PREVALÊNCIA E CONTROLE DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS PARTICIPANTES DO PROGRAMA FAMÍLIAS FORTES DA CIDADE DE CAMPINA GRANDE-PB.
Resumo
A pesquisa visa determinar a prevalência de enteroparasitoses em crianças de 2 a 10 anos cujas famílias são cadastradas no Programa Famílias Fortes executado na cidade de Campina Grande-PB e promover a terapêutica, educativa e medicamentosa antiparasitária necessária. Desenvolveu-se uma pesquisa experimental onde foram realizados questionário socioeconômico e coleta de amostras de fezes do público em questão. As amostras foram encaminhadas para o Laboratório de Parasitologia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, para execução do exame Parasitológico de Fezes pelo Método de Hoffman. Observou-se a renda per capita de R$215,47 nas famílias avaliadas, em que 84% vive com renda bruta inferior a 1 salário mínimo, 65% consome água sem tratamento, 59% possui água encanada no domicílio, 65% vive em área sem rede de esgoto e 92% das mães não concluíram o ensino fundamental. Viu-se contaminação parasitária por E. histolytica em 89% da população, E. coli em 46%, G. lamblia em 51%, E. nana em 59% e que 97% do público estava era parasitado por pelo menos um protozoário. Helmintos não foram encontrados nas amostras. As Unidades Básicas de Saúde estabeleceram a terapêutica medicamentosa com metronidazol. Atividades educativas foram realizadas em conjunto com o projeto de extensão de Enteroparasitoses da UFCG. A vulnerabilidade das famílias denota influência direta dos fatores socioeconômicos na prevalência de enteroparasitoses e a necessidade de controle na busca por qualidade de vida, saúde e garantia do crescimento e desenvolvimento da criança.