PRODUÇÃO E APLICAÇÃO DE EMBALAGEM ALIMENTÍCIA NUTRACÊUTICA PARA A CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE FRUTO (Spondias dulcis)
Resumo
A cajarana (Spondias dulcis) é um fruto muito apreciado pelo consumo in natura por apresentar aroma caracterisco e sabor levemente acido, no entanto, possui altas taxas de perecibilidade. Nesse sentindo, a utilização de filmes biodegradáveis enriquecido a com substancias nutracêuticas, tais como microalgas, surge como alternativa para aconservação pós-colheita de frutos. Diante do exposto, o objetivo do presente estudo é aplicar filmes biodegradáveis constituídos de microalgas (Spirulina platensis, Chlorella sp., e Scenedesmus obliquo), e verificar a sua influência sobre a conservação e qualidade pós-colheita da cajarana. O experimento foi instalado em Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC), com 6 tratamentos (T) e cinco repetições (16 frutos por parcela), para cada tratamento, sendo: T1: 6% de pectina + 40% de glicerina + 0,5 ml/L de óleo da semente da romã; T2: 6% de pectina + 40% de glicerina + 0,5 ml/L de óleo da semente da romã + 0,05% de Spirulina Platensis; T3: 6% de pectina + 40% de glicerina + 0,5 ml/L de óleo da semente da romã + 0,05% de Chlorella sp.; T4: 6% de pectina + 40% de glicerina + 0,5 ml/L de óleo da semente da romã + 0,05% de Scenedesmus obliquo; T5: PVC; T6: Controle (frutos que não foram recobertos). Os frutos foram armazenados em BOD, onde permaneceram durante 14 dias a uma temperatura de 10±1°C e 60±5% UR, e foram posteriormente avaliados quanto aos seguintes aspectos: perda de massa fresca, coloração da casca, pH, acidez titulável, sólidos solúveis, relação entre sólidos solúveis e a acidez titulável (SS/AT), vitamina C e açúcares solúveis totais. Com base nos resultados obtidos foi possível observar o potencial das embalagens biodegradáveis propostas neste estudo na manutenção da qualidade pós-colheita para o acondicionamento de cajaranas. Entre eles, o T3 (6% de pectina + 40% de glicerina + 0,5 ml/L de óleo da semente da romã + 0,05% de Chlorella sp) se destacou por melhor manter a qualidade pós-colheita dos frutos, permitindo conservar a qualidade física e físico-química com maior estabilidade por 14 dias de armazenamento uma temperatura de 10±1°C e 60±5% UR.
