ANÁLISE DO CONSUMO DE COGUMELOS COMESTÍVEIS NO BRASIL.
Resumo
Apesar do crescente aumento no consumo de cogumelos comestíveis, a sua contribuição na dieta dos brasileiros ainda não foi objeto de estudos. Neste sentido, foi realizado um estudo teórico afim de analisar o consumo de cogumelos no Brasil, o perfil sociodemográfico dos consumidores e ampliar o conhecimento sobre cogumelos comestíveis. O estudo foi desenvolvido em três etapas: (1) análise de dados secundários da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2018-2019; (2) revisão sistemática (PRISMA), (3) listagem de cogumelos comestíveis no Brasil. De acordo com a POF 24 indivíduos relataram o consumo de cogumelos, majoritariamente do sexo feminino (69,65%), de etnia branca (69,65%) , escolaridade completa (14/15 anos de educação), faixa etária média de 47.72 anos, e renda média de 2,404.50 reais; O sudeste concentrou 44.85% dos consumidores , todos moradores da zona urbana (100%);A revisão sistemática foi feita através de pesquisas nos bancos: Web of science, Medline/PubMed (via National Library of Medicine), Embase e Scopus, incluindo 2 estudos: (1) estudo de consumo e frequência alimentar com 166 indivíduos japoneses seus descendentes em São Paulo-SP, no qual os cogumelos obtiveram frequência de consumo incomum. (2) um estudo de consumo e composição de cogumelos de 2021, feito com 308 indivíduos utilizando questionário online, mostrou que 26% dos indivíduos consumiam cogumelos semanalmente, e 2% diariamente, sendo os mais consumidos os cogumelos: Shitake, Shimeji, Champignon de Paris, Portobello e Hiratake respectivamente. Foi construída uma listagem de cogumelos comestíveis com relato de comestibilidade no Brasil afim de ampliar o conhecimento sobre estes fungos no país.