A PELE QUE HABITAMOS COMO SEDE DE TRANSFORMAÇÃO POLÍTICA: CORPOREIDADE E EMANCIPAÇÃO NA ERA NEOLIBERAL
Resumo
A presente pesquisa objetiva compreender as transformações na corporeidade trazidas pelo neoliberalismo e suas formas hegemônicas de subjetivação e de socialização, além de demonstrar que o Realismo Capitalista é o principal impasse para se pensar as possibilidades de emancipação política. O Realismo Capitalista toma forma a partir da naturalização do conjunto de valores próprios do neoliberalismo, de forma que os mesmos ultrapassam a esfera econômica para fazerem parte de todas as esferas da vida. Logo, o corpo enquanto objeto de posse no universo do neoliberalismo é regido pelo ideal de auto melhoramento constante de si, uma atualização incessante da exploração de todos os potenciais positivos deste corpo que deve exprimir sua melhor versão, sua melhor forma para se apresentar a si mesmo e aos outros, sendo reduzido a uma propriedade individual que não veicula mais nenhuma possibilidade de ser pensado como agente de transformação política.