O FEMININO E O FEMINISMO PRESENTE NA UNIVERSIDADE?! PROBLEMATIZANDO A PRESENÇA FEMININA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE NO CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES-CFP

Autores

  • Ana Maria Oliveira dos Santos UFCG
  • Rosemere Olímpio de Santana UFCG

Palavras-chave:

Feminismos, Universidade, Mulheres.

Resumo

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa de iniciação científica realizada entre outubro de 2023 e setembro de 2024 que, em seu decorrer, teve como principal objetivo, cartografar as vivências e experências femininas no segundo maior campus da Uniersidade Federal de Campina Grande, o Centro de Formação de Professores – CFP, campus Cajazeiras. Produzimos uma escrita afetiva, teoricamente amparada por mulheres que discutem o feminismo sob uma perspectiva anticolonial, dentre elas está Vasconcelos (2022), Lugones (2012) e Veiga (2020), sendo esta última imprescindível para o debate acerca da mullher negra, sertaneja e acadêmica. Por fim, apresentaremos as análises empreendidas através das planilhas coletadas ao longo desta vigência, em especial as planilhas da ouvidoria e da PRE. A planilha da Ouvidoria trouxe dados sobre como a questão do assédio está dentro da Universidade, esta foi crucial para que pudessemos tanto entrever as principais denuncias de discentes quanto problematizar o modo como estas denuncias são tratadas. Com relação à  planilha da Pró-reitoria de Ensino (PRE), coletamos dados das ingressantes, assim como as evadidas e graduadas ao longo de todo o curso. Tais dados nos possibiltaram quantificar através de gráficos os cursos com mais mulheres pretas e os que possuem mais mulheres brancas, assim como o número de alunas evadidas e graduadas. A partir do estudo dos dados supracitados da segunda planilha investigamos e começãmos pensar sobre a falta de políticas de permanência a serem desenvolvidas em cada curso onde a presença de mulheres negras é minoritária e a sua evasão tem uma taxa maior. Para tal, fomos levadas a analisar os Projetos Pedagógicos de cada curso em seus diversos aspectos, mas principalmente atentando se houve a preocupação em propôr um currículo que busque garantir a premanência das mulheres, principalmente mulheres negras, nessa busca notamos que, em sua grande maioria, os projetos estão desatualizados e carentes de pautas importantes como as citadas anteriormente. Ademais, iremos problematizar a discrepância do ingresso de mulheres negras nos cursos de saúde e diante dos demais cursos de graduaçao, focando principalmente nas áreas de humanas e exatas, nos questionamos e refletimos acerca da maior presença de mulheres negras apenas em cursos que estão atrelados diretamente ao cuidado em meio ao imaginário social a exemplo da graduação em pedagogia que apresenta um total de 59,4% de mulheres pardas e 7,1% de mulheres pretas.  Notamos e refletimos que o ingresso de mulheres que se autodeclaram pardas apresenta quantidade maior de que 50% em diversos cursos de licenciatura, assim como o exemplo citado anteriormente no curso de pedagogia.Em demasia, encerramos com o número de graduadas pretas e pardas, refletindo sobre a desproporcionalidade de sucesso e conclusão dentro dos cursos, principalmente nos de saúde.

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Publicado

2025-07-30