IMPACTOS AMBIENTAIS DO PASTEJO SOBRE A DIVERSIDADE FLORÍSTICA E A ESTRUTURA FITOSSOCIOLÓGICA.

Autores

  • Talita Noama Serafim UFCG
  • Rômulo Gil de Luna Universidade Federal de Campina Grande

Palavras-chave:

Semiárido, Pastagem nativa, Sobrepastejo, Degradação ambiental

Resumo

A Caatinga é um dos biomas mais ameaçados do Brasil. A pecuária extensiva tem sido apontada como uma das maiores ameaças a este bioma. O objetivo desta pesquisa foi conhecer os efeitos desta atividade sobre a composição florística e sua estrutura fitossociológica. O estudo foi realizado em duas condições experimentais: Área I (caatinga sem pastejo) e Área II (caatinga sob pastejo). Ambas localizadas no Município de Pombal, Paraíba. O método empregado foi o de parcelas múltiplas, sugerido por Rodal et al. (2013). Segundo esse método, são incluídas apenas plantas vivas de porte arbóreo-arbustivo com CNS ≥ 9,5 cm e At ≥ 1,0 m. Foram registradas 11 famílias, 16 espécies e 469 indivíduos, na Área I; e 7 famílias, 9 espécies e 123 indivíduos, na Área II. A família que mais se destacou em número de espécies foi Fabaceae, com seis espécies. As famílias mais representativas em número de indivíduos foram, respectivamente, Fabaceae (219 ind.), Euphorbiaceae (141) e Apocynaceae (120), correspondendo a 81,1% dos indivíduos registrados. As espécies dominantes na Área I foram Piptadenia retusa, Aspidosperma pyrifolium e Croton sonderianus, perfazendo 75,7% e na Área II, foram Sida sp. e Mimosa retusa, com 88,6%.  A maior parte dos indivíduos registradas em ambas as áreas se encontrou na classe de diâmetro cujo intervalo varia entre 3-4,8 cm. Os resultados indicam que o método tradicional de manejo dos rebanhos tem impactos ambientais negativos sobre as espécies vegetais da Caatinga, pois reduzem a diversidade de plantas e o número de indivíduos, um reflexo incontestável da ação degradadora causada pelo sobrepastejo.

Downloads

Publicado

2025-05-06