DESFECHO MATERNO ADVERSO (NEAR MISS E MORTE MATERNA) EM PACIENTES INTERNADAS POR COVID-19 EM CENTROS DE REFERÊNCIA DO NORDESTE DO BRASIL
Resumo
Introdução indivíduos do ciclo gravídico-puerperal imbricados em uma maior mortalidade relacionada à COVID-19. Em se tratando de uma doença recente, com relatos de sua associação danosa ao ciclo gravídico-puerperal e com evidências ainda relativamente escassas, torna-se impreterível investigar os desfechos maternos adversos (DMA) entre os casos a de COVID-19. Objetivo: Descrever as características de gestantes e puérperas com COVID-19 e desfecho materno adverso internadas em sete centros de referência do Nordeste do Brasil Métodos: Foi realizado um estudo de coorte, utilizando o banco de dados de uma pesquisa ambidirecional (prospectiva e retrospectiva) em sete centros de assistência materno- infantil do Nordeste .Aspectos éticos: Esta pesquisa segue a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, estando inscrita sob o CAAE 31757620.5.0000.5201 Resultados: foram identificadas 1774 pacientes, das quais 155 apresentaram desfecho materno adverso, 118 foram near miss e 37 óbitos. Obtivemos os indicadores, sendo a Razão a RCPAV 155; a RNMM 69,9; a RMM 2193,2; RDMA 91,3; a RMNMM 3,2 e o IM 0,24. Obteve-se uma média de IDADE 28,9 anos entre os casos de DMA, das quais 76,4% eram pardas, 76,8% tinham 2 ou mais gestações, e 66,2 % deu entrada no estudo gestante internada, das quais 61,3% foram internadas por COVID-19, 83,2% apresentaram sintomas respiratórios. As síndromes hipertensivas (48,4%) e SRAG (36,8%) foram as mais frequntes. Quanto ao desfecho, 72,9% tiveram alta puérperas e 70,3% das mortes maternas ocorreram quando puérperas. Conclusão: os achados deste estudo coincidem com estudos, corroborando para associação entre COVID-19 e desfechos maternos adversos.