CURATIVOS DE QUITOSANA/NANOPARTICULAS DE PRATA PARA O TRATAMENTO DE LESÕES DE PELE INFECCIONADAS
Resumo
A pele, como o maior órgão do corpo humano, enfrenta constantemente uma variedade de lesões devido ao seu tamanho e exposição ao ambiente externo. Entre os desafios que essas lesões apresentam, a cicatrização é frequentemente prejudicada, principalmente devido a infecções bacterianas. A quitosana pode ser incorporada na formulação de curativos destinados ao tratamento de feridas infectadas, por ter propriedades, biodegradáveis, bactericida fungicida e mucoadesiva. Uma abordagem sinérgica é alcançada ao combinar nanopartículas de prata com a matriz de quitosana. Essa combinação aumenta a eficácia dos curativos, uma vez que a prata possui propriedades antimicrobianas. Assim, o objetivo deste estudo foi desenvolver um curativo composto por quitosana e nanopartículas de prata. Para alcançar esse objetivo, as nanopartículas de prata foram sintetizadas pelo método de redução química de íons de prata com borohidreto de sódio (NaBH4). As membranas foram preparadas pelo método de liofilização. As nanopartículas de prata foram caracterizadas por Potencial Zeta. Os scaffolds de quitosana e quitosana/nanopartículas de prata foram caracterizadas por Miscroscopia óptica, Intumescimento, Espectroscopia na região do Ultra Violeta (UV- VIS), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Biodegradação enzimática. Como resultados tivemos que as AgNPs tiveram formato triangulares com tamanho médio de 39,47 nm ± 1,06 nm, estáveis e monodispersas (inalteradas durante o período de 1 mês). O FTIR evidenciou as vibrações características da membrana de quitosana, além de uma possível interação entre as nanopartículas e a matriz. Por meio das microscopias foi observada a presença de poros, com tamanhos e formas variadas para todas as composições. Quanto ao grau de intumescimento, observou- se um maior aumento das amostras sem AgNPs. Na análise de biodegradação, observou-se que a mesma foi superior na solução com lisozima. Baseado nos resultados pode-se concluir que foi possível obter membranas de quitosana com nanopartículas de prata pelo método de lioilização e que as mesmas apresentam potencial para serem utilizadas como uma alternativa para curativos.