Degradação, Propriedades Físicas e Biológicas de Hidrogéis de Quitosana para Possível Aplicação como Bioinks.
Resumo
O desenvolvimento e avaliação de novos insumos para a impressão 3D de hidrogéis desempenha um papel crucial na progressão da engenharia de tecidos, podendo influenciar diretamente na eficiência e desempenho de tecidos e órgãos. Neste estudo, foram concebidos e analisados hidrogéis à base de quitosana-PVA, os quais foram superficialmente reticulados com genipina, explorando suas características físico-químicas e taxa de degradação. Os constituintes destes hidrogéis são conhecidos por serem biocompatíveis, hidrofílicos, biodegradáveis, possuírem propriedades antimicrobianas e baixo custo de produção. Foram investigadas formulações com diferentes concentrações de quitosana, utilizando técnicas reológicas e impressão 3D para determinar as mais promissoras, considerando viscosidade e capacidade de manter a forma. A efetiva reticulação com genipina foi confirmada por meio de espectroscopia de infravermelho (FTIR), enquanto a morfologia dos scaffolds formados foi visualizada por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e a degradação in vitro se deu em solução tampão de PBS-lisozima. Os testes de impressão indicaram que as formulações mais promissoras foram aquelas contendo 6% e 7% de quitosana. A análise por MEV revelou que a microestrutura da amostra contendo 6% de quitosana apresentou características mais favoráveis para a adesão celular devido à sua porosidade. A biodegradação in vitro demonstrou estabilidade dos géis, consequência da reticulação química com genipina. Em conclusão, os hidrogéis de quitosana-PVA mostraram-se como insumos altamente promissores para a fabricação aditiva, representando um avanço na investigação desse material e técnica de fabricação de scaffolds para regeneração tecidual.
