ESPÉCIE FLORESTAL DA CAATINGA, SABIÁ (Mimosa caesalpiniifolia Benth) CULTIVADAS SOB DIFERENTES QUALIDADES DE ÁGUA E NÍVEIS DE IRRIGAÇÃO
Resumo
O Bioma Caatinga tem um enorme potencial florestal, porém o uso inadequado gera danos socioeconômicos e ambientais, tornando a produção de mudas nativas uma maneira de conservar estes recursos e integrar as atividades socioeconômicas e ambientais à sustentabilidade. Nesse contexto, a presente pesquisa foi realizada objetivando-se analisar as mudas de espécie florestal da Caatinga, sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth) produzidas com diferentes qualidades de água e níveis de irrigação, realizado em viveiro florestal do Centro de Saúde e Tecnologia Rural/CSTR, Campus de Patos-PB. Foram utilizados 2 tipos de qualidade de água (água cinza tratada e água de abastecimento) e 5 níveis de irrigação (N) de acordo com as necessidades hídricas das plantas (NH), sendo os seguintes: N1 (120%NH); N2 (100%NH); N3 (80%NH); N4 (60%NH) e N5 (40%NH). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com esquema fatorial 2x5, com 3 repetições e duas plantas por repetição, totalizando 60 unidades experimentais. Analisou-se a germinação, crescimento, fitomassa e qualidade das mudas. A quantidade de folhas nas plantas irrigadas com água de abastecimento fora de cerca de 35 folhas por planta e aproximadamente 29 folhas /planta ao aplicar água residuária tratada. Diferenças estatísticas foram observadas ao se aplicar as maiores lâminas (100% e 120%) da NH na irrigação com 5,34 e 5,76 g respectivamente para água de abastecimento (A1) e com 2,48 e 1,99 g para a água de reuso tratada na irrigação, para a fitomassa. Apesar dos melhores resultados serem obtidos com uso da água de abastecimento, a água residuária tratada torna-se uma possibilidade para a produção de mudas da Caatinga com produção inicial de crescimento tardio, porém pode ser uma alternativa no manejo em viveiro florestal.