PRODUÇÃO DE LACASE E BIOSSURFACTANTE POR Deconica castanella PARA TRATAMENTO DO EFLUENTE DA PRODUÇÃO DE CAFÉ SOLÚVEL

Autores

  • Maria Eloisa Ferreira Guedes UFCG
  • Glauciane Danusa Coelho UFCG

Palavras-chave:

Enzimas ligninolíticas, água residuária, biorremediação

Resumo

O Brasil é líder mundial na produção de café solúvel. Durante a produção dessa bebida é gerada uma água residuária (ARCS) complexa, escura que precisa ser tratada antes de ser descartada nos corpos hídricos. Lacase, enzima ligninolítica promiscua produzida por fungos basidiomicetos surge como uma alternativa para o tratamento in vitro da ARCS. Avaliou-se a produção de lacase e biossurfactante por Deconica castanella e a aplicação dos extratos enzimáticos bruto e concentrado no tratamento in vitro da ARCS. Discos de crescimento de D. castanella em meio BDA foi utilizado para inocular a fermentação semissólida (FSS) constituída por mesocarpo de coco verde. Extrato bruto foi obtido em tampão acetato e concentrado por precipitação com sulfato de amônio. Extratos foram aplicados para degradar os compostos fenólicos totais (CFT) da ARCS por meio de um delineamento experimental 2^3, cujas variáveis independentes foram as concentrações de ARCS, CuSO4 e MnSO4. Produção de lacase e de biossurfactante foram verificadas durante 27 dias. Pico de produção de lacase foi aos 9 dias. Emulsão dos biossurfactantes foi estável por mais de 24h. Após a precipitação, a atividade de lacase e os biossurfactantes permaneceram no precipitado. Extrato bruto degradou cerca de 65% dos CFT, sendo que todas as variáveis independentes favoreceram a degradação. Extrato concentrado (precipitado) não promoveu degradação dos CFT. Resultados demonstram que o biossurfactante produzido por D. castanella não favoreceu a degradação dos CFT e que os compostos de baixa massa molecular presentes no extrato bruto foram relevantes para a degradação dos CFT.

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Publicado

2025-07-30