A PERENIDADE DA ARTE: UM DIÁLOGO QUALITATIVO SOBRE A ESSÊNCIA ESTÉTICO-NARRATIVA DA ARTE SEQUENCIAL ENTRE FOTONOVELA E ARTE CONTEMPORÂNEA
Resumo
Neste artigo abordamos acerca da perenidade da Arte ao longo dos séculos e, de igual forma, o uso de referências precedentes no universo do fazer artístico contemporâneo. Para tal investigação, utilizamos o campo da Arte Sequencial com imagens fotográficas como base para analisar qualitativamente as construções estético-narrativas de quatro obras, localizadas em contextos espaço-temporais distintos, a fim de observarmos como características de um gênero antecessor permanece influenciando criações artísticas da contemporaneidade. Assim, debruçamo-nos sobre duas Fotonovelas brasileiras dos anos 1970 – Os Longos Dias Vazios (1975) e O Melhor Amigo (1977) – e dois vídeos pertencentes ao Projeto Retratos Desconhecidos, do fotógrafo paranaense Brian Baldrati – contando as histórias de Joelma (2023) e de Ivani e Antônio (2022). Esta Pesquisa, por se estruturar em uma análise comparativa, revela a proximidade entre as estruturas dos objetos de estudo ao reafirmar as possibilidades estéticas e narrativas do lado mais subjetivo da experiência humana, conceito vital para a contínua propagação cultural da Fotografia como meio artístico não efêmero, capaz de transcender o tempo e, indubitavelmente, para o poder de influência intemporal da Arte.