BASIDIOMICETO NO TRATAMENTO DA ÁGUA RESIDUÁRIA DA PRODUÇÃO DE CAFÉ SOLÚVEL

Autores

  • Alisson Clementino da Silva UFCG
  • Glauciane Danusa Coelho UFCG
Palavras-chave: Biorremediação, Efluente, Pleurotus ostreatus, Compostos fenólicos totais, Lacase, Biossurfactantes

Resumo

Café é a bebida mais consumida no mundo, e o Brasil ocupa o posto de maior produtor mundial do grão e líder de produção e exportação de café solúvel. Um dos resíduos gerados nessa cadeia de produção é a água residuária de café solúvel (ARCS), que contém alta carga de matéria orgânica, compostos tóxicos e coloração escura, características que tornam necessário o tratamento desse resíduo antes do descarte. Este estudo avaliou o tratamento in vitro da ARCS com extrato enzimático bruto de Pleurotus ostreatus contendo lacase. Basidiomiceto foi mantido em BDA com fibra de coco (3%) (m:v) e cultivado em FSS para determinação da cinética de produção de lacase e de biossurfactantes durante 21 dias. Lacase foi determinada pela oxidação do ABTS e concentrada por precipitação com sulfato de amônio e a estabilidade dos biossurfactantes foi determinada pela avaliação da manutenção da emulsão. Atividade de lacase concentrada teve o pH e a estabilidade determinadas. Efeito das variáveis independentes (CuSO4 , pH e concentração de ARCS) sobre a degradação de CFT foi avaliado após 24h, usando delineamento fatorial 2 3 . Lacase e biossurfactante foram produzidos durante todo período avaliado. Biossurfactantes mantiveram-se estáveis após 24h. Lacase foi concentrada com 90% de saturação de sulfato de amônio, alcançando fator de purificação de 1,49 e rendimento de 69,32%. Na concentração de 50% de ARCS houve degradação de 86,6 % de CFT, porém, o aumento da concentração de ARCS e dos valores de pH influenciaram negativamente a degradação de CFT. O aumento da concentração de CuSO4 favoreceu a degradação de CFT, sugerindo a participação da lacase no tratamento de ARCS in vitro com lacase de P. ostreatus.

Downloads

Publicado em

novembro 1, 2024

Seção

Resumos