SÍFILIS CONGÊNITA: O QUE NOS REVELA O DATASUS
Resumo
No pré-natal se tem a oportunidade de descobrir condições desfavoráveis ou agravos, com a realização de exames, e dentre eles se encontra a sífilis, que quando não tratada corretamente, resulta na sífilis congênita (SC). Objetivou-se analisar a prevalência das hospitalizações por sífilis congênita no Brasil e sua relação com os indicadores da assistência pré-natal e da cobertura da Atenção Básica. O estudo se deu a partir do acesso aos dados secundários nacionais disponibilizados pelo DATASUS e e-Gestor, de 2019 a 2021. Há registro no Brasil de 57.324 internações por SC, das quais 56.607 é na faixa etária de 0-4 anos, que estão distribuídas em 27.527 (42,63%) do sexo masculino e 29.080 (51,37%) do feminino, 24.261 (42,86%) de cor/raça negra, 10.163 (17,95%) não negra e 22.433 (39,63%) sem informação. Ocorrência de 78 óbitos, com uma taxa média de 0,2%. Foram realizados 227.397 testes, com 44,51% treponêmicos. Registrou-se 47.717 casos confirmados por consultas pré-natais. Evidenciou-se também uma cobertura média de 80,09% da AB. É primordial que as equipes de saúde da família intensifiquem estratégias que aumentem a captação de gestantes e a inserção do parceiro para o acompanhamento pré-natal, afim de contribuir com o diagnóstico da doença, facilitar e garantir tratamento para o casal, bem como favorecer a adesão ao mesmo, de forma a fortificar a prevenção da transmissão vertical da sífilis.