Composição florística, estrutura e sucessão ecológica da vegetação arbórea em área de caatinga no semiárido paraibano
Resumo
A vegetação nativa do bioma Caatinga é comumente explorada para obtenção de matéria prima madeireira e não madeireira. Verifica-se que em áreas desmatadas a restauração das florestas necessita de décadas até atingir a condição clímax. Nesse sentido, torna-se importante conhecer como ocorre a sucessão ecológica em fragmentos de caatinga e as espécies que compõem os grupos sucessionais responsáveis pela sua recuperação florestal. Este projeto objetivou caracterizar a composição florística, estrutura e sucessão ecológica de uma área de caatinga em recuperação no semiárido paraibano há cerca de 30 anos. O trabalho foi realizado em um fragmento de floresta situado na fazenda Bálsamo, município de São José do Bonfim-PB. Foram alocadas 12 parcelas para levantamento da vegetação arbórea adulta e em cada uma delas, quatro subparcelas para caracterização dos juvenis. Todos os indivíduos arbóreos (da parcela) e juvenis (das subparcelsa) foram identificados quanto a família, gênero e espécie, medidos altura e CAP (adultos) e altura e DNS (juvenis) para distribuição nas classes de altura e de diâmetro. As espécies foram classificadas em grupos ecológicos, e verificado a riqueza utilizando os dados dos parâmetros florísticos e fitossociológicos pelos índices de Shannon- Weaver e Equabilidade de Pielou. Os resultados revelaram a predominância de pioneiras, indicando sucessão ecológica em andamento destacando-se as famílias Fabaceae e Euphorbiaceae representadas pelas pioneiras Mimosa tenuiflora Willd Poir (Jurema preta) e Jatropha mollissima (Pohl) Baill, respectivamente. Os índices de diversidade da área estão dentro do padrão encontrado em vários fragmentos de caatinga.