CONHECIMENTO E USO DE PLANTAS MEDICINAIS POR IDOSOS ATENDIDOS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE CUITÉ-PB

Autores

  • Helena Cabral dos Santos UFCG
  • Kiriaki Nurit Silva Universidade Federal de Campina Grande

Resumo

O uso de plantas medicinais é uma prática bastante difundida no Brasil, especialmente na região Nordeste, onde os idosos são importantes detentores do conhecimento sobre este recurso, sendo as informações transmitidas oralmente entre as gerações. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo registrar o conhecimento e o uso de plantas medicinais por idosos atendidos na Estratégia Saúde da Família, na zona urbana do município de Cuité-PB. Trata-se de um estudo transversal, observacional e descritivo, com abordagem qualitativa e quantitativa. A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de entrevistas individuais a partir de um questionário semiestruturado, constituído por 17 questões, abordando dados socioeconômicos do usuário, e informações sobre conhecimento e uso das plantas medicinais. A amostra foi de 100 idosos, com idades entre 60-85 anos, sendo 61% mulheres, residentes na zona urbana do município, e com baixa escolaridade. Verificou-se que a maioria dos idosos fazem uso de plantas medicinais quando acometidos por alguma doença. De um elenco de 30 espécies medicinais apresentadas no questionário, foram citados 82 diferentes usos medicinais, cujas espécies mais citadas foram: boldo (Plectranthus barbatus Andrews), Erva cidreira (Lippia alba (Mill.) NE Br. ex Britton e P. Wilson) e a camomila (Matricaria chamomilla L.) As folhas são as partes mais utilizadas no preparo dos medicamentos, sob a forma de chás, para combater, principalmente, doenças do sistema gastrointestinal e do sistema respiratório. De acordo com os dados obtidos, reforça-se a necessidade de orientações sobre as práticas de autocuidado da população idosa, e do uso racional das plantas utilizadas na terapêutica.
Palavras-chaves: Chás, etnobotânica, medicina tradicional.

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Publicado

2025-05-15