A poética erótica de Gilka Machado e Marina Colasanti: questões de crítica literária feminista

Autores

  • Monaliza Barbosa Araújo UFCG
  • Tássia Tavares de Oliveira UFCG

Palavras-chave:

Erotismo, Gênero, Poesia, Gilka Machado, Marina Colasanti, Crítica feminista

Resumo

Reconhecemos o processo de silenciamento das vozes líricas de autoria feminina na nossa tradição literária, um exemplo disso é a poeta Gilka Machado (1893-1980) que foi marginalizada pela crítica machista. Estamos comprometidas com projetos que visam o resgate da produção poética das escritoras pioneiras aliada a uma abordagem contemporânea da poesia feita por mulheres, especificamente a poesia de Marina Colasanti (1937). Selecionamos essas duas poetisas devido à notável ênfase que deram à produção de poesia erótica em nosso contexto literário nacional. É relevante mencionar que as escritoras são pertencentes a períodos e lugares sociais distintos: Gilka Machado foi uma jovem poeta negra de origem humilde no início do século XX, e Marina Colasanti é uma poeta brasileira hoje idosa e de origem italiana, reconhecida principalmente pela sua literatura infanto-juvenil. Apesar dos marcadores sociais de raça e classe, que interferem na recepção de suas obras, as autoras têm em comum a temática do erotismo, revelando questões de gênero e sexualidade. Escolhemos o erotismo como tema central de nossa análise, e para isso, fundamentamos nossa pesquisa principalmente nas teorias da crítica literária feminista. Nossa metodologia está alicerçada na pesquisa bibliográfica e no estudo analítico dos poemas, a partir de uma perspectiva comparativa. No que concerne aos resultados obtidos, observamos o erótico como elemento de poder que impulsiona a subversão dos interditos em relação à vivência e enunciação da sexualidade feminina.

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Publicado

2024-12-22