OS PROFISSIONAIS ATUANTES NA ESTRATÉGIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E ATENÇÃO À OBESIDADE INFANTIL EM CUITÈ, DAMIÃO E FREI MARTINHO, NA PARAÍBA.

Autores

  • Kássio Bezerra Soares UFCG
  • Gracielle Malheiro dos Santos UFCG
Palavras-chave: Atenção primária à saúde, Obesidade infantil, Preconceito do peso, Profissionais de saúde

Resumo

No ano de 2021, foi criada a Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (PROTEJA) instituída na Portaria GM/MS no 1.862, de 10 de agosto de 2021, por iniciativa da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Departamento de Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, com o intuito de incentivar as ações voltadas a atenção e prevenção da obesidade infantil em todo território nacional. objetivo descrever o perfil e as percepções dos profissionais da saúde acerca da Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (PROTEJA); além de investigar possíveis atitudes negativas em relação a indivíduos com obesidade por meio da Escala de Atitudes Anti- Obesidade (AFAT). Trata-se de uma pesquisa com abordagem quantitativa e recorte transversal. Os locais da pesquisa foram os municípios de Cuité, Damião e Frei Martinho, na Paraíba, região Nordeste do Brasil. A amostra foi intencional, os participantes foram todos os profissionais vinculados às secretarias envolvidas na execução do PROTEJA nos municípios. A coleta de dados ocorreu de forma planejada entre setembro e outubro de 2022 utilizando a plataforma online Google Forms®.O Termo de Consentimento Livre Esclarecido foi enviado via e-mail. Foi utilizado um questionário estruturado para coleta de dados. Participaram 97 profissionais, sendo 89,7% do sexo feminino, a idade média era de 37 (IC:35,71- 39,68) anos, 54,6% trabalhadores em Cuité, 30,9% em Damião e 14,4% em Frei Martinho. A função de 33% era de agente comunitário de saúde; enfermeiro (a) (17,5%); técnico em enfermagem (16,5%); coordenador de saúde (7,2%); dentista (6,2%); técnico em saúde bucal (5,2%); nutricionista (5,2%). O restante da amostra foi de outros profissionais atuantes na APS. As ações de vigilância alimentar e nutricional foram as mais realizadas e a menos frequente foi a educação permanente, a frequência entre as ações investigadas foi de uma ou duas vezes em sua maioria, as ações de vigilância alimentar e nutricional tiveram participação direta por 50,6% dos profissionais, assim como as ações realizadas foram consideradas “boas” ou “muito boas” pela maioria. Observa-se que a pontuação da AFAT geral e da AFAT total não teve muita diferença entre os três municípios. Contudo, destaca- se o município de Frei Martinho com a maior média na escala geral e total, assim como nas subescalas “depreciação social e do caráter” e “controle de peso e culpa”. Na subescala “não atratividade física e romântica” a média foi maior no município de Cuité. De acordo com os resultados obtidos, observa-se que as ações do PROTEJA estão sendo realizadas, porém apresentaram fragilidades em diferentes dimensões, mesmo se tratando de ações que são esperadas na atenção básica. Através da AFAT, investigando a existência de possíveis estigmas e preconceito frente a obesidade, pode-se inferir que os profissionais atuantes na área de saúde dos municípios de Cuité, Damião e Frei Martinho, demonstram alguns tipos de atitudes negativas para com indivíduos obesos e obesidade e questões relacionadas com esta condição. Considera-se que os dados podem auxiliar os gestores na tomada de decisões.

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Publicado em

novembro 1, 2024

Seção

Resumos