CARACTERIZAÇÃO ARBÓREA EM DIFERENTES SISTEMAS SILVICULTURAIS NA CAATINGA.
Resumo
A caatinga representa cerca de 80% do semiárido brasileiro, porém esta vegetação vem sendo desordenadamente explorada para atender as necessidades das atividades produtivas. Como alternativa, tem-se o manejo florestal, que possibilita o uso dos recursos florestais na Caatinga, mantendo sua a capacidade produtiva. Assim, objetivou-se avaliar a composição florística, a estrutura da vegetação e o potencial produtivo em diferentes sistemas silviculturais. Em 2005 foram instaladas 12 parcelas permanentes de 400m2, Estação Experimental de Pendência em Soledade (PB), seguindo rigorosamente o protocolo de medições de parcelas permanentes da Rede de Manejo Florestal da Caatinga - RMFC. Foram avaliados dois tratamentos sendo o Corte Raso sem ressalvas e o Corte Raso com controle de rebrota, além da Testemunha (sem corte da vegetação). Os dados coletados em 2022, atenderam todos os procedimentos amostrais da RMFC. As variáveis analisadas foram a composição florística, a estrutura horizontal e vertical e, o volume estimado para cada sistema silvicultural. A vegetação apresentou alta concentração de árvores de pequeno porte sugerindo que a área está em processo de regeneração e que os tratamentos estão em melhorias semelhantes de desenvolvimento. A espécie Cenostigma pyramidale é a mais expressiva na área, representada pelo alto valor de importância, já a Schinopsis brasiliensis é considerada rara. A estimativa de produção para o ano de 2022 mostrou que não houve o retorno volumétrico presente em relação a 2005, demonstrando que o ciclo de corte para a vegetação deverá ser mais longo. Os tratamentos apresentam similaridade de produção, independentemente do controle de rebrota.