza.duarte@professor.ufcg.edu.br <p><strong>Introdução</strong>:</p> <p>A territorialização configura-se como uma estratégia central no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS), desempenhando papel crucial no planejamento e na organização das ações e serviços ofertados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Nesse contexto, a saúde está diretamente relacionada com o território, fortalecendo e garantindo maior acessibilidade e proximidade dos serviços de saúde com a população [1]. A territorialização é um conceito fundamental para entender como os espaços geográficos são organizados, ocupados e vivenciados pelas sociedades, em que vai muito além de simplesmente delimitar um espaço, mas também a construção de significados, práticas e relações sociais que o moldam ao longo do tempo. Esse processo envolve a identificação e análise do território, considerando fatores sociais, econômicos, culturais e epidemiológicos que influenciam a saúde da população. Com objetivo de explorar aspectos compreendendo uma visão ampla sobre como os indivíduos e grupos interagem com os espaços em que vivem[2]. A territorialização é uma ferramenta estratégica para enfrentar as desigualdades sociais, contribuindo para a organização mais eficiente dos serviços de saúde. Sua aplicação permite identificar as especificidades de cada território, favorecendo a personalização das ações de saúde, de acordo com as demandas e vulnerabilidades locais. Essa abordagem é fundamental para a promoção da equidade em saúde, uma vez que reconhece e busca reduzir as disparidades regionais e sociais no acesso aos serviços [3].</p> <p><strong>Metodologia/Desenvolvimento da ação/intervenção:</strong></p> <p>A metodologia adotada para a territorialização da UBS Diomedes Lucas de Carvalho, em Cuité, Paraíba, foi baseada em uma abordagem prática e acessível, utilizando o Google Maps no celular para mapear as áreas de atendimento. Esse processo começou com a identificação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) responsáveis por diferentes microáreas na comunidade. Com o auxílio do Google Maps, foi possível traçar as delimitações geográficas de cada área e observar as características específicas de cada território, como o número de residências, a densidade populacional e os acessos aos principais serviços de saúde e equipamentos sociais. Os ACS participaram ativamente desse mapeamento, fornecendo informações sobre a população local, incluindo dados socioeconômicos e aspectos de saúde. Cada ACS percorreu sua microárea, registrando pontos de interesse, como residências, escolas, unidades de saúde e outros locais relevantes, além de anotar informações sobre a saúde da população, como a prevalência de doenças e as necessidades específicas de cuidados. Isso possibilitou uma visualização clara e dinâmica do território, o que facilita o planejamento das ações de saúde, ajustando as intervenções de acordo com as particularidades de cada microárea.</p> <p><strong>Resultados observados:&nbsp;&nbsp; </strong></p> <p>A Unidade Básica de Saúde -UBS Diomedes Lucas Carvalho, onde o trabalho foi desenvolvido, fica na Cidade de Cuité, no estado da Paraíba. Ela conta com uma equipe de 15 profissionais, sendo: 08 (oito) agentes comunitários de saúde (ACS), 01 (uma) recepcionista, 01 (uma) técnica em enfermagem, 01 (uma) enfermeira, 01 (uma) técnica em saúde bucal, 01 (uma) dentista, 01 (uma) médica e 01 (uma) auxiliar de serviços gerais. O Grupo de Apoio Tutorial (GAT) do PET-Equidade possui uma equipe de 06 (seis) pessoas, sendo 04 (quatro) estudantes e 01(uma) professora e a enfermeira da UBS. A Unidade presta atendimento para 1.434 famílias, sendo um total de 3.614 assistidos. O trabalho de territorialização, mostrou ser um importante instrumento de reconhecimento da área de atuação da unidade Diomedes, pois apesar de já haver um outro mapa territorial, o mesmo estava desatualizado e possuía inconsistências em sua estrutura, como foi mostrado pelos próprios ACS. Vale salientar que o presente trabalho de territorialização ainda está incompleto, faltando duas micro-áreas a serem visitadas e adicionadas ao mapa de georreferenciamento, porém com todos os dados epidemiológicos informados pelos demais ACS. Em relação à distribuição de usuários, é possível verificar conforme a QUADRO 1, que há predomínio de pessoas do sexo feminino com 1.724 no total. Foi identificado uma parcela de idosos acima de 60 anos de idade, sendo contabilizado 720 no total. Com relação a problemas de saúde, revelou-se que a Hipertensão Arterial Sistêmica lidera com 542 pessoas, seguidos de 244 indivíduos com Diabetes Mellitus, dos quais 25 insulínicos. É possível verificar também 71 pessoas PcD e um número considerável de pessoas com algum problema de saúde mental, somando 55 pessoas.&nbsp; Durante as visitas de campo e reconhecimento das micro-áreas, foram georreferenciados alguns equipamentos sociais ofertados à população, sendo a micro-área 01, onde a UBSF está localizada, com maior oferta.&nbsp; Nesta área, é possível identificar a presença do: CAPS, creches, restaurantes, igrejas, comércio, casa de acolhimento ao idoso e escolas, além uma praça pública, para a práticas de esportes e lazer (FIGURA 1). Nas outras microáreas esses tipos de ofertas não são tão abundantes quanto na microárea 1. Em relação à renda, predominam famílias de baixa renda contempladas pelo Bolsa Família ofertado pelo governo federal, seguidas de assalariados. Uma preocupação bastante citada pelos ACS, é a presença de tráfico de drogas e o aumento do consumo entre a população, principalmente na parte do território situado na área urbana. Para a conclusão do trabalho, alguns desafios tiveram que ser superados, dentre eles, no período em que a equipe começou a desenvolver o trabalho, alguns dos ACS estavam de férias e outros ainda iam entrar de férias, o que atrasou em parte a conclusão.</p> <p><strong>Discussões com a literatura pertinente:&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </strong></p> <p>Para SANTOS (2005) [4], o território usado são objetos e ações, é um espaço fluído e dinâmico, onde diversas interações acontecem, essas interações moldam o presente e constroem o futuro. Diante disso, é de suma importância o conhecimento dessa dinâmica e fluidez, para que de acordo com a observação e compreensão das individualidades, sejam encontradas as necessidades do território, com isso, a oferta de serviços de saúde e outros, sejam abordados de forma objetiva de acordo com suas peculiaridades. A territorialização em saúde é o método usado para o reconhecimento e necessidades do território em que as equipes de saúde vão atuar, pode ser entendido como uma técnica para que as equipes de saúde possam conhecer e verificar a situação de vida e saúde de um determinado território, assim a ações serão voltadas para a realidade deste local [4].</p> <p><strong>Considerações finais:&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </strong></p> <p>Fica evidente que o processo de territorialização, não só ajuda a equipes de saúde no desenvolvimento de suas ações, mas beneficia diretamente todo o território, pois, a partir do levantamento dos dados de saúde é possível identificar outros tipos de problemas no território, como ofertas de educação, lazer, infraestrutura e demais serviços necessários para o funcionamento da comunidade.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Andrezza Farias, Esmeralda da Silva Timoteo, Wellington Gomes de Lima, Sabrina Vitória Rodrigues Silva , Ewerlane Sobral Moreira, Janaína Araújo Batista https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6270 A IMPORTÂNCIA DAS EMOÇÕES NA APLICAÇÃO EDUCACIONAL 2025-01-29T23:35:04-03:00 Alessandra Marques Lima Lima alessandramarqueeees@gmail.com Ellen Araújo Dantas a@a.com Ana Virgília Lima Campos a@a.com Elyze Gabriely de Lima Santos Santos limaagabriely17@gmail.com Leandro Demetrius Silva Santos a@a.com Maria Alicya Silva a@a.com Maria Clara Casado de Farias a@a.com Maria Clara Morais da Silva a@a.com Jessyka Galvão a@a.com Fabiana Maria Rodrigues Lopes de Oliveira a@a.com Deborah Dornellas Ramos a@a.com Raphaela Veloso Rodrigues Dantas a@a.com <p>O presente relato aborda a experiência do Grupo de Aprendizagem Tutorial E-Multi, vinculado ao PET-Saúde, em uma ação de promoção da saúde mental na Escola EMEF Julieta de Lima e Costa, em Cuité-PB. Motivada pela necessidade de criar um ambiente escolar mais acolhedor, a iniciativa envolveu dinâmicas interativas com estudantes de 8 a 14 anos, visando fortalecer o cuidado emocional.<br>Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência. As vivências incluíram rodas de conversa, atividades lúdicas e a “Dinâmica do Papel”, na qual alunos expressavam preocupações e sugeriam soluções. Também foi utilizada a referência do filme Divertidamente para explorar emoções. <br>Os resultados destacaram a participação ativa dos estudantes, que refletiram sobre suas emoções e preocupações, embora alguns demonstrassem dificuldade em se expressar. As atividades geraram impacto positivo, promovendo o autoconhecimento e a conscientização sobre a importância de buscar apoio emocional.<br>Conclui-se que abordar saúde mental de forma acessível e prática é essencial para o desenvolvimento integral dos alunos. A experiência reforçou a necessidade de continuidade das ações e a relevância da articulação entre saúde e educação para uma formação mais cidadã e inclusiva.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 ELYZE SANTOS, ALESSANDRA MARQUES https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6327 AÇÃO EDUCATIVA SOBRE O AGOSTO LILÁS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 2025-02-15T19:30:55-03:00 Heloisy Alves de Medeiros Leano heloisyamedeiros@gmail.com Antonio Isac Bernardino Felix antonio.isac@estudante.ufcg.edu.br Erika de Sousa Dias erika.sousa@estudante.ufcg.edu.br Maria Eduarda Garcia Moreno Silva maria.moreno@estudante.ufcg.edu.br Moniz Oliveira Silva moniz.oliveira@estudante.ufcg.edu.br Gislaynne da Silva Barbosa gislaynnea.i@gmail.com Monique Dantas Targino moniqueapoio4grs@gmail.com Magna Luciene de Melo Silva magnajucienemello@gmail.com <p><strong>Introdução: </strong></p> <p>O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde é uma ação do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação que promove a integração ensino-serviço-comunidade, proporcionando aos estudantes uma experiência multiprofissional, além da participação dos profissionais da saúde. O tema central da vigência 2024/2025 é relacionado a Equidade de gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiências, em conformidade com o Programa Nacional de Equidade de Gênero, Raça e Valorização das Trabalhadores no âmbito do Sistema Único de Saúde- SUS, instituído pela Portaria GM/MS nº 230, de 07 de março de 2023 (Brasil, 2021) [1]. O cenário que o Grupo de Atividades de Trabalho (GAT) está inserido é a IV Gerência Regional de Saúde, que possui 12 municípios, em que a sede está localizado no município de Cuité, Paraíba, que faz parte da 2ª macrorregião, englobando doze municípios, sendo Cuité a sede. O eixo escolhido para o serviço é “Valorização das trabalhadoras e futuros trabalhadores no âmbito do SUS, Gênero, Identidade de Gênero, Sexualidade, Raça, Etnia, Deficiências e as Interseccionalidades do Trabalho na Saúde”. O GAT é composto por estudantes dos cursos de nutrição, enfermagem, farmácia e história, além da docente que é tutora e dos profissionais do serviço vinculados ao programa, os preceptores. Dentro do projeto são realizadas diversas atividades, sejam para os profissionais, seja para a comunidade. No mês de agosto é promovida a campanha do Agosto Lilás, idealizada pelo Ministério das Mulheres que visa conscientizar a sociedade acerca da violência contra a mulher. O mês escolhido faz menção à data da sanção da Lei Maria da Penha, 7 de agosto de 2006, um marco político no combate a violência doméstica. A respeito da temática, dados do Brasil revelam que para cada 100 mil mulheres, 1437 foram vítimas de feminicídio, os números de violência doméstica ultrapassam 245.000, tendo um aumento em relação aos anos de 2020 e 2021. No Nordeste, a Paraíba ocupa o 6º lugar no ranking de feminicídios, com 26 vítimas, para cada 100 mil mulheres. As taxas de lesão corporal dolosa e violência doméstica ultrapassam 3000 mil casos, levando em consideração toda a população feminina do estado (Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2024) [2]. Tais dados são de extrema significância, tendo em vista que diversas formas de violência são subnotificadas, seja porque a mulher é desencorajada a denunciar ou não reconhece que está sofrendo algum tipo de violência. Levando em consideração a relevância social do tema, o GAT promoveu ação de Educação em Saúde na Escola Cidadã Integral Técnica Jornalista José Itamar da Rocha Cândido, localizada no município de Cuité-PB, durante o evento “Cuidar e Aprender: I Semana de Saúde na Escola” a ação intitulada como “Violência Contra a Mulher: Conhecer para prevenir”. Além disso, levando em consideração o evento promovido pela escola e o mês de alusivo à campanha de violência contra a mulher, essa ação foi o tema da ação foi pensado para informar a comunidade estudantil sobre as formas de violência, uma vez que o público é suscetível a presenciar esse tipo de ato e não saber identificar os atos de violência por conta da naturalização social. Desse modo, o objetivo desta ação foi conscientizar e explanar o tema com grande relevância por meio da educação em saúde junto a adolescentes e jovens estudantes.</p> <p> </p> <p> </p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Heloisy Alves de Medeiros Leano, Antonio Isac Bernardino Felix, Erika de Sousa Dias, Maria Eduarda Garcia Moreno Silva, Moniz Oliveira Silva, Gislaynne da Silva Barbosa, Monique Dantas Targino, Magna Luciene de Melo Silva https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6295 EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE SOBRE GÊNERO, SEXUALIDADE E PREVENÇÃO DE ISTs: RELATO DE EXPERIÊNCIA 2025-02-12T10:03:59-03:00 Beatriz Lima beatrizaraujospn@gmail.com Rebeca Silva rebecabernardo511@gmail.com Sthefany Santos sthefany.santina@estudante.ufcg.edu.br Lucas Pontes lucaskerllon2005@gmail.com Renata Silva renatainaciodeandrade@gmail.com Isis Costa isis-costta@hotmail.com Luana Carla Santana Ribeiro luana.carla@professor.ufcg.edu.br <p><strong>Introdução: </strong>As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) continuam a ser um problema de saúde pública global, com jovens entre 15 e 24 anos representando aproximadamente 50% dos casos registrados de infecções como HIV, sífilis e gonorreia [1]. Além do déficit de conhecimento acerca da prevenção de ISTs, observa-se também desinformação sobre as questões de gênero, que ainda são tabus na sociedade. Desse modo, devido à necessidade urgente de disseminar informações claras e acessíveis sobre esses temas, as atividades educativas descritas neste trabalho visaram não apenas conscientizar e orientar o público-alvo sobre a importância da prevenção e do autocuidado, mas também combater preconceitos e estigmas que ainda cercam os aspectos relacionados ao gênero e sexualidade nas diversas camadas sociais. Um estudo recente de Lelo e Caminhas (2021) [2] analisou a circulação de desinformações no Brasil sobre gênero e sexualidade, destacando como essas narrativas falsas se inserem em disputas morais e sociais e a necessidade de promover o letramento midiático, informacional e científico, capacitando a comunidade escolar a enfrentar a desinformação. Este trabalho apresenta o objetivo principal de relatar a experiência de um Grupo de Aprendizagem Tutorial (GAT) do PET-Saúde no desenvolvimento de ações educativas direcionadas a adolescentes e jovens da comunidade escolar e à população em geral sobre as temáticas de gênero, sexualidade e prevenção de ISTs. <strong>Metodologia/Desenvolvimento da ação/intervenção: </strong>Trata-se de um relato de experiência, de abordagem qualitativa. O GAT do PET-Saúde, do Centro de Educação e Saúde (CES) da UFCG, que desenvolveu as atividades descritas neste relato, atua na UBSF Ezequias Venâncio, em Cuité-PB. O público-alvo incluiu adolescentes e jovens da Escola Cidadã Integral Técnico Jornalista José Itamar da Rocha Cândido (ECIT) e participantes do evento promovido pelo CES/UFCG, o Festival Universitário de Inverno (FUI), com foco principal nos adolescentes e jovens da comunidade local. As ações ocorreram nos dias 13 de agosto de 2024 e 28 de agosto de 2024, das 13:00 às 17:00 horas, e contaram com a colaboração de profissionais da área de saúde, educadores e voluntários, que desempenharam um papel fundamental na implementação das ações, proporcionando orientação prática e suporte contínuo aos participantes. As atividades realizadas incluíram: dinâmicas interativas, com jogos de mitos e verdades sobre ISTs, promovendo a participação ativa e a troca de conhecimento entre os jovens; jogo de perguntas e respostas, envolvendo questões sobre gênero e sexualidade, com o objetivo de identificar conhecimentos prévios, preconceitos e lacunas de informação; exibição de vídeo educativo, com um material audiovisual que abordou a temática do diagnóstico tardio do HIV, destacando meios de prevenção e desmistificando estigmas relacionados à aids; promoção de métodos de prevenção e de testagem, com incentivo à realização de testes rápidos de ISTs e de vacinação e à utilização de métodos preventivos como preservativos, distribuídos durante as atividades. <strong>Resultados observados: </strong>A ação realizada na ECIT integrou o evento organizado pela escola denominado de “Cuidar e Aprender: lª Semana de Saúde na Escola” e contou com atividades distribuídas em três salas de aula: CineSaúde na Sala 1, com exibição de vídeo educativo, “Descobrir cedo o HIV pode salvar sua vida! Não deixe pra depois!”; GameSaúde na Sala 2: aprendendo sobre gênero e prevenção de ISTs, com jogos interativos de mitos e verdades e de tabuleiro de perguntas e respostas; Sala 3 com oferta de vacinação. A ação realizada durante o FUI também se organizou em três espaços, com o CineSaúde, o GameSaúde e a oferta de testagens rápidas de HIV, sífilis e hepatites B e C. As ações alcançaram resultados significativos tanto em termos quantitativos quanto qualitativos: aproximadamente 248 alunos da ECIT participaram das atividades e 155 pessoas participaram das ações do FUI. Observou-se que os participantes demonstraram maior compreensão sobre o tema, conforme avaliado por feedbacks orais e escritos. Houve aumento no interesse por medidas preventivas, com cerca de 52 jovens que fizeram os testes rápidos após assistirem o vídeo educativo e outros relatando que procurariam os serviços de saúde para testes e orientações adicionais. Professores e coordenadores destacaram a relevância do tema, sugerindo a continuidade dessas atividades na rotina escolar. Dentre as dificuldades encontradas, ressalta-se que o principal desafio foi lidar com resistências iniciais de alguns participantes em discutir temas sensíveis, como gênero e sexualidade. Isso foi superado com a utilização de dinâmicas interativas, que facilitaram a criação de um ambiente acolhedor, seguro e didático. Na reunião de avaliação das ações, como sugestões, o grupo de execução sugeriu a inclusão de mais materiais visuais e dinâmicos em futuras ações. Os participantes avaliaram positivamente a experiência, destacando a importância de atividades educativas para esclarecer dúvidas e estimular a prevenção de ISTs. <strong>Discussões com a literatura pertinente: </strong>A educação em saúde é reconhecida como uma ferramenta eficaz na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, pois promove o conhecimento e reduz o estigma associado à sexualidade. Uma revisão sistemática realizada por Flora <em>et al.</em> (2013) [3] analisou a eficácia das intervenções de educação sexual com adolescentes, destacando a importância de estratégias educativas para aumentar o conhecimento e modificar comportamentos relacionados às ISTs. Além disso, Zanarotti (2018) [4] investigou o uso de "serious games" na educação em saúde para a prevenção de ISTs entre adolescentes, evidenciando que intervenções participativas, como jogos educativos, podem aumentar a retenção de informações pelos jovens. <strong>Considerações finais: </strong>As atividades descritas neste relato alcançaram seu objetivo principal de orientar jovens e adolescentes sobre gênero, sexualidade e prevenção de ISTs, contribuindo para a promoção da saúde e para a redução de preconceitos. As parcerias estabelecidas foram fundamentais para o sucesso da iniciativa, e o feedback positivo da comunidade indica a relevância de ações como esta. Recomenda-se a continuidade e a expansão das atividades junto à comunidade para garantir impactos duradouros. Além disso, ressalta-se as contribuições dessa experiência para a formação acadêmica e profissional dos discentes do PET-Saúde envolvidos, pois a participação no PET-Saúde tem sido uma oportunidade valiosa para o crescimento acadêmico e profissional. As ações desenvolvidas oferecem a chance aos discentes de aplicarem os conhecimentos teóricos em situações reais, o que fortaleceu a compreensão sobre temas como saúde pública, educação sexual e prevenção de ISTs. Além disso, desenvolveu-se habilidades essenciais para a prática profissional, como comunicação eficaz, trabalho em equipe e gestão de projetos. A experiência também proporcionou uma visão mais crítica sobre a realidade da comunidade e a importância de ações educativas, contribuindo para a formação como futuros profissionais mais preparados e sensíveis às demandas sociais.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Beatriz Araújo Lima, Sthefany Santina Silva Santos, Rebeca Nayelle Bernardo da Silva, Lucas Kerllon Tavares de Pontes, Renata Inácio de Andrade Silva, Isis Giselle Medeiros da Costa, Luana Carla Santana Ribeiro https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6268 GÊNERO E SOCIEDADE: UMA PROPOSTA DO GRUPO DE ESTUDOS NO ÂMBITO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA 2025-01-29T23:07:15-03:00 Leandro Demetrius Silva Santos a@a.com Ellen Dantas ellen.araujo@estudante.ufcg.edu.br Alessandra Marques Lima alessandramarqueeees@gmail.com Elyze Gabriely de Lima Santos a@a.com Jessyka Kallyne Galvão Bezerra a@a.com Fabiana Maria Rodrigues Lopes de Oliveira a@a.com <p>O trabalho apresenta as experiencias vivenciadas pelos participantes do projeto PET-Saúde, concernente ao eixo equidade de gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiência, desenvolvido no município de Cuité-PB, pelo grupo Grupo de Aprendizagem Tutorial E-Multi que realiza ações semanais na Unidade Básica de Saúde Raimunda Domingos de Moura, incluindo encontros e estudos sobre diversidade e inclusão no SUS.<br>Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência. A metodologia envolveu reuniões presenciais e online, além de intervenções educativas, como a ação "Falando sobre Gênero e Diversidade". Foram discutidos conceitos como identidade e expressão de gênero, utilizando o "Biscoito de Gênero", ferramenta didática para conscientização da equipe.<br>Os resultados evidenciaram a necessidade de maior capacitação dos profissionais sobre diversidade, mostrando avanços na compreensão de temas fundamentais para um atendimento inclusivo no SUS. Considerando isso, destaca-se a importância do letramento sobre gênero, orientação sexual e interseccionalidades, reforçando que uma educação emancipadora é essencial para a transformação social e a valorização da diversidade.<br>Conclui-se que a inclusão de pautas socialmente inviabilizadas na atenção primária é complexa, mas necessária para a construção de um SUS mais acolhedor&nbsp;e&nbsp;inclusivo.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Ellen Dantas https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6325 VIVÊNCIAS NO PET-SAÚDE: AÇÕES INTEGRADAS E APLICAÇÃO DE TECNOLOGIAS LEVE E LEVE-DURA NA 4ª GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE DA PARAÍBA 2025-02-15T19:17:37-03:00 Heloisy Alves de Medeiros Leano heloisyamedeiros@gmail.com Antonio Isac Bernardino Felix antonio.isac@estudante.ufcg.edu.br Erika de Sousa Dias erika.sousa@estudante.ufcg.edu.br Maria Eduarda Garcia Moreno Silva maria.moreno@estudante.ufcg.edu.br Moniz Oliveira Silva moniz.oliveira@estudante.ufcg.edu.br Gislaynne da Silva Barbosa gislaynnea.i@gmail.com Monique Dantas Targino moniqueapoio4grs@gmail.com Magna Luciene de Melo Silva magnajucienemello@gmail.com <p><strong>Introdução: </strong></p> <p>O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) é uma iniciativa dos Ministérios da Saúde e da Educação que busca integrar estudantes de graduação da área da saúde em atividades de ensino, pesquisa e extensão, alinhadas às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O programa promove a educação interprofissional e fortalece a integração entre universidade e sociedade, contribuindo para a qualificação da formação profissional e a melhoria dos serviços de saúde. Na vigência 2024/2025, o programa tem como tema central a equidade de gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiências, reforçando a importância de práticas de saúde que considerem a diversidade e promovam a inclusão (Brasil, 2021). As ações integradas na 4ª Gerência de Saúde da Paraíba representam uma abordagem estratégica para enfrentar os desafios da saúde pública na região, promovendo a colaboração entre diferentes setores e profissionais, integração é fundamental para a construção de uma rede de atenção à saúde que seja eficaz e responsiva às necessidades da população. Através da articulação entre a Gerência e os diversos serviços de saúde, foram desenvolvidas iniciativas que visam não apenas a melhoria da qualidade do atendimento, mas também a promoção da saúde e a prevenção de doenças, considerando a colaborativa permite que as ações sejam mais abrangentes e que os recursos disponíveis sejam utilizados de maneira mais eficiente, garantindo que as intervenções sejam adaptadas às realidades locais. A produção de materiais informativos e educativos é uma das principais estratégias adotadas pela 4ª Gerência de Saúde para disseminar informações relevantes e capacitar os profissionais de saúde e a comunidade dos 12 municípios, com base nas demandas identificadas nas comunidades e nas diretrizes do SUS são produzido materiais, que incluem-se cartilhas, guias e folhetos, esses recursos podem ser compreendidos como tecnologias leve-duras, que combina saberes estruturados e normativos com a flexibilidade da comunicação e da educação em saúde. Dessa forma, os materiais educativos tornam-se ferramentas essenciais para qualificar o cuidado, promover o acesso à informação e fortalecer a autonomia da população na gestão da própria saúde (Angelim, Almeida, Alves, 2023). A participação no PET-Saúde nesse cenário de gestão proporcionou uma influência nas práticas administrativas e logísticas que sustentam campanhas e programas de saúde, além da criação de materiais pedagógicos para capacitação de profissionais da Atenção Básica. Este relato apresenta as experiências vivenciadas junto à 4ª Gerência Regional de Saúde, destacando as ações integradas e a produção de tecnologias de leve-duras que corroboram para o fortalecimento da gestão em saúde na região. Compartilhar essas práticas exitosas pode servir de referência para outras gerências e profissionais, evidenciando a importância das parcerias institucionais e colaborativas na saúde pública. Durante a vivência, foram realizadas atividades voltadas para a identificação das necessidades locais, o que permitiu a criação de materiais pedagógicos e informativos adaptados às necessidades específicas dos municípios assistidos. Conforme a perspectiva de Ezequiel <em>et. al</em> (2012) os materiais foram desenvolvidos com o intuito de orientar e capacitar os profissionais que atuam na ponta, promovendo uma abordagem mais eficaz e integrada nas ações de saúde. Além da produção de materiais, as dinâmicas colaborativas entre os profissionais da saúde foram um aspecto central das vivências no PET-Saúde. Sendo assim, foram promovidos encontros e oficinas que facilitaram a troca de conhecimentos e experiências, fortalecendo o espírito de equipe e a coesão entre os diferentes atores envolvidos na gestão da saúde, as interações permitiram a identificação de desafios comuns e o desenvolvimento de estratégias coletivas para superá-los, contribuindo para a melhoria da qualidade dos serviços prestados à população, as experiências vivenciadas no âmbito do PET-Saúde na 4ª Gerência de Saúde da Paraíba evidenciam a importância da articulação entre a gestão regional e os municípios para o fortalecimento do SUS. Nesse mérito, a compreensão ampliada na atuação da gestão em saúde, aliada à produção de materiais e à promoção de dinâmicas colaborativas, resultou em um impacto positivo na formação dos profissionais e na efetividade das ações de saúde pública, dessa forma, este artigo busca compartilhar essas experiências, ressaltando a relevância do PET-Saúde como um espaço de aprendizado e transformação na prática da saúde coletiva, além de servir como um modelo para futuras iniciativas na área.</p> <p><strong>Desenvolvimento: </strong></p> <p>A primeira atividade desenvolvida no âmbito do PET-Saúde na 4ª Gerência de Saúde da Paraíba foi a produção de materiais educativos e informativos. Essa iniciativa teve como objetivo principal apoiar as campanhas e ações de saúde nos municípios assistidos, abordando temas relevantes como saúde da mulher, prevenção de doenças e adesão às vacinas. A equipe se dedicou à elaboração de cartazes, folders e guias educativos, todos planejados com uma linguagem acessível e adaptados às especificidades das comunidades locais (MACHADO, 2025). Dessa forma, não apenas facilitou a compreensão das informações, mas também promoveu um maior engajamento da população e dos profissionais de saúde, contribuindo para a efetividade das ações de saúde pública. A participação na rotina da 4ª Gerência proporcionou uma visão prática sobre a logística necessária para a execução das campanhas de saúde, desde a distribuição de insumos e vacinas até a organização de cronogramas de apoio técnico, capacitação e monitoramento para os municípios. Um exemplo marcante dessa vivência foi o planejamento de ações emergenciais em municípios que apresentavam baixa cobertura vacinal (MELO, 2023). A experiência exigiu uma articulação rápida e eficaz entre os gestores e as equipes locais, demonstrando a importância da colaboração e da agilidade na resposta às necessidades de saúde da população. A interação foi fundamental para auxiliar na implementação de campanhas e ações específicas, que levavam em consideração as necessidades e características de cada localidade, que se mostraram essenciais para capacitar esses profissionais a atuarem de forma mais eficaz nas suas comunidades, promovendo a saúde e prevenindo doenças (MELO, 2023).Além da articulação com os municípios, o acompanhamento de processos de gestão foi uma atividade crucial para o desenvolvimento das competências dos participantes do PET-Saúde. A participação em reuniões de planejamento e avaliação com a Gerência proporcionou uma visão abrangente sobre como as decisões estratégicas são tomadas e os desafios enfrentados na gestão regional (KUBIÇA, 2021). A experiência de acompanhar os processos de gestão também revelou a complexidade das relações entre os diferentes níveis de governo e a necessidade de uma comunicação clara e eficaz entre as partes envolvidas. Durante as reuniões, foi possível observar como as informações são compartilhadas e como as decisões são influenciadas por dados epidemiológicos e feedback das comunidades (MACHADO, 2025). A compreensão foi essencial para que os participantes do PET-Saúde pudessem desenvolver uma visão crítica sobre a gestão em saúde, reconhecendo a importância da articulação entre os diversos atores envolvidos na promoção da saúde. Nessa vertente, as atividades realizadas no âmbito da articulação com os municípios e o acompanhamento dos processos de gestão contribuíram significativamente para a formação dos estudantes e profissionais envolvidos (KUBIÇA, 2021). Considerando a experiência prática não apenas enriqueceu o aprendizado teórico, mas também fortaleceu a capacidade de atuação em equipe e a habilidade de lidar com os desafios do sistema de saúde.</p> <p> </p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Heloisy Alves de Medeiros Leano, Antonio Isac Bernardino Felix, Erika de Sousa Dias, Maria Eduarda Garcia Moreno Silva, Moniz Oliveira Silva, Gislaynne da Silva Barbosa, Monique Dantas Targino, Magna Luciene de Melo Silva https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6266 A RELEVÂNCIA DO ACOLHIMENTO À EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA 2025-01-31T10:36:01-03:00 Evelym fernanda Costa do Nascimento evelymfernnanda@gmail.com Glenda Maria Guimarães Silva glenda.guimaraes@estudante.ufcg.edu.br Cecília Rodrigues de Souza Neta cecilia.rodrigues@estudante.ufcg.edu.br Larissa da Silva Queiroz silva.queiroz@estudante.ufcg.edu.br Edjancley Teixeira de Lima edjancleyqq@gmail.com Gracielle Malheiro dos Santos gracielle.malheiro@estudante.ufcg.edu.br Bruna Braga Dantas bruna.braga@estudante.ufcg.edu.br <p>Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) é um componente fundamental do Sistema Único de Saúde (SUS),<br>voltada para a promoção da saúde, prevenção de doenças e cuidado integral aos indivíduos e à comunidade. Dentro<br>deste contexto, a Estratégia de Saúde da Família (ESF) desempenha um papel crucial, sendo composta por equipes<br>multiprofissionais que atendem às necessidades de saúde da população. No entanto, os profissionais que atuam nesta<br>estratégia enfrentam frequentemente sobrecarga de trabalho e estresse, o que impacta sua saúde física e emocional.<br>Nesse cenário, o acolhimento e valorização da equipe de saúde se tornam essenciais para garantir a qualidade do<br>atendimento e o bem-estar dos trabalhadores. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo relatar uma experiência que<br>proporcionou um momento de acolhimento e valorização de profissionais da Atenção Primária à Saúde. Metodologia:<br>Trata-se de um relato de experiência, com caráter descritivo e reflexivo de uma ação realizada pelo Grupo de Atividade<br>Tutoriais (GAT) do PET-Saúde para profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) Abílio Chacon Filho no<br>município de Cuité- PB, tendo como foco a importância do autocuidado e da saúde mental dos trabalhadores da saúde,<br>abordando a sobrecarga emocional e o estresse gerados pela rotina de trabalho. Resultados: Foi realizada uma ação<br>através do PET-Saúde com a equipe da UBS Abílio Chacon Filho no município de Cuité-PB, onde foi possível realizar<br>três momentos:Uma dinâmica de interação, onde os profissionais foram estimulados a falarem pontos positivos de seus<br>colegas e observarem a sua própria importância, logo após, houve um momento de autocuidado através de massagem<br>com o objetivo de reduzir a carga de estresse, e por último, foi realizado um momento com música e comida.<br>Discussão: A saúde do trabalhador na atenção primária é um tema que merece ser mais abordado, os profissionais<br>dessa área possuem uma grande carga de trabalho, que acaba afetando seu desempenho profissional e pessoal, por isso é<br>de suma importância que as PICS sejam implementadas de forma eficaz para essa população, fazendo com que esses<br>profissionais possuam uma boa qualidade de vida. Conclusão: A ação realizada é de extrema importância para a saúde<br>dos profissionais que estão na linha de frente da saúde pública, ações como esta devem ser mais estimuladas, fazendo<br>com que cada vez mais os profissionais reduzem a carga de estresse e ansiedade devido o ambiente de trabalho.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 evelym fernanda costa do nascimento, Glenda Maria Guimarães Silva, Cecília Rodrigues de Souza Neta, Larissa da Silva Queiroz, Edjancley Teixeira de Lima, Gracielle Malheiro dos Santos, Bruna Braga Dantas https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6274 EDUCAÇÃO SEXUAL: UMA RODA DE CONVERSA EM UM AMBIENTE ESCOLAR 2025-01-30T21:32:38-03:00 Larissa da Silva Queiroz silva.queiroz@estudante.ufcg.edu.br Cecília Rodrigues Souza Neta cecilia.rodrigues@estudante.ufcg.edu.br Glenda Maria Guimarães Silva glenda.guimarães@estudante.ufcg.edu.br Evelym Fernanda Costa do Nascimento evelymfernnanda@gmail.com Edjancley Teixeira de Lima edjancleyqq@gmail.com Gracielle Malheiros dos Santos gracielle.malheiros@professor.ufcg.edu.br Bruna Braga Dantas bruna.braga@professor.ufcg.edu.br <p>As práticas de educação em saúde são guiadas por políticas públicas, que consideram nas ações desenvolvidas, a necessidade daqueles indivíduos e favorece a oferta de serviços, saberes e práticas para a construção de saúde (1). Diante disso, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET- Saúde) e o Programa Saúde na Escola (PSE) integram educação e saúde a fim de colaborar na formação dos estudantes com ações que ofereçam promoção e prevenção em saúde, como a educação sexual (2).<br />Temas que envolvem orientações para sexualidade se fazem fundamentais, tendo em vista que ainda é um assunto que enfrenta muitos entraves, além disso, desempenha um papel importante na promoção e facilitação de uma compreensão mais ampla para indivíduos que estão iniciando ou já vivenciam uma vida sexual ativa, assegurando que todas as práticas sejam conduzidas de forma segura. A educação sexual é essencial para que o adolescente reconheça o suporte oferecido por adultos de referência, como familiares, educadores e profissionais de saúde, possibilitando o compartilhamento de informações relevantes sobre o tema e promovendo o desenvolvimento de uma sexualidade saudável, livre de dúvidas e inseguranças (3). A priori, educar sexualmente consiste em oferecer condições para que as pessoas assumam seu corpo e sua sexualidade com atitudes positivas, livres de medo, preconceitos, culpas, vergonha, bloqueios ou tabus (4), objetivando esclarecer e informar sobre questões relacionadas ao corpo e ao sexo.<br />Por isso, foi desenvolvida pelos integrantes do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-SAÚDE), uma roda de conversa com uma abordagem interdisciplinar e multiprofissional com a temática: "Educação Sexual: Prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e Gravidez Indesejada" aos estudantes do ensino médio, onde um dos maiores desafios foi falar de maneira didática, clara e objetiva, bem como, a experiência rendeu uma nova perspectiva e um olhar ampliado dentro da formação profissional de cada membro do PET-Saúde que participou do momento, pois durante o diálogo, cada um foi capaz de lidar sobre o assunto dentro da sua área de trabalho, tendo em vista que a equipe é composta por profissionais em formações de áreas distintas e claro, mesclar saberes. Além disso, a troca de saberes durante essa atividade, reforçou a importância do espaço escolar no auxílio, de maneira positiva, para o ensino sobre a sexualidade, por ser um ambiente onde o adolescente passa grande parte do seu tempo e ser um ambiente de aprendizagem (5). Assim, mediar a discussão sobre mudanças fisiológicas associadas ao amadurecimento sexual, a<br />importância do uso correto de contraceptivos para prevenção de ISTs e para evitar gravidez não planejada, pode promover significativa aprendizagem, que ultrapassa os ambientes convencionais da sala de aula.<br />Por fim, este trabalho tem por objetivo relatar a experiência vivenciada por integrantes do projeto PET-Saúde durante uma roda de conversa realizada na “I Semana de Saúde na Escola” na Escola Cidadã Integral e Técnica (ECIT) Jornalista José Itamar da Rocha Candido, em Cuité-PB, com estudantes do ensino médio. A atividade teve como foco a educação sexual, abordando a prevenção de ISTs e gravidez indesejada, além de estimular a troca de saberes entre profissionais em formação e estudantes do ensino médio.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Cecília Rodrigues Souza Neta, Larissa da Silva Queiroz, Glenda Maria Guimarães Silva, Bruna Braga Dantas, Gracielle Malheiros dos Santos, Edjancley Teixeira de Lima https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6304 FORTALECIMENTO DO ALEITAMENTO MATERNO NA ATENÇÃO BÁSICA: EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR 2025-02-13T18:00:22-03:00 Sabrina Silva sabrina.vitoria@estudante.ufcg.edu.br Ewerlane Moreira ewerlane.sobral@estudante.ufcg.edu.br Esmeralda Timoteo esmeralda.silva@estudante.ufcg.edu.br Wellington Lima wellington.lima@estudante.ufcg.edu.br Janaína Batista arthurjana@hotmail.com Andrezza Farias andrezza.duarte@professor.ufcg.edu.br <p><strong>Introdução:</strong></p> <p>O projeto de extensão PET-Saúde Equidade tem como objetivo promover a integração entre ensino, serviço e comunidade, visando atender às necessidades de saúde da população por meio de ações interdisciplinares. Composto por estudantes de Enfermagem, Nutrição, Geografia e Farmácia, o Grupo de Apoio Tutorial (GAT) enriquece as intervenções com suas diferentes perspectivas, fortalecendo as discussões e soluções para os desafios em saúde da comunidade. Dentro desse contexto, o Agosto Dourado é uma campanha que intensifica a conscientização e o esclarecimento sobre a importância da amamentação, tendo na cor dourada uma referência ao "padrão ouro" do leite materno, considerado o alimento mais completo para o desenvolvimento infantil e no fortalecimento do sistema imunológico [1]. O aleitamento materno é uma estratégia essencial de saúde pública, reconhecida por sua contribuição para a redução da mortalidade infantil e a promoção do vínculo entre mãe e bebê [2]. A Atenção Primária, por ser a porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), desempenha um papel fundamental na promoção e no suporte ao aleitamento materno, especialmente por meio de ações educativas e de acolhimento às gestantes. Este trabalho relata uma experiência educativa realizada no mês de agosto, durante a campanha do Agosto Dourado, na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Dr. Diomedes Lucas de Carvalho, na cidade de Cuité - PB, planejada e realizada pelo GAT-1 e alunas do Estágio Supervisionado do curso de Enfermagem para as gestantes participantes de um grupo de acompanhamento. A atividade buscou conscientizar e promover a importância do aleitamento materno através de uma abordagem multidisciplinar e humanizada.</p> <p><strong>Metodologia/Desenvolvimento da ação/intervenção: </strong></p> <p>A ação foi cuidadosamente planejada e executada de forma integrada pela equipe de saúde (Enfermeira e Agentes Comunitários de Saúde), estagiárias do curso de Enfermagem e integrantes do GAT-1 PET-Equidade com o objetivo de atender às necessidades das gestantes do grupo de acompanhamento e promover o aleitamento materno de forma acolhedora e informativa. Inicialmente, foram elaborados convites personalizados, entregues pelos Agentes Comunitários de Saúde durante suas visitas domiciliares, o que contribuiu para engajar e mobilizar as gestantes da comunidade. O evento foi realizado no auditório da Unidade Básica de Saúde Dr. Diomedes Carvalho, na cidade de Cuité-PB, que foi decorado com fotos das gestantes e outros enfeites alusivos ao Agosto Dourado, criando um ambiente acolhedor, estimulante e temático. A ação consistiu em: acolhida as gestantes, dinâmica de quebra-gelo utilizando técnicas de relaxamento através da respiração e musicoterapia, apresentação expositiva sobre a importância e benefícios do aleitamento materno e uma reflexão sobre a relevância da rede de apoio e saúde mental durante o período gestacional e o pós-parto. Foram utilizados materiais didáticos e visuais como uma mama pedagógica, bomba de tirar leite e uma boneca. Os participantes demonstraram técnicas de pega correta, posições adequadas para amamentação, manobras de desengasgo e formas de coleta e armazenamento seguro do leite materno.</p> <p><strong>Resultados observados: </strong></p> <p>A ação educativa proporcionou resultados significativos tanto para as gestantes quanto para os estudantes envolvidos. Cerca de 22 gestantes participaram do evento, incluindo algumas que realizaram consultas de pré-natal simultaneamente, o que favoreceu uma maior adesão à atividade. As gestantes relataram uma compreensão ampliada sobre as técnicas de amamentação e a importância do aleitamento materno, mencionando que o aprendizado prático foi especialmente útil. A demonstração prática foi um dos momentos mais enriquecedores, pois durante essa etapa, as gestantes puderam compreender de maneira clara e didática como aplicar as técnicas aprendidas, gerando confiança e maior segurança na amamentação. Esse momento foi marcado por relatos emocionantes das gestantes, que compartilharam suas experiências, dificuldades e sentimentos. A troca de experiências entre as participantes também promoveu um ambiente de empatia e fortalecimento coletivo, contribuindo para a criação de um grupo mais coeso e solidário. Ao final, foi realizado um momento de confraternização, em que todos se reuniram para um lanche da tarde e a realização de um sorteio de brindes, incluindo itens essenciais para o cuidado com o bebê, como roupinhas, fraldas, pomadas e lenços umedecidos. Esse momento descontraído contribuiu para reforçar o vínculo entre a equipe organizadora e as gestantes, fortalecendo a relação entre usuárias e serviços de saúde. A presença de uma equipe interdisciplinar composta por estudantes de diferentes cursos, como Nutrição, Farmácia, Geografia e Enfermagem, garantiu que os conteúdos fossem abordados de maneira ampla e integradora, trazendo diferentes perspectivas e enriquecendo a experiência para todas as participantes. Por outro lado, o evento também foi uma oportunidade para os estudantes aplicarem conhecimentos interdisciplinares, aprimorando suas habilidades em práticas humanizadas e fortalecendo sua formação acadêmica. Apesar disso, alguns desafios foram enfrentados, como a resistência inicial de algumas gestantes em participar devido ao conflito com o horário das consultas de pré-natal. No entanto, essas dificuldades foram superadas e a ação demonstrou ser um marco na promoção da saúde na comunidade.</p> <p><strong>Discussões com a literatura pertinente: </strong></p> <p>A promoção do aleitamento materno na atenção básica encontra forte respaldo na literatura científica, destacando a educação em saúde como um dos principais meios de fortalecer a adesão ao aleitamento materno exclusivo. Segundo Oliveira et al. (2020) [3], a intervenção educativa por equipes interdisciplinares contribui não apenas para a conscientização das mães sobre os benefícios do aleitamento, mas também para a inclusão de diferentes perspectivas que enriquecem a experiência das usuárias e profissionais envolvidos. As questões emocionais e o papel da rede de apoio, amplamente discutidos na literatura [4], [5], também foram abordados nessa ação, reforçando a importância do acolhimento e da escuta ativa. Estudos como os de Silva e Lopes (2019) [6] apontam que o fortalecimento da rede de apoio é essencial não apenas para o sucesso do aleitamento, mas também para a saúde mental das mães, fator fundamental na continuidade desse processo. A experiência relatada também encontra convergência com os princípios da Atenção Primária à Saúde (APS), que enfatizam a integralidade, a acessibilidade e a participação comunitária. Conforme descrito por Oliveira et al. (2020) [3], a educação em saúde realizada no âmbito da APS promove um vínculo mais estreito entre a comunidade e os serviços de saúde, criando um espaço seguro para o compartilhamento de experiências e solução de problemas. Do ponto de vista dos estudantes envolvidos, a participação ativa nessa atividade contribuiu para a formação de profissionais mais preparados para lidar com os desafios da prática interdisciplinar. A integração ensino-serviço-comunidade, conforme preconizado pelo PET-Saúde, permitiu que os estudantes aplicassem na prática os conceitos teóricos aprendidos, promovendo a empatia, o acolhimento e o trabalho colaborativo [7]. Como relatado por Silva et al. (2019) [8], experiências interdisciplinares no âmbito comunitário são fundamentais para a formação de profissionais de saúde capazes de atuar com responsabilidade social e senso crítico.</p> <p><strong>4.Considerações finais:</strong></p> <p>A experiência vivenciada na realização desta ação educativa ressaltou a importância de integrar estratégias de promoção da saúde à rotina da atenção básica, especialmente em um tema tão essencial quanto o aleitamento materno. A atividade não apenas alcançou os objetivos propostos, como também proporcionou um grande impacto nas gestantes participantes, de tal forma que algumas relataram sentirem-se mais seguras e amparadas em relação à amamentação e aos desafios do período gestacional. O ambiente acolhedor e a abordagem interdisciplinar contribuíram para que o evento se tornasse um espaço de fortalecimento do vínculo entre as mães e os serviços de saúde, além de promover o compartilhamento de vivências e aprendizados. Do ponto de vista acadêmico, os estudantes envolvidos tiveram a oportunidade de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos em suas respectivas áreas, desenvolvendo habilidades como empatia, comunicação e trabalho em equipe. Essa experiência reforça a importância de ações de extensão universitária no processo de formação, contribuindo para a formação de profissionais mais sensíveis e preparados para atender às demandas da população. Reitera-se que atividades como esta são fundamentais para o fortalecimento do SUS, pois destacam a relevância da atenção básica na promoção da saúde e no suporte às famílias. A continuidade e a ampliação dessas iniciativas podem gerar impactos ainda mais significativos, tanto na comunidade atendida quanto na formação de futuros profissionais de saúde.</p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Andrezza Farias, Ewerlane Sobral Moreira, Sabrina Vitória Rodrigues Silva, Wellington Gomes de Lima, Esmeralda da Silva Timoteo, Janaína Araújo Batista https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/cite/article/view/6306 O PET-SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA IV GERÊNCIA DE SAÚDE 2025-02-13T19:35:00-03:00 Adrízia Ferreira dos Santos adrizia.ferreira@estudante.ufcg.edu.br Alandson Antôny de Medeiros Costa alandsoncosta96@gmail.com Isabela Gonçalves da Silva isabelagoncalvesdasilva1@gmail.com Taís Martins de Sousa tais.martins@estudante.ufcg.edu.br Gislaynne da Silva Barbosa gislaynnea.i@gmail.com Yonara Oliveira yonara.monique@professor.ufcg.edu.br <p><br />O Plano Nacional de Extensão Universitária, fomentado no início dos anos 2000, menciona que as atividades de extensão são realizadas por várias áreas de conhecimento, apresentando diferentes estratégias. Essas atividades constituem-se em um dos pilares da tríade ensino-pesquisa-extensão, favorecendo que discentes e docentes adquiram habilidades, competências e atitude crítica-reflexiva para atuarem junto à comunidade [1]. Desta forma, a aproximação universidade-comunidade, com interlocução de saberes, estabelece contribuições para o aprofundamento da cidadania, fortalecimento da autonomia e a transformação social [2].<br />O PET-Saúde: “Equidade, cuidado e valorização no Curimataú Paraibano: da formação às práticas profissionais”, tem como objetivo geral contribuir com a valorização do trabalho e da formação em saúde e com a modificação das estruturas racista, machista, etarista, entre tantas outras que operam na divisão do trabalho na saúde, preparando profissionais para o enfrentamento das diversas formas de violências relacionadas ao trabalho na saúde e dando condições às diversas formas possíveis de maternagem e cuidado de si/outro. <br />Ante o exposto, o referido resumo busca descrever as diversas atividades desenvolvidas dentro do cenário da 4º Gerência Regional de Saúde (GRS), na cidade de Cuité-PB, cumprindo com os objetivos do Eixo 3 que tem como tema: “maternagem e acolhimento”, e alguns dos seguintes objetivos: mapear as problemáticas que envolvem a rede de serviços de saúde que envolvem a maternagem do município, na região de saúde e outros; desenvolver e problematizar sobre a adoção e a implementação de ambiência acolhedora para as mulheres cis, mulheres trans, travestis, homens trans e outras pessoas gestantes e lactentes dentro da instituição de trabalho; desenvolver as experiências/momentos de acolhimento diante de possíveis violências e atos discriminatórios sofridos no trabalho; desenvolver ações de Educação Popular em Saúde (EPS) com trabalhadoras(es) e futuras (os) trabalhadores do SUS no tema do eixo, entre outros. <br />As ações realizadas pelo grupo de trabalho do eixo maternagem e acolhimento baseado na 4a GRS tiveram como participantes alunos da Universidade Federal de Campina Grande dos cursos de graduação de Enfermagem, Nutrição, Farmácia e História, sob a orientação da Coordenadora do programa, Preceptora e Tutora/Apoiadora institucional. Diante desse contexto, o presente trabalho busca relatar experiências de extensão universitária desenvolvidas e vivenciadas pelo projeto de extensão intitulado Programa de Educação pelo Trabalho (PET-Saúde), o qual tem como principal finalidade promover a integração entre o ensino, serviço e comunidade, buscando fortalecer a formação de profissionais de saúde, estimulando o trabalho multidisciplinar por meio de ações que atendam os princípios éticos do Sistema Único de Saúde (SUS), a fim de contribuir para a melhoria dos serviços ofertados à população.</p> <p> </p> 2025-04-04T00:00:00-03:00 © 2025 Adrizia Ferreira dos Santos, Alandson Antôny de Medeiros Costa2, Isabela Gonçalves da Silva, Taís Martins de Sousa, Gislaynne da Silva Barbosa, Yonara Oliveira