O CONTO DA AIA E OS TESTAMENTOS: AS DISTOPIAS FEMINISTAS CONTEMPORÂNEAS DE MARGARET ATWOOD

Autores

  • Ângela Maria de Melo Araújo UFCG
  • Suênio Stevenson Tomaz da Silva UFCG

Palavras-chave:

Distopia, Opressão, Mulheres,, Personagem, Literatura Comparada

Resumo

O conto da aia se passa na República de Gilead, que um dia foram os Estados Unidos da América. O angustiante drama vivido pelas personagens da escritora Margaret Atwood não termina com O conto da aia, as vozes de três mulheres se encontram em Os testamentos, revelando assim segredos que podem destruir o regime. A narrativa apresenta o cenário de um estado teocrático e totalitário, implantado por fundamentalistas cristãos após ataques que levaram à morte do presidente e membros do congresso estadunidense. A presente pesquisa possui uma abordagem qualitativa e interpretativista na medida em que analisamos características distópicas nas narrativas de Atwood. A pesquisa buscou investigar também por meio de um viés comparatista, elementos textuais e temáticos nas narrativas contemporâneas que objetivou a compreensão de aspectos distópicos feministas. Portanto, o principal objetivo é apontar as características distópicas nos dois romances da autora canadense Margaret Atwood. Logo, nossa análise nos mostrou que as obras acionam características distópicas feministas na narrativa das principais personagens femininas e abordam aspectos que moldam o controle das pessoas através da constituição de discursos autoritários que se materializam no tratamento e na obrigação de tarefas sexuais. Assim, ambas as vozes femininas da narrativa apresentam pontos de encontro na medida que anseiam pela mudança, pela justiça e pela resistência em meio ao caos. Podemos dizer, que as narrativas distópicas especulativas e as personagens de Margaret Atwood evocam vários sentimentos e nos fazem refletir sobre questões de vida, exploração e morte, recorrentes e de relevância essencial para a humanidade.

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Publicado

2024-12-22