CURVA DE DEMANDA MARSHALLIANA NO ABASTECIMENTO D’ÁGUA RESIDENCIAL NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO.

Autores

  • Adriel Wesley Nascimento Melo UFCG
  • Paulo da Costa Medeiros UFCG
Palavras-chave: Recursos Hídricos, Modelo econômico, Custo de Oportunidade

Resumo

Nos modelos de valoração dos recursos hídricos de caráter econômico, as curvas de demanda configuram-se como informações primárias do comportamento do consumidor ante o aumento do preço do metro cúbico da água aplicado em um sistema analisado. O modelo de demanda marshalliana, utiliza-se do princípio da disposição a pagar por valores maiores comercializados em metodologias alternativas de suprimento de água, na ocorrência da falta do atendimento pelo sistema de abastecimento público. Nesta pesquisa, utilizou-se preços de diferentes alternativas comercializadas em municípios localizados no semiárido dos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Foram confeccionadas as curvas de demanda nessas alternativas em faixas de demandas simuladas para o abastecimento urbano residencial. A sensibilidade do consumidor frente os preços alternativos, foi determinada pelo parâmetro econométrico elasticidade-preço da demanda. Os resultados indicaram comportamento inelástico nos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte e o comportamento elástico, nos estados de Pernambuco, e mais fortemente no Ceará. As funções e curvas de demanda marshallianas foram determinadas, indicando valores mensais para o metro cúbico da água: R$ 10,30 para o estado do Ceará; R$ 5,41 para o estado da Paraíba; R$ 20,29 para o estado de Pernambuco; e R$ 12,20 para o estado do Rio Grande do Norte. Os resultados oferecem suporte para estudos de cobrança pelo uso da água em regiões do semiárido, com destaque para os estados aqui simulados, todos receptores do PISF - Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional.

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Publicado em

dezembro 18, 2024

Seção

Resumos