SECAGEM DA MORINGA PARA PRODUÇÃO DE FARINHA: COMPARAÇÃO DE MÉTODOS
Palavras-chave:
Moringa oleifera, convecção, irradiação, alimento seguroResumo
A moringa (Moringa oleifera Lamarck), uma hortaliça perene e arbórea originária da Índia, possui grande importância econômica nas indústrias alimentícia e farmacêutica devido às excelentes qualidades nutricionais de suas folhas frescas. O presente estudo teve como objetivo a obtenção de um produto farináceo a partir das folhas de moringa, com diferentes métodos de secagem utilizando-se estufa com corrente de ar e air fryer, nas temperaturas de 50, 60 e 70 ºC, e forno micro-ondas, com potências de 780, 1040 e 1300 W. As cinéticas de secagem foram determinadas e os dados ajustados a diferentes modelos matemáticos. O modelo de Midilli foi o mais eficaz para prever tanto a secagem convectiva quanto por irradiação de micro-ondas em todas as condições testadas. Além disso, foram realizadas análises físico-químicas das folhas in natura e das farinhas obtidas, avaliando-se teor de água, pH, sólidos solúveis totais, proteína bruta e acidez total titulável, bem como a cor e a toxicidade dos produtos farináceos frente a Artemia salina Leach. Os diferentes métodos de secagem apresentaram resultados satisfatórios, mantendo a integridade estrutural das amostras, e os parâmetros ficaram dentro dos limites estabelecidos pela ANVISA, com teor de água inferior a 10%. As farinhas produzidas apresentaram tonalidade verde com tendência ao amarelo, e não foram consideradas tóxicas para consumo humano, com valores de CL50 acima de 1.000 ppm, e mostraram-se levemente ácidas e com elevado teor proteico superior a 24%, sugerindo a possibilidade de posterior utilização em produtos alimentícios funcionais.