REPERCUSSÕES DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES GRUPAIS NA PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL EM UM PRESÍDIO FEMININO

Autores

  • Débora de Souza Lucena UFCG
  • Priscilla Maria de Castro Silva UFCG
Palavras-chave: Mulheres, Prisão, Terapias Complementares, Saúde Mental

Resumo

O presente estudo tem o objetivo de analisar as repercussões das Práticas Integrativas e Complementares Grupais aplicadas em reeducandas da Penitenciária Regional Feminina do Complexo Penitenciário do Serrotão. Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa. Foram incluídas no estudo as mulheres que participaram das atividades de extensão de um Projeto vinculado ao Programa de Bolsas de Extensão da Universidade Federal de Campina Grande. A coleta de dados foi orientada pela estratégia de entrevista do tipo semidirigida. O percurso das etapas previstas que contemplam a análise de conteúdo proposta por Bardin, foram associadas à utilização do IRaMuTeQ. No presente estudo, 9 reeducandas compuseram o corpus final da amostra. Como resultados evidenciou-se que a prisão causa diversos efeitos na vida das reeducandas, como a perda de identidade e problemas de saúde mental. O sexismo estrutural no sistema prisional gera desigualdades de gênero, discriminação, abandono e violência, afetando a saúde mental das mulheres. Mecanismos de enfrentamento como a fé, leitura e educação foram essenciais para a ressocialização. Conclui-se que no decorrer das ações desenvolvidas com as PICs pode-se refletir atravessamentos cotidianos do ambiente prisional bem como elaborar estratégias de enfrentamento diante das dificuldades, dos sofrimentos psíquicos e dos anseios provenientes das transformações na vida das pessoas em situação de privação de liberdade. Dito isto, os desafios foram constatados, sobretudo, na assistência à saúde mental dessas mulheres que ressaltam a necessidade de engajamento dos profissionais de saúde em medidas preventivas e de tratamento.

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Publicado em

dezembro 18, 2024

Seção

Resumos