POLÍTICAS INSTITUCIONAIS DE GÊNERO E MATERNIDADE NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS FEDERAIS DO BRASIL.
Resumo
A discussão de gênero está presente na sociedade, na educação e também no âmbito da universidade, se caracterizando historicamente, pela ausência das mulheres no Ensino Superior e na carreira científica, tendo predominado na sociedade brasileira a noção de que a dedicação aos estudos e ao trabalho acadêmico, era atribuição unicamente dos homens. A sub-representação das mulheres nesses espaços, escancara lacunas políticas, administrativas, curriculares nas instituições de ensino, reproduzindo desigualdades de gênero. O presente relatório apresenta os achados da pesquisa políticas institucionais de gênero e maternidade nas universidades públicas federais do Brasil. Teoricamente partilhamos das perspectivas teóricas feministas decoloniais que compreendem a maternidade como papel social que pode ser desempenhado por todos, pessoas e instituições, para a redefinição dos papéis sociais de forma equânime. Organizou-se metodologicamente como um estudo qualitativo, de caráter exploratório, base documental, para levantamento das legislações em IFES voltadas para as políticas institucionais de gênero. Para sua realização foi fundamental o acesso aos sites da Universidades pesquisadas e os portais governamentais (Sistema Eletrônico de Informações – SEI, Sistema de Informação ao Cidadão - SIC, Plataforma Fala.Br), o material selecionado foi organizado a partir de um mapeamento sistemático. Ao estudarmos o acesso e a participação de mulheres em áreas de conhecimento, formação e atuação identificadas tradicionalmente como masculinas, como a Universidade, e sobre as políticas e projetos criados para enfrentar a questão das desigualdades de gênero, nos organizamos na perspectiva problematizar as questões de genero relacionades às mulheres, e também à educação e o desenvolvimento social e científico do país.